segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Onça-Parda



Características da Onça-parda:

- A onça-parda é um mamífero da família Felidae, nativo do continente americano. É conhecida popularmente como suçuarana, leão-baio, onça-vermelha e puma.

- A onça-parda é um animal solitário e apresenta hábito de vida noturno. Porém, embora mais raramente, durante o dia também costuma caçar.

- O habitat desta espécie animal no Brasil é formado, principalmente, por cerrado, caatinga e pantanal.

- O nome científico da onça-parda é Puma concolor.

- O animal adulto pesa entre 45 e 70 quilos.

- Possuem entre 1,70 e 2,10 metros de comprimento.

- A onça-parda á carnívora e se alimenta, principalmente, de pequenos mamíferos, aves e roedores de pequeno porte.

- Em seu habitat natural e preservado, os animais desta espécie vivem, em média, 20 anos.

- A gestação da onça-parda dura entre 82 e 96 dias.

Ameaça de extinção

As principais ameaças de extinção desta espécie são: redução de seu habitat (causado por desmatamentos) e a prática da caça ilegal.

Classificação científica

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Subfamília: Felinae
Gênero: Puma
Espécie: P. concolor



Curiosidades:

- A onça-parda possui grande habilidade para subir em árvores.

- Os filhotes da onça-parda ficam sob os cuidados maternos até completarem dois anos de idade.

Onça-Preta



onça-preta, também conhecida por jaguar-preto, é uma variação melânica da onça-pintada (ou jaguar). A onça-preta e a onça-pintada são da mesma espécie (Panthera onca), mas a onça-preta possui mais melanina, que dá tonalidade escura ao seu pêlo.
Chega a atingir 3 metros da ponta da cauda à ponta do focinho, e a pesar mais de 140 kg, sendo que o macho, como o de costume nos mamíferos, é um pouco maior que a fêmea. Possui na sua pelagem rosetas negras (no caso da onça-preta menos perceptíveis) e pintas dentro destas. Estas rosetas são exclusivas para cada indivíduo, sendo assim, equivalentes às nossas digitais.
É excelente caçadora, o maior felino das Américas, e apresenta muita força no maxilar, podendo assim, capturar presas de grande e médio porte, como veados, antas, capivaras e porco-selvagem. Pode também ser uma oportunista, já foram vistos casos de onças capturando jacarés em terra firme, o que não é tão comum.
É também um animal solitário e de hábito noturno. Dificilmente pode-se encontrar onças acompanhadas, salvo no caso da cópula, quando o macho "persegue" a fêmea até que complete o seu objetivo de realizar o cruzamento.
A gestação dura cerca de 3 meses e dá origem a cada ninhada de 1 a 3 filhotes, que nascem cegos e inteiramente dependentes da progenitora.
Não se encontra atualmente ameaçada de extinção, embora a perda de habitat possa num futuro próximo afectar as populações desta espécies.
As onças-pretas e onças-pintadas existem desde a Amazônia até a mata Atlântica do Rio Grande do Sul.



Ler mais: http://detvsites-ibama.webnode.com.br/products/on%C3%A7a-preta%20/

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

A Onça-Pintada




A onça-pintada é o maior felino do continente americano. Seu peso varia entre 35 e 130 kg e geralmente, os machos são mais pesados que as fêmeas. Possui o corpo robusto, compacto e musculoso. O seu comprimento total pode variar de 1,7 a 2,4 metros, e sua cauda é responsável por 52 a 66 cm do seu tamanho corporal (Seymour, 1989). As onças-pintadas que habitam áreas de florestas tendem a ser menores do que as que habitam áreas abertas como o Pantanal, no Brasil ou os Llanos, na Venezuela.
Sua pelagem varia do amarelo-claro ao castanho-ocreáceo e é caracterizada por manchas pretas em forma de rosetas de diferentes tamanhos. Estas rosetas são como a “impressão digital” do animal e servem para diferenciá-lo, pois cada indivíduo possui um padrão único de pelagem. Deste modo, com o uso de armadilhas fotográficas, é possível realizar a contagem de onças-pintadas e estimar o tamanho da população em uma determinada área. Existe também a variação melânica da espécie, que são onças com uma coloração de fundo preto, mas que também possuem as rosetas. Essas são conhecidas como onças-pretas e ocorrem em algumas regiões da distribuição da espécie.
Outras espécies de felinos, que também possuem manchas, podem ser confundidas com a onça-pintada. Por exemplo o leopardo (Panthera pardus) que ocorre na África e Ásia e a jaguatirica (Leopardus pardalis) que ocorre no continente americano. No entanto, essas espécies possuem porte e padrão de pelagem distintos. A onça-pintada, juntamente com o leopardo das neves, o tigre, o leão e o leopardo, compõem as cinco espécies de grandes felinos pertencentes ao Gênero Panthera. Como característica em comum, estas espécies possuem uma ossificação incompleta do osso hióide, localizado na região da garganta, que proporciona um som forte e grave conhecido como esturro (ouça o esturro da onça ). O esturro é utilizado na comunicação entre indivíduos de onças-pintadas principalmente no período de reprodução, quando machos e fêmeas o utilizam para se localizarem. As demais espécies de felinos emitem apenas um miado como forma de comunicação. As onças-pintadas concentram suas atividades no período crepuscular-noturno, porém este comportamento pode variar conforme a região geográfica. Em hábitats de mata densa, as onças-pintadas podem apresentar maior atividade durante o dia do que em hábitats abertos como o Cerrado, o Pantanal e a Caatinga.

 A onça-pintada é um animal territorial, e utiliza para delimitar sua área de vida fezes, urina e arranhões em árvores. De hábito solitário, interage com outros indivíduos da espécie apenas no período reprodutivo, sendo que um macho pode acasalar com várias fêmeas. As fêmeas atingem a maturidade sexual com aproximadamente dois anos, podendo ter sua primeira cria com três anos. Os machos atingem sua maturidade sexual com aproximadamente três anos, e são atraídos pelo odor e vocalização das fêmeas. O período reprodutivo se estende por todo o ano, quando as onças-pintadas machos e fêmeas interagem por alguns dias, copulando por várias vezes. Neste período, pode ser observado mais de um macho acompanhando a mesma fêmea. O tempo de gestação da onça-pintada varia entre 93 e 105 dias, podendo nascer de um a quatro filhotes, sendo mais comum o nascimento de dois filhotes por ninhada. Em média, os filhotes recém-nascidos pesam de 700-900 g, abrem os olhos entre o sétimo e o 13º dia, mamam até aproximadamente o sexto mês de vida e acompanham a mãe até um ano e meio de idade (Seymour, 1989).

                                                          AS ONCINHAS E A MÃE
A onça-pintada exerce importante função ecológica para a manutenção do equilíbrio dos ambientes onde ocorre, principalmente por regular o tamanho das populações de suas espécies presas como, por exemplo, queixadas, capivaras e jacarés. É um animal que exige extensas áreas preservadas para sobreviver e se reproduzir. Dessa forma, a onça-pintada é considerada uma espécie guarda chuva, pois suas exigências ecológicas englobam todas as exigências das demais espécies que ocorrem no seu ambiente.
No Brasil, a onça-pintada é listada pelo IBAMA (2003) como ameaçada de extinção. Globalmente é classificada como “quase ameaçada” (IUCN, 2008). A conversão de seu habitat natural para atividades agropecuárias é a principal causa da redução de 50% de sua distribuição original (Sanderson et al. 2002), sendo que a espécie foi extinta em dois (Uruguai e El Salvador) dos 21 países em que ocorria historicamente. A onça-pintada é legalmente protegida na maioria dos países que compreendem a sua distribuição – somente na Bolívia a caça ainda é permitida; e a espécie não tem nenhuma proteção legal no Equador e Guiana (Caso et al., 2008). A Amazônia é, atualmente, o maior refúgio para a onça-pintada ao longo de toda a sua distribuição. Nos demais ambientes, a fragmentação de habitat e o consequente isolamento de suas populações são as maiores ameaças para a espécie. Nesses casos, a manutenção e restauração de conexões entre populações isoladas é a principal estratégia de conservação para a onça-pintada (veja por exemplo, Corredor de Biodiversidade do Rio Araguaia).http://www.jaguar.org.br/pt/projetos/araguaia-biodiversity/index.html
                                                CORREDOR DE BIODIVERSIDADE

A fragmentação de hábitats também influencia diretamente na disponibilidade de presas naturais das onças-pintadas. Nesses casos, em regiões de produção pecuária, o gado pode passar a ser uma importante presa para a espécie A inclusão da espécie no Apêndice I da CITES (Convenção do Comércio em Espécies Ameaçadas) praticamente eliminou o comércio ilegal de pele de onça-pintada. No entanto, o abate de animais em retaliação a prejuízos que eles causam a pecuaristas continua sendo uma importante ameaça à conservação da espécie. Isso demonstra que, para conservar a onça-pintada não basta manter hábitats e presas naturais, mas também minimizar conflitos entre esses predadores e os pecuaristas (veja por exemplo, Projeto Onça Social). http://www.jaguar.org.br/pt/projetos/projeto-onca-social/index.html.

A onça-pintada é um predador topo de cadeia alimentar, exclusivamente carnívoro. Estudos de sua dieta ao longo de toda sua distribuição já registraram mais de 85 espécies de presas naturais (Sunquist & Sunquist, 1989). A onça-pintada caça de forma oportunista, se alimentando das espécies mais abundantes no seu ambiente. Em algumas regiões do Brasil, as onças-pintadas se alimentam principalmente de grandes mamíferos, como o queixada, a capivara, o tamanduá-bandeira e a anta, e em outras, se alimentam de répteis, como a tartaruga e o jacaré. Em áreas onde vivem próximas ao gado, este pode constituir uma importante fonte de alimento na sua dieta.

   A extensão da área de vida da onça-pintada varia ao longo de sua distribuição: as menores áreas foram estimadas em 13 km2 nas florestas de Belize (Rabinowitz, & Nottingham, 1986) e as maiores em 265 km2 no Cerrado do Brasil central (Silveira, 2004). Estudos têm revelado também que a área de vida de indivíduos machos é maior do que a de fêmeas, sendo que a área de vida de um macho pode englobar as de várias fêmeas.
A onça-pintada ocorre em densidades de aproximadamente 1 a 7 indivíduos adultos por 100 km². Altas densidades foram relatadas em florestas de Belize e Costa Rica (Salom-Pérez et al. 2007, Silver et al. 2004), e do Pantanal brasileiro (Soisalo & Cavalcanti 2006), onde a abundância de espécies presa é excepcionalmente alta.
A onça-pintada ocorre em distintos e variados habitats, desde florestas tropicais na Amazônia, planícies inundáveis no Pantanal, florestas secas no México, campos arbustivos e abertos do Cerrado, e até mesmo em regiões semi-áridas da Caatinga. Preferencialmente utilizam habitats próximos a cursos d‘água com vegetação densa. Normalmente a onça-pintada evita áreas de agricultura, mas pode ser observada utilizando pastagens.


      FONTE: http://www.jaguar.org.br/pt/                                                

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Fauna brasileira: espécies em extinção na caatinga

A Caatinga é um dos biomas mais afetados pela ação do homem na natureza, prejudicando a vida da flora e da fauna da região

Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga está presente em nove estados. Com uma extensão territorial de aproximadamente 826.411 km, a região corresponde a 10% do território do país e possui uma grande diversidade de fauna e flora.

 

A Caatinga é um dos biomas mais afetados pelas atividades humanas. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, mais de 80% de sua área já foi alterada pela ação humana, perdendo apenas da Mata Atlântica.
Isso acontece porque o bioma enfrenta problemas como o desmatamento, exploração de madeiras, queimadas, extração da mata nativa, monocultura de cana-de-açúcar, e principalmente, a substituição de espécies vegetais nativas por pastagens.
Além disso, a região conta com cerca de 27 milhões habitantes, segundo o IBGE, e enfrenta problemas sociais – baixo nível de renda, de escolaridade, falta de saneamento e alto índice de mortalidade -, e climáticos.

Durante as grandes secas, por exemplo, as safras agrícolas são menores e os animais domésticos morrem por fome, pela falta de água, ou pela caça de subsistência. O problema é um dos grandes responsáveis pelo aumento na taxa de extinção de animais.
Segundo estudos da Conservação Internacional – Brasil (CI – Brasil), divulgados em 2010, a região conta com 932 espécies de plantas, 187 de abelhas, 240 de peixes, 167 de répteis e anfíbios, 510 tipos diferentes de aves e 148 de mamíferos.
Dados do Instituto Chico Mendes apontam que existem mais de 60 espécies em extinção na caatinga. Confira alguns exemplos:
• Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus lear)


• Pitu (Macrobrachium carcinus)
 
• Morcego vermelho (Myotis ruber)
Gato-maracajá (Leopardus wiedii)


• Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus)


 • Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus)

Preservação

Um estudo realizado pelo Banco Mundial em parceria com a WWF definiu prioridades para a conservação da biodiversidade no mundo, estabelecendo cinco níveis, por ordem de relevância: prioridades I, II, III, IV e V. A Caatinga foi classificada no nível I, o mais alto.
Com o intuito de melhorar a imagem e acolher espécies ameaçadas, o bioma possui uma reserva natural, localizada nos Sertões dos Inhamuns. Em 5.646 hectares, o local abriga algumas amostras da flora e da fauna e possui um centro de visitas em sua sede.
A Caatinga conta com outros órgãos e associações que visam preservar o bioma e amenizar os problemas causados pelo homem. Apesar disso, a região ainda é considerada pouco explorada por estudiosos e pesquisadores.
Fonte: pensamentoverde