Fauna brasileira sofre com o tráfico de animais e o desmatamento das florestas
Todos os anos cerca de 12 milhões de animais silvestres são retirados das florestas do país, sendo que 95% deles são aves, e, em sua maioria, nunca retornam à natureza
De
acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil abriga cerca de 517
espécies de anfíbios (das quais 294 são endêmicas), 468 de répteis (172
endêmicos), 524 de mamíferos (com 131 endêmicas), 1.622 de aves (191
endêmicas), cerca de 3 mil peixes de água doce e uma fantástica
diversidade de artrópodos: só de insetos, são cerca de 15 milhões de
espécies.
Todos
os anos, cerca de 12 milhões de animais silvestres são retirados das
florestas brasileiras. Dono de uma das biodiversidades mais ricas do
mundo, o nosso país sofre com a ação de traficantes de animais e com o
desmatamento. Mas o problema não para só aí, a caça e pesca predatórias,
a construção de hidrelétricas, a instalação de indústrias, o garimpo e
os projetos agropecuários também corroboram para a atual situação. Por
conta deste grave problema, 22 de setembro foi instituído como o Dia da
Defesa da Fauna.
Devido
aos grandes impactos ambientais e à desenfreada ocupação humana, vêm
ocorrendo uma grande degradação de habitats naturais e o desaparecimento
de espécies e formas genéticas, o que influi muito na fauna brasileira.
Assim, para uma maior conservação da fauna, flora, ecossistemas e
demais recursos naturais, foram criadas as Unidades de Conservação em
diversos pontos do território nacional.
Porém,
esses espaços não são suficientes para que a natureza esteja totalmente
protegida da ação humana. Deste modo, projetos focados na proteção dos
animais, como o “De Volta Pra Casa”, da ONG SOS Fauna, são necessários.
A
iniciativa nasceu há cerca de nove anos, pois a problemática do pós
apreensão em relação a animais silvestres confiscados é sério. Porque a
sociedade, por falta de informação, imagina que após uma apreensão dos
animais silvestres, o problema está resolvido, o que não é verdade.
A maioria dos animais apreendidos – sendo que mais de 95% destes são aves – não regressa à natureza e aos seus locais de origem. Muitos são encaminhados a criadores comerciais e conservacionistas, tanto para reprodução em cativeiro, bem como para enriquecer plantéis, salvos raros e isolados casos.
O projeto promove ações conjuntas com as autoridades em operações de repressão ao tráfico de animais silvestres em guardas domésticas, interceptação de cargas e desmonte de depósitos clandestinos. Depois de apreendidos, os animais são recuperados e devolvidos à natureza.
fONTE: pensamentoverde