domingo, 14 de maio de 2017

Jaguatirica



Há várias espécies de gatos-do-mato, e várias subespécies ou raças.
A nossa jaguatirica é o Felis pardalis, com algumas raças, nem todas iguais: o maracajá, por exemplo, é um pouco maior.
Classe: Mamíferos
Ordem: Carnívoros
Família: Felídeos
Espécie: Felis pardalis
 
A luz da lua e das estrelas, coada pela folhagem espessa da mata, recobre de manchas irregulares os galhos e o solo mais abaixo. Contra esse fundo pintado de claro e escuro, o pêlo da jaguatirica torna-a quase invisível.
Em seu andar macio e ágil de felino, ela percorre a floresta para caçar, toda noite. Com organismo parecido com o do leão, doleopardo e da onça (carnívora, intestino curto, digestão rápida), ela não pode passar muito tempo sem comer. Nem escolher muito, contanto que se trate de carne viva, e de bicho que ela possa vencer em combate (ao contrário da onça, que é mais voraz, a jaguatirica despreza os peixes, que a onça pesca e ela não). Ataca e devora quatis, macacos, veados e principalmenteaves.
Na floresta, nem o ouriço lhe escapa.
Quando topa com um, fica rodeando até poder esmagar-lhe a cabeça com uma potente abocanhada.
Depois, arranca todos os espinhos do bicho (e alguns do próprio focinho, que fica bem espetado durante o combate) e só então vai comê-lo.
Assim apta para a vida de violência, e muito prolífera, a jaguatirica é animal bastante comum nas florestas de toda a América.
Na floresta, nem o ouriço lhe escapa.
Quando topa com um, fica rodeando até poder esmagar-lhe a cabeça com uma potente abocanhada.
Depois, arranca todos os espinhos do bicho (e alguns do próprio focinho, que fica bem espetado durante o combate) e só então vai comê-lo.
Assim apta para a vida de violência, e muito prolífera, a jaguatirica é animal bastante comum nas florestas de toda a América.
Na floresta, nem o ouriço lhe escapa.
Quando topa com um, fica rodeando até poder esmagar-lhe a cabeça com uma potente abocanhada.

Depois, arranca todos os espinhos do bicho (e alguns do próprio focinho, que fica bem espetado durante o combate) e só então vai comê-lo.
Assim apta para a vida de violência, e muito prolífera, a jaguatirica é animal bastante comum nas florestas de toda a América.
Alimenta-se de mamíferos pequenos e médios, como roedores, macacos,morcegos e outros. Come também lagartos, cobras e ovos de tartarugas. Caça aves, e alguns são bons pescadores.
A jaguatirica mede entre 65 cm e um metro de comprimento, fora a cauda, que pode chegar a 45 cm. Pesa entre 8 e 16 kg.
No Brasil, ocorre na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal e Caatinga.


sexta-feira, 24 de março de 2017

GUEPARDO

No difícil mundo da caçada, força muscular, reações rápidas, boa visão e alta velocidade garantem o sucesso.

Embora seja parecido com o leopardo, são animais diferentes.
Conhecido por sua velocidade, o guepardo pode atingir até 100km/h.
Quando se trata de caçar, o maior corredor entre os animais terrestres é o guepardo. Seu corpo esguio e aerodinâmico, com pequenas orelhas, pernas longas e espinha flexível é perfeitamente desenhado para arrancadas rápidas.
A aceleração do guepardo é espantosa. Como uma flecha atirada de um arco, ele atinge, a partir da imobilidade, uma velocidade de 70km/h em três segundos — quase tão rápido quanto um carro de fórmula um e mais rápido que a maioria dos carros esportes.
Em velocidade máxima, o guepardo pode alcançar 100km/h, embora apenas por curtas distâncias. Quando não alcança sua presa (geralmente uma gazela) após cerca de 20 segundos ao longo de 500m, ele desiste da caça. Arrancadas a essa velocidade exigem muito de seu organismo, e embora a corrida seja curta o guepardo precisa descansar e recuperar o fôlego.
O segredo dessa incrível velocidade é a flexão e extensão da sua espinha, que aumentam muito o comprimento de sua passada - a distância entre o ponto onde suas patas traseiras deixam o solo e o ponto onde voltam a tocá-lo. Como sua espinha arqueia-se numa extensão surpreendente, suas pernas traseiras podem alcançar uma longa distância à frente. Quando sua espinha se estende, aumenta o alcance das pernas dianteiras, aumentando ao mesmo tempo a força do impulso das pernas traseiras. Essa flexão da espinha dá ao guepardo uma passada de cerca de 7m - o que decidirá entre o sucesso ou o fracasso da caçada.
A toda velocidade, o guepardo movimenta-se numa série de gigantescos saltos, com o corpo solto no ar duas vezes a cada passada - uma quando está totalmente estendido e outra quando está flexionado e tenso, pronto para o próximo salto. A enorme aceleração deste felino é aumentada pois suas garras, que não se retraem totalmente, funcionam como as travas dos tênis dos corredores.
Pode parecer impossível que o guepardo fixe seus olhos no alvo durante o salto, mas assim como uma metralhadora de um moderno tanque de guerra persegue o alvo num campo de batalha acidentado, o guepardo mantém a cabeça firme devido à grande flexibilidade de suas espáduas. Uma estreita faixa de células fotossensíveis concentradas em suas retinas permite que ele distinga a presa no meio da paisagem.grupo de guepardos

Mesmo com todas essas vantagens, para abater uma presa o guepardo tem que chegar a 45m, antes que ela se assuste e acabe fugindo.
Ao contrário da maioria dos felinos, o guepardo caça de dia, sempre no frescor do amanhecer ou do anoitecer, examinando o terreno trepado num galho de árvore ou no topo de um cupinzeiro. Os bons pontos são marcados com urina para afastar outros guepardos, e ele desloca-se de um ponto a outro até encontrar um lugar para atacar.
A forma como o guepardo ataca depende da situação. Se a gazela estiver quieta ele age furtivamente, escondendo-se na vegetação. Qualquer que seja a forma de aproximação, muita energia será despendida no momento do ataque. O guepardo corre em linha reta, prevendo a direção da sua presa para interceptá-la; então, em uma última arrancada ataca as patas traseiras da gazela, joga-se sobre a vítima e sufoca-a com uma forte mordida na garganta, matando-a em menos de dois minutos.
Tanto o caçador como a caça atingem o limite de seu fôlego, o que explica por que o leve felino consegue subjugar tão rapidamente a gazela. As gazelas adultas têm geralmente a metade ou um terço do peso de um guepardo adulto, e não chegam aos seus ombros, em estatura. Mesmo assim os guepardos tendem a escolher as gazelas mais novas porque são mais leves.
Após a caçada o guepardo precisa descansar, tenha ele conseguido ou não pegar sua presa. Numa corrida de 180m, a temperatura do felino sobe perigosamente de 38,5°C a 40°C - um nível que mantido por mais de um minuto pode causar lesão cerebral. Então, o guepardo senta-se e respira fundo por quinze minutos para baixar sua temperatura. Após o descanso estará pronto para comer, mas caso não tenha conseguido nada recomeça a caçada.

guepardos andam em grupo
Os guepardos machos vivem em grupo
Quando os guepardos machos têm cerca de dezoito meses, saem de perto da mãe. Alguns vagam sozinhos até serem fortes o bastante para conquistar um território, mas muitos vivem em grupos de até quatro irmãos de uma mesma ninhada, ou com outros machos. Possivelmente os machos jovens vivem e caçam juntos por ser mais fácil para um grupo de machos do que para um macho solitário estabelecer-se num território e defendê-lo. Esses grupos em geral defendem pequenos territórios, cujo tamanho depende da disponibilidade de caça. Há geralmente ferozes conflitos entre os machos nômades e os que vivem em um território de grupo. É normal que os machos e as fêmeas vivam separados. As fêmeas são nômades e vivem à procura de presas e de um lugar seguro para cuidar dos filhotes. Levam uma vida solitária e raramente interagem com outras fêmeas.
guepardo

Delimitando sua casa

Os guepardos machos jovens vivem em pequenos grupos a fim de defenderem seu território contra outros machos. Eventualmente podem ser expulsos por outro grupo ou por um adulto.Alguns machos da mesma ninhada permanecem juntos a vida inteira.


 guepardo comendo


Aprendendo a caçar por tentativa e erro. As vezes, quando a fêmea do guepardo caça uma gazela jovem para seus filhotes, ela não a mata; solta-a para ser perseguida e morta por eles. Se a gazela escapar, a mãe guepardo caça-a novamente e dá mais uma chance aos filhotes, ou então deixa-a ir embora para lhes dar uma lição. Dessa forma, os filhotes aperfeiçoam sua habilidade de espreita e aprendem a combinar velocidade e dissimulação, necessárias à caça bem-sucedida.
Os guepardos geralmente caçam sozinhos mas, quando os filhotes têm cerca de seis semanas, já acompanham a mãe. Com quatro meses eles são desmamados, e a mãe leva-os para caçar, dando-lhes chances de pôr em prática as habilidades que adquiriram nas
brincadeiras com os irmãos nos primeiros meses de vida. Agora, os 'tapas" que davam são usados para derrubar a presa. A mãe deixa os filhotes aprenderem com os próprios erros, e continua a alimentá-los até que estejam aptos a caçar sozinhos.
A capacidade de aprender por tentativa e erro é fundamental à sobrevivência de muitos animais. Os texugos jovens não têm a ajuda dos pais na busca pelo alimento.
Quando estão grandes o suficiente para seguir a mãe, os filhotes de guepardo mostram grande interesse por suas caçadas. Ao atingirem metade do crescimento (acima), eles praticam caça com uma presa capturada.
Eles bisbilhotam tudo e descobrem que revirando pedras com o focinho encontram comida, como minhocas e besouros. Aprendem logo a distinguir o que gostam do que não gostam e descobrem onde encontrar o alimento desejado.

Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/guepardos.html


segunda-feira, 6 de março de 2017

TIGRE SIBERIANO

Tigre (Panthera tigris) é um mamífero da família dos Felinos ou Felídeose pertence ao gênero Panthera.
TIGRE NO GELO

Tigre siberiano

Em liberdade existem entre 300 a 500 indivíduos no momento. É a maior das subespécies de tigre e o maior felino existente hoje em dia, pesando, na grande maioria das vezes, entre 250 e 330 kg.
Diferentemente das outras subespécies de tigre, vive em uma área de clima frio formada por florestas boreais (de carvalhos e coníferas) e, por conta disso, tem uma pelagem mais clara e menos listras para poder se confundir com a o arvoredo seco de que se rodeia durante a caça.
SEBERIANOS

Bigodes de tigre

Todos os felinos, grandes e pequenos, têm um órgão de sentido adicional. Se estiver muito escuro para ele enxergar, ou se sua visão ficar obstruída quando ele abre a grande boca para atacar a vítima, seus bigodes entram em acão.

Os felinos têm, em média, 24 bigodes distribuídos nas laterais das narinas, em quatro fileiras, mais alguns ao redor dos olhos e outros na parte inferior das patas dianteiras. São longos, grossos, duros e, em geral, caem e tornam a nascer.
As partes do cérebro encarregados da visão e do tato são bem próximas, por isso os dois sentidos estão intimamente ligados. Aliados à aguçada audição do felino, eles oferecem um quadro detalhado do mundo em volta. Apesar disso, algum problema em seus bigodes pode ser desastroso.

BEBE TIGRE


Sensores excelentes

Os bigodes funcionam como antenas que o gato doméstico, por exemplo, pode usar para verificar se a largura de um buraco é suficiente para ele passar. Podem ser movimentados para frente e para trás, dependendo do que o animal pretenda fazer. São utilizados também para interpretar correntes de ar, permitindo-lne detectar a presença de um objeto sólido pelos minúsculos redemoinhos produzido. Quando o gato está
respirando normalmente, mantém seus bigodes fora do caminho. Mas quando está se movimentando ou pronto para pular, dirige as pontas dos bigodes para frente. Quando está prestes a dar uma mordida fatal, os bigodes formam uma rede na frente da boca que ajuda a determinar o formato da presa e avaliar o local preciso da mordida na nuca.
Com a presa segura firmemente, o gato pode enrolá-la com os bigodes para verificar seus movimentos.

Medicina Chinesa


Uma das maiores ameaças a sobrevivência ao tigre hoje em dia vem da medicina tradicional chinesa. Cada parte tem uma utilidade médica de acordo com as superstições orientais:
* O rabo pode ser moído e misturado com sabão para ser aplicado como unguento para tratar de doenças de pele. Ainda os ossos da ponta do rabo são usados como amuletos para espantar maus espíritos.
* Sua pele é utilizada como tapete para curar uma febre causada por maus espíritos. Porém convém tomar muito cuidado: Caso a pessoa fique muito tempo sobre o tapete, pode se transformar em um tigre.
* Pode-se curar uma pessoa com indolência e acne misturando o cérebro com óleo e esfregando pelo corpo.
* Acrescentando-se mel aos cálculos biliares, pode-se aplicar sobre as mãos e os pés para curar abcessos.
* Os pelos queimados são utilizados para afastar centopéias.
* O osso moído, adicionado ao vinho, é um tônico tradicional em Taiwan.
* O globo ocular ingerido como se fosse uma pílula é utilizado para curar convulsões.
* Os bigodes são utilizados como amuleto para proteger contra balas de armas de fogo e para dar coragem a pessoa.
* Para impedir que uma criança tenha convulsões é só retirar os pequenos ossos das patas e amarrá-los nos punhos dela.
* Seu pênis é o principal ingrediente de uma sopa afrodisíaca muito apreciada em vários países do Oriente.
* As costelas são usadas como valiosos amuletos.
* Há quem acredite que comer o coração de um tigre ganhe coragem e força.
* Quem carregar uma pata no bolso terá coragem e ficará protegido contra eventuais sustos inesperados.
* Carregar a unha de um tigre dá boa-sorte. (pra quem? pro tigre é que não é....)

Não são tigres


* Tigres-dente-de-sabre, que são felinos, mas de outra sub-família.
Tigre-da-tasmânia, que é um marsupial.
* Tubarão-tigre, um tubarão.
Tigre-d'água, uma tartaruga.

Um gato que adora água



O tigre é um grande nadador, e pode nadar até 5km.
Embora seja parente do gato, ele adora se refrescar na água.

Reprodução

TIGREZA

Os tigre podem reproduzir-se de 8 a 12 crias por mãe e a sua gestação dura cerca de 17 meses.
A reprodução do tigre é sexuada e vivípara.
Ao nascer as crias podem ter 20cm de comprimento e 14cm de altura e 30kg.








TIGRES ALBINOS

FONTE:http://www.ninha.bio.br/biologia/tigre.html




sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

TIGRES

Tigres

A principal característica do tifre é o pelo listrado, cada tigre é listrado de um modo diferente. As listas do tigre (e as da zebra)são como impressões digitais - únicas.

Os tigres são carnívoros.
Um macho adulto pode pesar 300 kg.
Os dentes do tigre podem chegar a 10 cm e as garras até 8 cm.
A sua mordida é uma das mais fortes de todos os felinos. São caçadores noturnos e apesar de seu tamanho, se aproximam de suas presas em completo silêncio, antes de se lançar sobre elas a curta distância.



TIGRES DIFERENTES

Alimentação

A sua alimentação é preferencialmente composta de suínos selvagens, mas também podem caçar veados.
Caçam também aves, répteis e peixes.
A idade media de um tigre é de 80 anos.






Classificação

FONTE: http://www.ninha.bio.br/biologia/tigre.html

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

BIOPIRATARIA



O prejuízo com a biopirataria





Possuidor de um dos mais ricos patrimônios da flora e da fauna do planeta, que hoje estão concentrados na Amazônia, no Nordeste e no Pantanal, o Brasil é uma das maiores vítimas da biopirataria internacional. Esse fenômeno criminoso não é recente, mas cresceu de forma assustadora nas últimas quatro décadas, principalmente diante da necessidade da indústria farmacêutica de buscar respostas efetivas para os males e doenças do mundo moderno. Assim, a matéria-prima da Flo­­resta Amazônica e de outras regiões de gran­­de biodiversidade – plantas e animais – virou ouro para este disputado mercado, responsável pelo faturamento de bilhões de dólares todos os anos.
A biopirataria é a exploração, manipulação, exportação e comercialização internacional, de forma ilegal, de recursos biológicos de um de­­terminado país ou região. Esse tipo de pirataria moderna, que vem erodindo o patrimônio na­­tural de muitas nações com o mesmo potencial biológico do Brasil, foi tipificada em um conjunto de normas conhecidas como Con­­­­venção sobre Diversidade Biológica (CBD), em 1992, no Rio de Janeiro (durante a Eco-92). Assi­­nada por 175 países e ratificada por 168 em 1998, esta convenção propõe regras claras pa­­ra assegurar a conservação da biodiversida­­de; o seu uso sustentável; e a justa repartição dos benefícios provenientes da utilização econômica dos recursos genéticos, respeitada a soberania de cada nação sobre o patrimônio existente em seu território.
Essa convenção não barrou os crimes, mas está servindo de anteparo para combatê-los a longo prazo. No caso do Brasil é difícil precisar os números, mas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) calculou recentemente que o país perde cerca de US$ 600 milhões por ano com o tráfico de animais e espécies de plantas. Mais de 12 milhões de animais, por exemplo, são tirados do país, agravando o risco de extinção de dezenas de es­­pécimes. A venda clandestina de espécies venenosas de aranhas e de serpentes, das quais são extraídos princípios ativos que resultam no surgimento de novas gerações de medicamentos, é outro caso escandaloso. Na parte da flora, são 20 mil extratos que saem do país anualmente.
A forma e a rota do tráfico já são muito co­­nhecidas das autoridades brasileiras: contrabandistas disfarçados de turistas ou bem-intencionados cientistas se apropriam das informações sobre a fauna e flora nas comunidades lo­­cais. No caso de animais silvestres, a internet é o principal canal do tráfico. A pena para os traficantes é de seis meses a um ano de prisão, além de multas de até R$ 5,5 mil por exemplar apreendido. De cada dez animais traficados, nove morrem antes de chegar ao seu destino final.
Há dois exemplos marcantes de plantas populares brasileiras que foram patenteadas por grandes empresas no exterior. A copaíba (Copaifera sp), árvore da região amazônica, teve sua patente registrada pela empresa francesa Technico-flor, em 1993, e no ano seguinte na Organização Mundial de Propriedade Inte­­lectual. A empresa norte-americana Aveda tam­­­­bém tem uma patente de copaíba, registra­­da em 1999. O óleo e o extrato de andiroba (Ca­­rapa guianensis), árvore de grande porte, muito comum nas várzeas da Amazônia, foram pa­­tenteados pela empresa francesa Yves Roches, no Japão, França, União Europeia e Estados Unidos, em 1999.
Há um outro caso, também muito conhecido de recurso natural que gerou lucros imensos para a indústria farmacêutica e nenhum centa­­vo para o país, que é o do anti-hipertensivo cap­­topril. O princípio ativo foi descoberto no ve­­neno da jararaca. O laboratório que patentou o princípio ativo ganha cerca de US$ 5 bilhões por ano com o medicamento. E, nós, brasileiros, te­­mos de pagar os royalties para usá-lo.
O país evoluiu muito no combate à biopirataria. Mas é preciso maior esforço das autoridades no sentido de prevenir e evitar esses crimes. O Brasil, como uma das nações que mais sofre com o problema, deveria assumir uma posição de protagonismo no debate mundial para garantir a participação dos países mais pobres nos dividendos da biodiversidade. Além da re­­pressão ao tráfico internacional, com o au­­men­­to dos contingentes das forças envolvidas no combate à biopirataria, é preciso levar informação às comunidades locais, para que a prevenção comece justamente nas bases do crime. Só com esse caldo de cultura é que o Brasil talvez consiga, um dia, dar a devida proteção a seu ex­­­­traordinário patrimônio natural.
O termo biopirataria  foi criado em 1992, com assinatura na Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada pela Organização das Nações Unidas. No tratado, que teve circulação através da Rio-92, ficou estabelecido que todos os países possuem soberania sobre a biodiversidade existente em seus territórios. O termo se popularizou, espalhando-se como um alerta sobre os vários perigos que transpassam o conhecimento das comunidades situadas em regiões com rica diversidade biológica e têm seus recursos apropriados e patenteados de forma indevida por empresas e instituições científicas multinacionais. Tais comunidades são prejudicadas pois não participam dos lucros produzidos por seu conhecimento.
A diversidade brasileira e seus problemas
Ilustração sobre biopiratariaO Brasil  está em primeiro lugar no ranking dos países megabiodiversos, e é estimado que o pais tenha a maior diversidade biológica do planeta, com cerca de 150 mil espécies catalogadas e pesquisadas, o que representa 13% de todas as espécies existentes no mundo. A maioria desses recursos está na Amazônia, com mais de duas mil e quinhentas espécies de árvores e liderando ainda o ranking de espécies de peixes de água doce do planeta. Porém, a abundância de vida no Brasil é um ponto considerado vulnerável, uma vez que a grande maioria das espécies ainda não foi reconhecida pelos pesquisadores do país. Isto as torna presas fáceis  para empresas, instituições e laboratórios internacionais que se apropriam deste conhecimento, através de patentes pedidas no mercado exterior.
Problemas comuns
Abelha em florVale lembrar que o termo biopirataria se destina ao tráfico de plantas e animais, e neste cenário aparecem algumas curiosidades assustadoras. No mercado mundial de medicamentos, estima-se que 30% dos remédios sejam de origem vegetal, enquanto 10% sejam de origem animal. Acredita-se também que 25 mil espécies de plantas sejam utilizadas para a produção de medicamentos, e a falta de fiscalização das espécies nativas abre as portas para o processo da exportação ilegal, que dá ao Brasil um prejuízo diário estimado em 16 milhões de dólares.
Devemos ficar atentos para esta prática e reportar as autoridades sobre qualquer atividade suspeita. Outra dado interessante é que a internet é, atualmente, uma das formas mais utilizadas para a prática da venda ilegal dos animais silvestres.