quarta-feira, 26 de junho de 2019

A gigantesca reserva de água doce escondida debaixo do Oceano Atlântico.

O fundo do Oceano Atlântico esconde um tesouro muito mais valioso do que qualquer navio pirata: água doce.

Embora soe estranho, um grupo de geólogos da Universidade de Columbia, em Nova York, afirma que na costa nordeste dos Estados Unidos há quase 3 mil quilômetros cúbicos de água doce presa em sedimentos porosos sob a água salgada do mar.
A descoberta, embora surpreendente, era algo do qual já se suspeitava. Especialistas acreditam que esses tipos de depósito de água doce são abundantes, mas muito pouco se sabe sobre seus volumes e sua distribuição no planeta.
Os cientistas acreditam que este aquífero é o maior já encontrado. Eles o avaliam como “gigantesco”.
Segundo seus cálculos, a reserva vai da costa do estado de Massachusetts até New Jersey e abrange cerca de 350 km da costa do Atlântico nessa região dos Estados Unidos.
Se a reserva estivesse na superfície, formaria um lago de cerca de 40 mil km2.

Como a reserva foi encontrada?

Para detectar a reserva d’água, os pesquisadores usaram ondas eletromagnéticas.
Uma pista que eles já tinham é que, nos anos 70, algumas companhias petroleiras que perfuravam a costa não extraíam petróleo, mas sim água doce. Os pesquisadores, no entanto, não sabiam se eram apenas depósitos isolados ou algo muito maior.
Agora, para conhecer a área em detalhes, eles lançaram sondas a partir de um barco para medir o campo eletromagnético nas profundezas.
A água salgada é melhor condutora de ondas eletromagnéticas do que a água doce, então, pelo tipo de sinais de baixa condutância que receberam, eles puderam concluir que havia água doce lá embaixo.
Eles também concluíram que os depósitos são mais ou menos contínuos, estendendo-se da linha da costa até cerca de 130 km mar adentro. Em sua maioria, eles estão entre 180 metros e 360 ​​metros abaixo do fundo do oceano.

Como a água chegou lá?

Os geólogos acreditam que a água doce pode ter se armazenado ali de duas maneiras.
Por um lado, acredita-se que no final da Idade do Gelo, grandes quantidades de água doce acabaram presas em sedimentos rochosos, algo que os especialistas chamam de “água fóssil”.
Mas pesquisas recentes mostram que os reservatórios provavelmente também se alimentam de chuva e de corpos de água que se infiltram através dos sedimentos na terra e alcançam o mar.

Ela pode ser consumida?

Os pesquisadores dizem que, de maneira geral, a água do aquífero é mais doce perto da costa e mais salgada à medida que entra no mar. Isso pode significar que, com o passar do tempo, os dois tipos de água vão se misturando.
A água doce terrestre geralmente contém sal em quantidades inferiores a uma parte por mil. Esta é a mesma quantia que encontraram na reserva aquática perto da costa. Em seus limites externos, o aquífero alcança 15 partes por mil. Em comparação, a água do mar normalmente tem 35 partes por mil.
Segundo explica o geofísico Kerry Key, co-autor do estudo, para usar água das partes mais distantes do aquífero seria preciso dessalinizá-la para a maioria de sua utilização, mas, em todo caso, o custo seria menor do que processar água do mar.
O estudo de Key sugere que essas reservas poderiam ser encontradas em muitas outras partes do mundo, e poderiam fornecer água potável a lugares áridos que precisam urgentemente dela.
“Provavelmente não tenhamos que fazer isso nesta região”, disse Key em um comunicado. “Mas se pudermos demonstrar que existem grandes aquíferos em outras regiões, isso poderia representar um recurso adiconal em lugares como o sul da Califórnia, a Austrália ou a África.”
Fonte: BBC

terça-feira, 25 de junho de 2019

Bomba da Segunda Guerra Mundial explode e abre cratera na Alemanha.

Uma bomba, provavelmente da Segunda Guerra Mundial, explodiu em uma plantação próxima à cidade de Limburg, no oeste da Alemanha, abrindo uma enorme cratera, informou a polícia nesta segunda-feira (24/06).

A explosão não deixou feridos, mas a detonação resultou em um buraco de dez metros de diâmetro e quatro de profundidade.
No momento em que ela foi detonada, na madrugada de domingo, os moradores da região relataram que ouviram um forte estrondo e sentiram a terra tremer. Não houve indicações de que a bomba tenha sido acidentalmente detonada por algum maquinário agrícola ou outro tipo de equipamento.
Um porta-voz da polícia disse que o local foi utilizado para treinamento militar com alvos durante a Segunda Guerra. O serviço de desarmamento de bombas avalia como altamente possível que se trate de um artefato daquele período.
Em Darmstadt, um porta-voz do governo local afirmou ao jornal Bild que a bomba de 250 quilos teria um temporizador químico que se deteriorou, provocando a detonação.
Quase 75 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, ainda existe um grande número de explosivos não detonados na Alemanha, país que foi alvo de intensos bombardeios durante o conflito.
No início deste mês, uma bomba americana de 100 quilos foi descoberta durante uma construção próxima a um movimentado centro de compras de Berlim, forçando a evacuação de cerca de 3.000 pessoas do local, até que o artefato fosse finalmente desarmado.
Especialistas afirmam que 10% das milhões de bombas lançadas sobre a Alemanha durante a guerra não explodiram.
Em agosto de 2017, o aeroporto de Tegel, em Berlim, teve que ser fechado temporariamente para a remoção de uma bomba de cem quilos. Em julho do mesmo ano, uma prisão em Regensburg foi evacuada até que uma bomba encontrada em uma área próxima fosse removida. Em setembro, 60 mil pessoas deixaram suas casas em Frankfurt por causa de outra antiga bomba.
Também não é incomum que frequentadores das praias no norte do país encontrem fragmentos de antigas bombas de fósforo, que podem ser confundidas com pedras de âmbar, uma resina fóssil usada na fabricação de joias.
Fonte: Deutsche Welle

Ministério da Agricultura aprova registro de mais 42 agrotóxicos, totalizando 211 no ano.

O Ministério da Agricultura aprovou o registro de 42 agrotóxicos, totalizando 211 neste ano. Os pesticidas são de fabricantes como Dow Agrosciences, Bayer e Syngenta, e aguardavam liberação há quatro anos, em média, de acordo com comunicado da pasta.

As aprovações foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24) e incluem apenas um ingrediente ativo novo (o chamado produto técnico). Os demais são “genéricos” de substâncias e produtos já disponíveis no mercado, afirmou o ministério.
A última lista de aprovações havia saído em 21 de maio, com 31 produtos.

O que foi liberado

A novidade entre as aprovações é o produto técnico Rinksor, da Dow, à base de Florpirauxifen-benzil. É o primeiro ingrediente ativo novo aprovado em 2019. Ele ainda não chegou ao mercado para o agricultor. Para isso, um produto formulado à base dessa substância ainda precisará ser aprovado.
Segundo o Ministério da Agricultura, o ingrediente ativo “apresenta alta eficiência contra a infestação de diversas plantas daninhas”.
Da lista de registros, outros 29 são produtos técnicos equivalentes, ou seja, “genéricos” de princípios ativos já autorizados no país, para uso industrial, que serão usados para compor novas misturas.
A última lista de aprovações havia saído em 21 de maio, com 31 produtos.

O que foi liberado

A novidade entre as aprovações é o produto técnico Rinksor, da Dow, à base de Florpirauxifen-benzil. É o primeiro ingrediente ativo novo aprovado em 2019. Ele ainda não chegou ao mercado para o agricultor. Para isso, um produto formulado à base dessa substância ainda precisará ser aprovado.
Segundo o Ministério da Agricultura, o ingrediente ativo “apresenta alta eficiência contra a infestação de diversas plantas daninhas”.
Da lista de registros, outros 29 são produtos técnicos equivalentes, ou seja, “genéricos” de princípios ativos já autorizados no país, para uso industrial, que serão usados para compor novas misturas.
Fonte: Reuters

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Coalas estão funcionalmente extintos, diz fundação australiana.

O coala é um dos símbolos nacionais da Austrália. Pesquisadores acreditam que os primeiros ancestrais desse mamífero datam de 45 milhões de anos — período em que a Austrália começou a se deslocar lentamente para o norte, separando-se gradualmente da massa terrestre antártica. Infelizmente, porém, esse mamífero pode já estar passando de símbolo… para relíquia.

Segundo um anúncio da Australian Koala Foundation (AKF), a principal organização dedicada a estudar e preservar esses mamíferos, os coalas selvagens já estão “funcionalmente extintos”.
Claro, estar “funcionalmente extinto” não é o mesmo que estar extinto, mas não significa que é algo menos preocupante. Uma população é definida assim geralmente quando dois fatores estão associados: a espécie não é mais viável, e também não tem mais um impacto significativo no seu ecossistema.
Vamos traduzir as duas coisas para o português claro.  O primeiro fator é uma questão de reprodução. Hoje, existem poucos coalas, deixando poucos descendentes… E, na taxa atual, a população pode ficar pequena demais. Daqui a pouquíssimos anos, podem não existir coalas suficientes em idade reprodutiva para gerar uma próxima geração – o que levaria ao fim dos coalas selvagens.
A segunda questão é um pouco mais complexa – e já está acontecendo hoje. Toda espécie no mundo interage com seu ecossistema. Se a população aumenta, por exemplo, ela come mais, e usa mais recursos do ambiente, e todo o ecossistema precisa se adaptar. O ambiente pressiona a espécie, a espécie pressiona o ambiente, e é assim que eles vão evoluindo juntos.
Os coalas têm uma relação bem próxima com o eucalipto – eles se alimentam quase que exclusivamente de folhas dessa árvore. É uma dieta que você, por exemplo, seria incapaz de reproduzir em casa: folhas de eucalipto são altamente tóxicas, e só os coalas tem um fígado capaz de processar esse veneno todo.
Bem, o ecossistema eucalipto-coala sempre foi totalmente interligado. A população de coala mudava, a de eucalipto mudava também, e vice e versa.
Aí é que está o problema: o coala já é, hoje, incapaz de alterar seu ambiente. O eucalipto hoje já se adaptou à vida sem esse “consumidor” – e as alterações nas populações de coalas já não tem mais efeito algum sobre seu habitat e sua fonte de alimentação. É um péssimo sinal – indica, na prática, o coala já “atua” no seu nicho ecológico como uma espécie extinta – ou seja, o ecossistema já está preparado para o seu desaparecimento total.
Deborah Tabart, presidente da AKF, apelou aos líderes dos principais partidos políticos do país, exigindo ações para salvar o emblemático animal. “A AKF acha que não há mais de 80.000 Coalas na Austrália. Isso é aproximadamente 1% dos 8 milhões de coalas que foram fuzilados e enviados para Londres entre 1890 e 1927.”
Não é a primeira vez que esse animal se mostra vulnerável: por volta de 1924, os Koalas foram extintos no sul da Austrália. Naquele momento, o foco do comércio de peles voltou-se para o norte, para Queensland – que é onde existem, hoje, os 80 mil indivíduos.
Desde 2010, a AKF tem monitorizado cerca de 128 locais protegidos onde a espécie costumava viver. Segundo a organização, eles “simplesmente já não existem” em 41 desses habitats. Agora, Deborah quer que o primeiro-ministro Scott Morrison decrete a “Lei de Proteção ao Coala”. Ela alega que a legislação “está escrita e pronta para ser aprovada desde 2016. A situação do coala agora cai sobre as suas costas”.
O desaparecimento dos coalas costuma ser atribuído  ao desmatamento de seu habitat, à caça indevida e aos efeitos prejudiciais das mudanças climáticas — as temperaturas estão causando ondas de calor que matam milhares de animais por desidratação. Gifs fofos como o abaixo, podem ficar cada vez mais raros.
Fonte: Super Interessante

Sob risco de extinção, espécie de papagaio mais gorda do mundo tem recorde na reprodução e anima biólogos.

Os kakapos são a espécie mais gorda de papagaios do mundo e chegaram a ser o pássaro mais comum de toda a Nova Zelândia, até se tornarem ameaçados de extinção por conta da caça, do desmatamento e de predadores. O resultado é que chegaram a restar, no país, apenas 147 kakapos adultos.

Agora, uma nova geração de pássaros anima os ambientalistas do país: os kakapos neozelandeses produziram 76 filhotes na última temporada reprodutiva, o maior número já registrado desde que a espécie ficou sob acompanhamento, informa o Departamento de Conservação (DOC) da Nova Zelândia. Espera-se que ao menos 60 dos bebezinhos cheguem à vida adulta.
A nova geração é duas vezes mais numerosa do que a da última temporada reprodutiva, em 2016.
O kakapo (Strigops habroptilus) – também conhecido como papagaio-mocho – só se reproduz uma vez a cada dois ou quatro anos, e em condições bem específicas: eles botam ovos quando há abundância de frutas de uma árvore conífera endêmica da Nova Zelândia chamada rimu(o alimento favorito desses pássaros), o que também só acontece a cada dois ou quatro anos.
Além disso, essa espécie tem enfrentado problemas de infertilidade e a proliferação de doenças. Ou seja, nem todos os ovos botados se convertem em filhotes vivos e saudáveis.
Isso torna o recorde reprodutivo deste ano ainda mais importante para a espécie. Segundo Andrew Digby, conselheiro do DOC, cientistas notaram um aumento na quantidade de frutas das árvores rimu nos últimos anos. Com tantas frutas à disposição, muitas fêmeas kakapo conseguiram botar mais ovos do que de costume.

Quase extintos

Os kakapos são pássaros noturnos, incapazes de voar. Segundo as autoridades neozelandesas, eram uma espécie abundante em todo o país antes da colonização humana.
“A população (de kakapos) caiu dramaticamente por conta da ação de caçadores, de predadores introduzidos (pela colonização europeia) e pela retirada da mata”, diz o DOC. “Os esforços de conservação começaram ainda em 1894, mas, em meados do século 20, os kakapos estavam à beira da extinção.”
Em 1977, documentava-se a existência de apenas 18 espécimes desse papagaio.
Até que um grupo de kakapos foi descoberto na Ilha Stewart, no extremo sul da Nova Zelândia. Começou então um esforço dos cientistas para aumentar a população dos pássaros, em ilhas onde eles não sofressem ameaça de predadores externos.
O projeto hoje prevê que kakapos recém-nascidos sejam criados em laboratório, até serem novamente liberados na vida selvagem, acoplados a um transmissor.
Cada papagaio tem seu ninho monitorado por sensores e câmeras; e as aves ganharam comedouros com suplementos nutricionais que aumentam suas chances de crescerem saudáveis.
“Esses pássaros não têm muita privacidade”, brinca Digby. “Consigo ver pela internet o que eles estão fazendo, se estão acasalando, por quanto tempo e qual a qualidade do acasalamento. Essa é provavelmente uma das espécies mais gerenciadas do mundo, certamente a mais gerenciada da Nova Zelândia.”
Para aumentar a conscientização do público a respeito dos kakapos, o DOC promoveu no início deste mês uma sessão online de observação dos bebês pássaros.
Digby conta que a expectativa é de alcançar uma população de 500 kakapos, algo que exigirá um esforço constante.
“O objetivo de nosso programa é que cada criança (do país) cresça sabendo o que é um kakapo, assim como sabem o que é um elefante e um leão.”
Fonte: BBC

sábado, 22 de junho de 2019

Insetos como alternativa para ração animal.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), não será mais possível saciar a fome da humanidade no futuro se não forem consumidos insetos. O que já faz parte da vida cotidiana em partes da Ásia e África também deve se tornar normal nos países ocidentais no longo prazo.

Até agora, a maioria das pessoas demonstra nojo só de pensar em ingerir insetos. Em vez de comer um hambúrguer de minhoca ou uma salsicha feita de gafanhotos, muitos provavelmente iriam preferir deixar de consumir proteína animal. Mas além de serem ingeridos, os insetos também podem contribuir de forma importante para a produção sustentável de peixe, carne e ovos e, ainda, na criação de animais.
A Holanda é pioneira nessa área e, por isso, não é de se admirar que a mais moderna fazenda de insetos da Europa tenha sido aberta neste mês na pequena cidade de Bergen op Zoom, no sul do país.
Segundo informações da empresa Protix, ela é a primeira fábrica do mundo em que insetos – especialmente as larvas da mosca soldado negra – são criados em grande escala e, ao mesmo tempo, processados como ração para animais.
No país, existem atualmente cerca de 25 empresas de criação de insetos. Até agora, insetos mortos só são permitidos na União Europeia para a alimentação de peixes e de animais domésticos. No entanto, espera-se que a proibição para alimentar suínos e aves com insetos acabe em breve.
A empresa holandesa Protix também cria insetos – como larvas-da-farinha, do besouro Tenebrio molitor – como alimento para aves, já que esses insetos não estão incluídos na proibição da União Europeia.
Confira quais são as vantagens dos insetos como alimento para animais:
1 – Insetos são excelentes fontes de proteína
Os insetos convertem seus alimentos em proteínas em um curto espaço de tempo. O teor de proteína dos insetos em relação à matéria seca é de 35% a 60%. No caso dos grilos, a proporção chega a ser de 77%. Os insetos são quase livres de carboidratos, têm teor extremamente baixo de gordura e colesterol e, ainda, são ricos em vitaminas, minerais e oligoelementos.
2 – Menor necessidade de importar soja e farinha de peixe
Atualmente, a Europa produz apenas de 25% a 30% de suas proteínas vegetais, e o restante é importado. A fonte de proteína mais popular e barata para a criação de animais é, atualmente, a soja.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o apetite por carne aumentou constantemente. Com isso, aumentou também a demanda por grãos de soja, que eram originalmente considerados um subproduto da produção de óleo de soja.
Nos últimos 20 anos, a produção mundial de soja mais que dobrou. A maior parte da soja vem da América do Norte e do Sul, especialmente do Brasil, da Argentina e do Paraguai.
A Alemanha é o maior consumidor de soja da União Europeia. Cerca de 80% das importações de soja são utilizadas em toda a Europa para a alimentação de animais.
No futuro, as proteínas dos insetos poderão substituir as proteínas nas rações para animais, especialmente na avicultura, suinicultura e piscicultura.
3 – Menos poluição ambiental
O cultivo e o comércio globais de soja geram muitos impactos negativos sobre o meio ambiente. Há anos ambientalistas chamam a atenção para o desmatamento de florestas para o estabelecimentos de novas plantações de soja.
A agricultura intensiva causa a erosão do solo, e a biodiversidade diminui. O uso de fertilizantes e pesticidas polui a água. Além disso, há o transporte global de soja em todo o mundo, que gera significativamente mais emissões do que a comercialização de proteínas de insetos.
4 – Insetos são leves
Os insetos têm um ciclo de crescimento muito mais curto que o dos mamíferos. Eles convertem seus alimentos mais rapidamente em carne e, assim, crescem mais rapidamente. Eles precisam de menos comida e água, podem ser criados em espaços menores, são fáceis de cuidar e produzem resíduos menos prejudiciais ao meio ambiente.
A nova empresa na Holanda irá agora realizar novas experiências quanto à produção de insetos em escala industrial, observando se doenças ou problemas de higiene podem ocorrer durante a produção em massa e se a utilização de medicamentos também é necessária.
5 – Produção usando a economia circular
Segundo a empresa, a nova fazenda de insetos na Holanda produz de acordo com o princípio da economia circular: os resíduos de alimentos de origem vegetal são reutilizados como ração para os insetos, que, por sua vez, são usados como matéria-prima rica em proteínas para a alimentação animal.
Fonte: Deutsche Welle

Empresas podem agora monitorar o desmatamento de forma rápida e precisa em todo o mundo.

O mundo perdeu 12 milhões de hectares de floresta em 2018. Como quase 40% do desmatamento é gerado por commodities, isso representa grandes riscos legais e de reputação para as empresas e riscos materiais para os investidores. Então, por que é tão difícil para as empresas impedir o desmatamento? Commodities como óleo de palma, cacau, carne bovina e soja podem mudar de mãos dezenas de vezes, desde o momento em que são colhidas até chegarem a barras de chocolate, creme dental ou fórmulas para bebês, tornando o desmatamento um quebra-cabeças muito complexo. Hoje, finalmente é possível para uma empresa ou banco de qualquer tamanho analisar e gerenciar o risco de desmatamento usando o GFW Pro.

Liderada pela equipe Global Forest Watch do WRI-World Resources Institute, a GFW Pro (pro.globalforestwatch.org) é a plataforma global mais abrangente para rastrear o risco de desmatamento dentro das cadeias de suprimentos. Qualquer usuário pode carregar com segurança a localização das fazendas, unidades de produção ou todo um portfólio de investimentos e analisar os riscos usando dados de GFW como alertas de desmatamento quase em tempo real, incêndios, proximidade a parques nacionais e terras indígenas, florestas intactas e muito mais. Ao todo, o GFW Pro usa mais de 30 conjuntos de dados de parceiros como Google, Universidade de Maryland e muitos outros para determinar o risco de desmatamento e ajudar a priorizar ações.
O sistema pode ser aplicado a qualquer commodity agrícola, em qualquer lugar do mundo, desde óleo de palma e soja a cacau, carne bovina, açúcar, café, borracha, madeira e muito mais. O outro recurso exclusivo do GFW Pro é a capacidade de enviar milhares de locais de uma só vez. Os usuários podem compartilhar ideias com o gerenciamento e podem relatar o progresso ao longo do tempo para as partes interessadas externas.
“O GFW Pro não deixa ninguém para trás. Se esperamos alcançar cadeias de fornecimento de commodities transparentes e sustentáveis ​​em uma escala verdadeiramente global, precisamos ter um sistema que seja acessível a atores globais, intermediários e atores locais “, disse Luiz Amaral, Diretor de Soluções Globais para Commodities & Finance do WRI, que liderou o desenvolvimento do GFW Pro. “Além de ajudar as multinacionais, ele é projetado para equipar até mesmo os menores bancos, empresas comerciais e produtores agrícolas – que muitas vezes não têm recursos – com a capacidade de avaliar seus riscos, monitorar e relatar o progresso”.
Quase 80 empresas e organizações ajudaram a construir e testar o GFW Pro. Cargill, Golden Agri-Resources (GAR), Louis Dreyfus Company (LDC), Mondelēz International, a Olam, Procter & Gamble Company (P & G) e Unilever são algumas das empresas que já usam o GFW Pro para rastrear commodities em milhares de sites. Instituições financeiras, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a bancos locais no Paraguai estão usando o site para avaliar empréstimos a agricultores e comerciantes. Outros usuários incluem associações, ONGs e organismos de certificação.
“O sistema GFW Pro foi desenvolvido para que qualquer empresa de commodities ou instituição financeira possa realizar análises complexas de dados geoespaciais, sem pessoal ou sistemas especializados”, disse Jane Lloyd, gerente de produto de Global Forest Watch Commodities and Finance do WRI, que liderou o desenvolvimento do GFW Pro. “Um sistema baseado na Web, publicamente disponível, que realiza esse tipo de análise acurada em tal escala é sem precedentes.”
O GFW Pro foi projetado em colaboração com os principais parceiros de tecnologia, dados, ONGs, provedores de serviços e do setor privado para atender às necessidades do setor. No longo prazo, as empresas que gerenciam florestas podem se beneficiar de um fornecimento mais seguro e sustentável de materiais, preservando os ecossistemas que tornam a agricultura mais produtiva.
Sobre o World Resources Institute
O WRI é uma organização de pesquisa global que abrange mais de 50 países, com escritórios no Brasil, China, Etiópia, Índia, Indonésia, México, Holanda, Estados Unidos e mais. Nossos mais de 800 especialistas e funcionários trabalham em estreita colaboração com os líderes para transformar grandes ideias em ações nos eixos de meio ambiente, oportunidades econômicas e bem-estar humano.
Sobre o Global Forest Watch
O Global Forest Watch (GFW) é um sistema de monitoramento e alerta de florestas on-line que une tecnologia de satélite, dados abertos e redes humanas para mostrar onde e como as florestas estão mudando. Organizada pelo World Resources Institute, o GFW é uma parceria de mais de 100 organizações que contribuem com dados, tecnologia, conhecimento e ação para garantir que a transparência impulsione uma maior responsabilidade pela gestão e proteção dos remanescentes florestais do mundo.