A Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, divulgada no final de 2014 pelo Ministério do Meio Ambiente e conta, agora, com 1.173 espécies. Ela é elaborada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e reavalia o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) da categoria “vulnerável” para “quase ameaçada”.
A saída do papagaio demonstra que o trabalho em conservação para algumas espécies está dando frutos. O papagaio-de-cara-roxa estava na lista principalmente pela degradação dos locais onde habita e pelo comércio de animais silvestres. Segundo a coordenadora do Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa, Elenise Sipinski, a reavaliação desta espécie deve ser comemorada, pois indica que a principal região onde ocorre, o litoral norte do Paraná, está em bom estado de conservação, o que possibilita a recuperação de uma espécie ameaçada. Entretanto, não significa que a luta está ganha, e o trabalho deve continuar.
O projeto foi criado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e desde 1998 desenvolve ações de pesquisa e proteção da espécie e seu habitat, principalmente no litoral norte paranaense, onde se encontra a maior parte da população do papagaio-de-cara-roxa.
Em 2014, a SPVS monitorou cerca de 100 ninhos ativos, a maioria artificial, e já registrou o nascimento de 107 filhotes. Ao longo de todo o projeto, foram registradas 1.200 atividades reprodutivas, 1.175 nascimentos de filhotes, sendo que 675 obtiveram êxito reprodutivo. Ao longo do projeto, por meio do monitoramento da população, sabe-se que ela vem se mantendo, em torno de cinco mil indivíduos.
A orientação e a sensibilização dos moradores e visitantes da região em relação à fragilidade da espécie e de seu habitat foram fundamentais. “No início, os moradores não sabiam que essa espécie estava ameaçada de extinção, por isso foi essencial trabalhar primeiro com eles”, explica Elenise. Nesse período foi realizado um intenso trabalho de educação ambiental com professores, alunos e jovens de Guaraqueçaba e Paranaguá, além de campanhas educativas no litoral sobre a problemática do tráfico de animais silvestres, como apoio dos órgãos ambientais estadual e federal.
No início do projeto, foram contratados dois moradores da região que até hoje atuam com os pesquisadores no monitoramento da população e na proteção de ninhos ao longo de todo o período reprodutivo da espécie, que se estende de setembro a fevereiro. “A permanência da equipe do projeto na região e a convivência com a comunidade local foi um fator importante para a diminuição da retirada de filhotes na natureza, uma das principais ameaças que poderiam provocar a extinção da espécie”, destaca a coordenadora.
Outra ação importante foi a instalação, a partir de 2003, de ninhos artificiais para suprir a falta de ninhos naturais, pois foi constatado que um dos fatores limitantes para o incremento da população era a falta de locais apropriados para que os papagaios façam sua postura, naturalmente feita em cavidades naturais, ou ocos, de árvores antigas da floresta.
Foto: Divulgação/SPVS/Gusthavo Sezerban
Sobre o Papagaio-de-cara-roxa
O papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) é uma espécie endêmica da Floresta Atlântica. Isso quer dizer que o único lugar do mundo habitado por essa ave é uma determinada região do Brasil, localizada numa estreita faixa litorânea de aproximadamente 285 km entre o sul de São Paulo e o extremo norte de Santa Catarina. Nesses locais o papagaio busca alimento, se reproduz, faz seu ninho e descansa em dormitórios coletivos. A população total dessa espécie é estimada em 6.700 indivíduos. A maior parte – cerca de cinco mil aves – vive no litoral do Paraná.
Fonte: ciclovivo.com.br
A saída do papagaio demonstra que o trabalho em conservação para algumas espécies está dando frutos. O papagaio-de-cara-roxa estava na lista principalmente pela degradação dos locais onde habita e pelo comércio de animais silvestres. Segundo a coordenadora do Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa, Elenise Sipinski, a reavaliação desta espécie deve ser comemorada, pois indica que a principal região onde ocorre, o litoral norte do Paraná, está em bom estado de conservação, o que possibilita a recuperação de uma espécie ameaçada. Entretanto, não significa que a luta está ganha, e o trabalho deve continuar.
O projeto foi criado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e desde 1998 desenvolve ações de pesquisa e proteção da espécie e seu habitat, principalmente no litoral norte paranaense, onde se encontra a maior parte da população do papagaio-de-cara-roxa.
Em 2014, a SPVS monitorou cerca de 100 ninhos ativos, a maioria artificial, e já registrou o nascimento de 107 filhotes. Ao longo de todo o projeto, foram registradas 1.200 atividades reprodutivas, 1.175 nascimentos de filhotes, sendo que 675 obtiveram êxito reprodutivo. Ao longo do projeto, por meio do monitoramento da população, sabe-se que ela vem se mantendo, em torno de cinco mil indivíduos.
A orientação e a sensibilização dos moradores e visitantes da região em relação à fragilidade da espécie e de seu habitat foram fundamentais. “No início, os moradores não sabiam que essa espécie estava ameaçada de extinção, por isso foi essencial trabalhar primeiro com eles”, explica Elenise. Nesse período foi realizado um intenso trabalho de educação ambiental com professores, alunos e jovens de Guaraqueçaba e Paranaguá, além de campanhas educativas no litoral sobre a problemática do tráfico de animais silvestres, como apoio dos órgãos ambientais estadual e federal.
No início do projeto, foram contratados dois moradores da região que até hoje atuam com os pesquisadores no monitoramento da população e na proteção de ninhos ao longo de todo o período reprodutivo da espécie, que se estende de setembro a fevereiro. “A permanência da equipe do projeto na região e a convivência com a comunidade local foi um fator importante para a diminuição da retirada de filhotes na natureza, uma das principais ameaças que poderiam provocar a extinção da espécie”, destaca a coordenadora.
Outra ação importante foi a instalação, a partir de 2003, de ninhos artificiais para suprir a falta de ninhos naturais, pois foi constatado que um dos fatores limitantes para o incremento da população era a falta de locais apropriados para que os papagaios façam sua postura, naturalmente feita em cavidades naturais, ou ocos, de árvores antigas da floresta.
Foto: Divulgação/SPVS/Gusthavo Sezerban
Sobre o Papagaio-de-cara-roxa
O papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) é uma espécie endêmica da Floresta Atlântica. Isso quer dizer que o único lugar do mundo habitado por essa ave é uma determinada região do Brasil, localizada numa estreita faixa litorânea de aproximadamente 285 km entre o sul de São Paulo e o extremo norte de Santa Catarina. Nesses locais o papagaio busca alimento, se reproduz, faz seu ninho e descansa em dormitórios coletivos. A população total dessa espécie é estimada em 6.700 indivíduos. A maior parte – cerca de cinco mil aves – vive no litoral do Paraná.
Fonte: ciclovivo.com.br
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