terça-feira, 31 de julho de 2018

A orca que carregou seu filhote morto durante dias.

Segundo centro de pesquisas, a carcaça do filhote era continuamente salva pela mãe, embora estivesse afundando
Ela não queria deixar seu filhote morto.
Uma orca cujo filhote morreu na terça-feira passada, pouco depois de nascer, foi vista carregando seu corpo nas águas da costa oeste dos Estados Unidos e do Canadá.
A mãe foi vista pela última vez com o filhote morto às 19h do horário local na quinta-feira passada. O filhote havia morrido na terça próximo a Victoria, British Columbia, no Canadá.
As orcas notoriamente transportam e carregam seus filhotes mortos por até uma semana. Apesar de serem popularmente chamadas de baleias, as orcas de fato pertencem à família dos golfinhos, sendo o maior exemplar da espécie. Golfinhos e baleias são animais mamíferos e as duas espécies possuem várias caraterísticas comuns o que facilita a confusão, mas biologicamente pertencem a duas famílias distintas.
A carcaça do filhote estava afundando e sendo repetidamente resgatada pela fêmea, de acordo com o Center for Whale Research (centro de pesquisas de baleias), que trabalha pela preservação das orcas residentes do sul, comunidade de animais da porção nordeste do Oceano Pacífico.
Orcas carregam carcaça de seus filhotes mortos por até uma semana
Um membro do time do centro de pesquisas viu o filhote nadando ao lado de sua mãe, batizada pela equipe de “J35″, na terça.
Mas o filhote morreu meia hora depois da equipe chegar, segundo o centro de pesquisas.
A mãe foi vista carregando o recém-nascido com sua cabeça e o empurrando em direção à ilha San Juan, perto do Estado de Washington, nos EUA.
Orcas podem viajar em média 120 km por dia.
Um morador da ilha, citado no relatório do centro de pesquisas, disse ter visto um grupo de cinco ou seis orcas no pôr do sol com o filhote morto.
“Eles se reuniram em um círculo fechado, próximo da superfície em um movimento circular harmônico por quase duas horas”, ela disse.
As orcas residentes do sul do Canadá e dos Estados Unidos correm risco de extinção. Elas dependem para alimentação do salmão-rei, que esteve em grave declínio nos últimos anos.
Orcas da comunidade monitorada nos EUA e Canadá estão em risco de extinção
A comunidade, que tem cerca de 75 indivíduos, é frequentemente encontrada perto da ilha de Vancouver, no Canadá, e nas águas marítimas do Estado de Washington, nos EUA.
Pesquisas indicam que só cerca de um terço das orcas nascidas nos últimos 20 anos sobrevivem. Segundo o centro, nenhuma gravidez nos últimos três anos produziu um filhote que tenha sobrevivido.
Fonte: BBC

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Brasil: referência em sustentabilidade na produção do café.

Apenas em 2017, o Brasil consumiu 21,5 milhões de sacas de café. Isso significa que a população tomou mais ou menos 100 bilhões de xícaras da bebida – fazendo o brasileiro ser o segundo maior consumidor da bebida, atrás apenas dos Estados Unidos.
E quando o assunto é produção e exportação, somos os campeões. Com um número tão expressivo, o país aprendeu que a produção do café precisa ser feita de maneira sustentável.
Isso quer dizer que o cultivo de café deve ser feito de uma maneira que contribua tanto para a economia, quanto ao meio ambiente e para as pessoas envolvidas no seu cultivo. Por isso, existem leis, regras e fiscalização para garantir os direitos trabalhistas de quem trabalha na lavoura e na indústria cafeeira.
Com isso, a produção é feita em equilíbrio e assegura a preservação da biodiversidade brasileira.
Confira, a seguir, os motivos pelos quais o Brasil é referência em sustentabilidade
Fonte: Super Interessante

domingo, 29 de julho de 2018

Tartaruga marinha rara morre após ficar presa em cadeira descartada Espécie ameaçada de extinção

TARTARUGAS DE KEMP ESTÃO SOB PROTEÇÃO DE LEI NOS EUA DESDE 1973 (FOTO: MATT WARE)

Uma tartaruga fêmea de kemp, a espécie mais rara do animal no mundo, morreu sufocada após ficar enrolada em uma cadeira de metal velha e quebrada. Ela ficou com a cabeça presa no tecido do encosto. O caso aconteceu na praia de Dauphin Island, nos Estados Unidos, no último final de semana.
Membros da Share the Beach, organização local de preservação de tartarugas, postaram imagens  das feridas que o bicho sofreu. “As tartarugas não encontrariam cadeiras se não fosse por nós", disse Richard Brewer, voluntário da entidade de conservação Turtle Stranding and Salvage Network (STSSN). "Desolador. Verdadeiramente desolador."
                      ANIMAL MORREU SUFOCADO APÓS FICAR PRESO NA CADEIRA (FOTO: REPRODUÇÃO/ SHARE THE BEACH )
A tartaruga-de-kemp, a menor espécie de tartaruga marinha e parente próxima da Cabeçuda, tem uma grande faixa nativa. Ela pode ser encontrada nas águas frias do Atlântico Oeste até o norte de Nova Jersey, e em todo o mar tropical do Caribe. Mas o animal constrói os ninhos nas praias ao longo do Golfo do México.
O réptil era encontrado com abundância em todas as regiões, mas a caça generalizada em meados do século 20 o levou à extinção. A tartaruga está sob proteção da Lei de Espécies em Perigo dos EUA desde a criação da legislação, em 1973.
A a exploração contínua no México (onde fica o principal local dos ninhos), a destruição do habitat natural e o excesso de resíduos gerados pelos humanos impediram a espécie de recuperar seu desenvolvimento.
Para Brewer, a pior ameaça dentro do Golfo são as redes de arrasto usadas pelos pescadores. Além disso, qualquer tipo de objeto que seja ingerido ou envolvente pode ferir ou afogar tartarugas. “Não sabemos de onde a cadeira veio, mas temos um problema com as pessoas deixando itens de praia para trás” ele afirmou ao IFLScience. “Espero que possamos usar este evento para forçar alguma nova legislação no local.”
No sábado (14), voluntários da Share the Beach monitoravam  a areia de Dauphin Island em busca de sinais de ninhos de tartaruga (como fazem durante todos os meses de maio a agosto). Eles encontraram o que acreditam ser a primeira ninhada da espécie kemp na região.
Agora Brewer e seus colegas estão buscando proteger os 65 ovos de possíveis predadores, sejam humanos ou animais. Além disso, estão organizando mais turnos para que tenham especialistas na área quando a nova geração de tartarugas sair dos ovos, dentro de 55 a 60 dias.
Fonte: Revista Galileu

sábado, 28 de julho de 2018

Em seca sem precedentes no Reino Unido, ambientalistas usam choques para resgatar peixes encalhados.

Direito de imagemDAVE THROUP/ ENVIRONMENT AGENCY, UKImage captionAmbientalistas resgatam e reanimam peixes encalhados na seca que atinge o Reino Unido
Ambientalistas britânicos vêm realizando operações de resgate de peixes encalhados em rios, em meio a um dos verões mais quentes e secos das últimas décadas no Reino Unido.
Para o resgate, as equipes da Environment Agency (EA, órgão do governo britânico que trabalha para melhorar e proteger o meio ambiente) recorrem à eletricidade. Cabos elétricos enviam descargas de baixa voltagem pela água.
Os choques imobilizam os peixes por cerca de dez segundos, tempo suficiente para que as equipes recolham os animais em baldes e os transfiram para tanques com água contendo altos níveis de oxigênio.
Do tanque, o peixe é transferido para trechos posteriores do rio, onde a vazão da água é suficiente para a sobrevivência.
Direito de imagemDAVE THROUP/ ENVIRONMENT AGENCY, UKImage captionPeixes imobilizados são colocados em baldes e transportados
Segundo a EA, esse método de resgate é utilizado porque permite a captura de muito mais peixes do que outros métodos, como redes, por exemplo.
Centenas de peixes podem ser resgatados em uma única operação.
O procedimento pode ser feito a partir de barcos ou por pessoas posicionadas em trechos rasos do rio e vestindo roupas de proteção.
Rio Teme
Um porta-voz do Met Office, o serviço nacional de meteorologia do Reino Unido, disse que esta é a primeira metade mais seca de um verão britânico desde 1961.
Direito de imagemDAVE THROUP/ ENVIRONMENT AGENCY, UKImage captionEquipes vasculham áreas com menor vazão em busca de animais para resgatar
“Tivemos apenas 20% da chuva que normalmente teríamos durante o verão inteiro”, disse o porta-voz. “Algumas áreas no sul da Inglaterra tiveram apenas 6%.”
Uma das regiões afetadas pela seca fica na fronteira entre a Inglaterra e o País de Gales, perto da cidade de Knighton. Ali, o calor expôs o leito do rio Teme, hoje cheio de rachaduras – colocando a população de peixes em perigo.
Em entrevista à BBC News Brasil, Dave Throup, chefe do escritório regional da EA no condado de Herefordshire, no sudoeste da Inglaterra, falou sobre as operações da agência para salvar os animais.
“Temos 15 especialistas em resgates na nossa área. É um procedimento técnico que requer treinamento especializado porque você está trabalhando com eletricidade e água, o que não é uma combinação ideal.”
Direito de imagemDAVE THROUP/ ENVIRONMENT AGENCY, UKImage captionSegundo o ambientalista, nos últimos dez anos, o rio Teme secou quatro vezes
Embora as voltagens sejam baixas, os técnicos precisam estar em ótimas condições de saúde, pois estão sujeitos a choques eventuais, explicou Throup
“Se você tem problemas cardíacos, por exemplo, essa não é uma atividade para você.” Throup conta que os técnicos têm de ser ágeis. “Os peixes maiores vão tentar nadar para longe, então, você precisa ser rápido.”  “Usamos essa técnica com frequência, não apenas em resgates. Por exemplo, para contagens de populações de peixes, ou para saber a idade do animal”, disse. “Nesse caso, imobilizamos o peixe para remover uma de suas escamas.” Segundo o ambientalista, nos últimos dez anos, o rio Teme secou quatro vezes. Mas, dessa vez, a seca está mais grave.
“O rio secou bem mais cedo.”
Desconforto respiratório
Throup disse que a técnica de resgate por meio de eletricidade é bastante segura.
“Os peixes parecem se recuperar bem. Mas é preciso ter cuidado”, disse.
Direito de imagemDAVE THROUP/ ENVIRONMENT AGENCY, UKImage captionEntre as espécies resgatadas estão o salmão, a truta e a lampreia
“À medida que o rio seca, formam-se piscinas de água quente onde eles ficam presos, com pouco oxigênio para respirar. Então, no momento do resgate, já estão em desconforto. A grande maioria se recupera bem. É muito raro haver mortes.”
Entre as espécies resgatadas estão o salmão, a truta e a lampreia.
“São peixes importantes e valiosos. Nadam em direção à cabeceira do rio para procriar e acabam presos naquele trecho, que tende a secar.”
A temperatura da água no rio Teme alcançou 22ºC nesse verão – 4 graus acima da média para a estação.
Além da evaporação, outro problema enfrentado pelos peixes é a queda nos níveis de oxigênio na água.
Direito de imagemDAVE THROUP/ ENVIRONMENT AGENCY, UKImage captionA temperatura da água no rio Tene alcançou 22 graus Celsius nesse verão – 4 acima da média para a estação
“O calor torna os peixes mais ativos, o que contribui para a queda nos níveis de oxigênio”, disse Throup.
Por isso, as equipes da EA também usam equipamentos para bombear oxigênio na água, evitando que os peixes se asfixiem.
Enquanto prosseguem em sua missão de resgate no rio, os ambientalistas vão encontrando peixes cada vez maiores encalhados.
“Estamos lutando contra o tempo”, disse Throup. Desde abril desse ano, eles já fizeram 26 operações de resgate na região. “E é bem provável que tenhamos de fazer mais resgates rio acima”, disse.
Em uma operação recente, a equipe salvou 500 peixes em dois dias.
Fonte: BBC

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Seca do Rio Amazonas é mostrada em fotos incríveis.

O rio Negro, um dos maiores afluentes do Rio Amazonas, pode ser visto na foto acima em seu menor nível desde 1902, 14 metros abaixo do esperado.
Cerca de 60mil pessoas nas proximidades de Manaus agora passam fome, já que o nível baixo do rio impediu boa parte da pesca e do transporte fluvial. Milhões de peixes mortos também contaminaram as águas que, em alguns trechos do rio, não podem ser consumidas.
A seca é causada pelo El Niño e, normalmente, ocorre apenas uma vez no século. Mas a seca desse ano se iniciou apenas cinco anos depois da última grande seca do Amazonas. O fenômeno se encaixa perfeitamente na previsão de efeitos do aquecimento global.
As secas podem, até mesmo, contribuir para as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa. Na Amazônia, normalmente são absorvidas toneladas de gás carbônico. O problema é que, com a decomposição de árvores e de animais que morrem por causa da seca, ela passa a emitir mais gás do que absorver.
Por exemplo, a seca de 2005 emitiu mais gases do que o Japão e a Europa juntos.
Como você verá nas fotos seguintes, com barcos encalhados muitas comunidades estão dependendo de auxílio exterior para sobreviver.

Fotos da Seca do Rio Amazonas.




Fonte nationalgeographic

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Gigantescas manchas de cocô levam à descoberta de um super colônia de pinguins.

Um grupo de pesquisadores de vários países conseguiu encontrar uma mega colônia de pinguins-de-adélia ao observar imensas manchas de cocô em imagens de satélite. Esses animais vivem na ilhas de Danger Islands, na Antártida.
Depois de notar os sinais, os pesquisadores foram às ilhas, tiraram fotos e contaram o número de pinguins dessa colônia, e o resultado impressiona: 1,5 milhões. Isso surpreendeu os pesquisadores, uma vez que a apenas 160km dali, aves da mesma espécie estão vivendo em condições não muito promissoras.
O número de pinguins-de-adélia está em declínio há 40 anos na Península Antártica. Os pesquisadores já sabiam que eles provavelmente viviam na região norte da península, mas a dificuldade de acesso havia os impedido de chegar até lá até agora, então eles supuseram (erroneamente) que as populações dali também estivessem minguando.
O nome Danger Islands (Ilhas do Perigo) não é uma brincadeira. O explorador que a nomeou no século XIX, James Clark Ross, sabia do que estava falando. As águas ao redor do conjunto de ilhas são agitadas e contêm pedaços grandes de gelo mesmo durante o verão. Este local é de difícil acesso, e as expedições científicas para lá são raras.
Por isso, a ecologista Heather Lynch, da Universidade Stony Brook (EUA) fez uma parceria com Mathew Schwaller, que trabalha na NASA, para analisar as populações de pinguins da isolada região através de imagens de satélite. As fotos revelaram enormes manchas de cocô de pinguim, sugerindo que muitas aves viviam ali. A observação motivou uma expedição às ilhas em 2015, envolvendo profissionais das universidades de Oxford, Louisiana State, Woods Hole Oceanographic Institute e outras instituições.
Logo depois da chegada, a equipe percebeu que contar pinguim por pinguim seria impossível. Para completar essa missão monumental, eles usaram um drone modificado para conseguir imagens em ângulo olho de peixe para observar melhor o aglomerado de pássaros. As fotos foram unidas em um mosaico massivo, mostrando quatro ilhas em 2D ou 3D.
De volta ao laboratório, os pesquisadores usaram um tipo de Inteligência Artificial para analisar a montagem, contando meticulosamente cada ninho de pinguim. No total, eles encontraram 751.527 casais, sem contar os filhotes e solteiros.
Curiosos sobre a evolução da colônia, os pesquisadores tiveram acesso a imagens antigas de satélite do mesmo conjunto de ilhas e observaram que o grupo de aves vive ali pelo menos desde 1959. “Cientificamente, enquanto este é um enorme número de “novos” pinguins, eles são novos apenas para a ciência”, diz o co-autor da pesquisa, Tom Hart, pesquisador de Oxford.
Os pesquisadores estão curiosos para saber porque essa colônia continua populosa enquanto suas vizinhas do lado oeste da península estão diminuindo. A diminuição das outras colônias tem sido justificada pelo aquecimento global, segundo Mike Polito, pesquisador da Louisiana State University.
É possível que esse sucesso deva-se às condições do gelo sobre o mar na região ou quantidade de alimento disponível. Mas essas hipóteses ainda devem ser investigadas.
Mesmo assim, o estudo pede maior proteção às colônias do lado oeste, que estão mais expostas à atividade humana e que estão em declínio. O trabalho foi publicado na revista Scientific Reports. [Gizmodo]

quarta-feira, 25 de julho de 2018

A ilha de lixo do Pacífico tem 16 vezes mais plástico do que se pensava

Novo levantamento aponta que são 80 mil toneladas flutuando no meio do nada – 1,8 trilhão de objetos individuais, a maioria com mais de meio centímetro.



A Grande Porção de Lixo (com maiúscula, mesmo) é uma ilha de plástico de 1,6 milhões de quilômetros quadrados — três vezes a área da França — que flutua em um ponto isolado do norte do Pacífico, entre o Havaí e a costa oeste dos EUA. Ela é formada por uma parcela das cerca de 2 milhões de toneladas de plástico que são despejadas nos oceanos todos os anos— 1,15 milhões na estimativa mais otimista, 2,41 milhões na pior das hipóteses. 60% desse lixo é menos denso que a água e flutua. As correntes oceânicas fazem o resto do serviço, arrastando as embalagens e afins para lá e para cá até que elas se acumulem em pontos específicos — que são, de forma simplificada, redemoinhos gigantes.
Existem ao todo cinco ilhas de lixo: mais uma no Pacífico, uma no Índico e duas no Atlântico. Todas se formam nesses pontos de entroncamento das correntes, em que o movimento da água se torna circular. Mas nenhuma delas chega aos pés da “pioneira”. Um artigo científico publicado na semana passada calculou que a Grande Porção de Lixo é formada por cerca de 79 mil toneladas de plástico — 16 vezes mais do que indicavam as estimativas anteriores. São cerca de 1,8 trilhão de objetos individuais, e 92% deles são maiores que 5 milímetros. É difícil ter uma noção real do tamanho das coisas na escala dos trilhões, então vamos traduzir: 1,8 trilhão de segundos é o mesmo que 57 mil anos. Enfileirando 1,8 trilhões de garrafas PET, dá para chegar na Lua e fazer dois terços do caminho de volta.
Para chegar a esses números literalmente astronômicos, pesquisadores de seis universidades e uma ONG usaram dois aviões e mais de trinta barcos. Além das redes de pequeno porte que costumam ser usadas para coletar amostras para análise, foram usadas redes maiores — que pegam qualquer coisa, até sofá. Foram retirados 1,2 milhão de objetos pelas embarcações, e scanners 3D instalados nas aeronaves cobriram uma área de 300 quilômetros quadrados. “Nós ficamos surpresos com a quantidade de objetos grandes que encontramos”, afirmou em comunicado a oceanógrafa Julia Reisser, chefe da expedição. “Antes, nós pensávamos que a maior parte dos dejetos consistia em pequenos fragmentos.”
A tecnologia usada para fazer essas novas medições é bem mais avançada que a que estava disponível para ambientalistas na década de 1970, quando a ilha de lixo foi descoberta. Isso significa que não dá para comparar diretamente as estimativas anteriores com a atual para ver a progressão histórica da quantidade de plástico flutuante. Seja como for, não há motivos para acreditar que o problema esteja se resolvendo sozinho. “Não é possível tirar nenhuma conclusão firme sobre a persistência da quantidade de plástico na mancha”, explica o oceanógrafo Laurent Lebreton, também envolvido na pesquisa. “Mas como a taxa de acúmulo de plástico é maior dentro da mancha do que na água ao redor, o fluxo de chegada de plástico é maior que o de saída.”
Outras descobertas do estudo, como as características do tipo de lixo que costuma ficar retido na Grande Porção de Lixo, são valiosos para organizar os esforços de limpeza, que já estão em andamento, mas são muito, muito demorados. Um dia, quem sabe, essa ilha vai sumir do mapa.
Fonte: Super Abril

terça-feira, 24 de julho de 2018

5 ALTERNATIVAS PARA ABRIR MÃO DO CANUDO DE PLÁSTICO

Reunimos cinco alternativas ao uso do canudo de plástico, que tem projeto aguardando a aprovação do prefeito para sua proibição no Rio.

No último dia 7, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que proíbe o uso de canudos de plástico em bares e restaurantes da cidade. A multa está estimada em R$ 3 mil e o projeto apenas aguarda o decreto e a sanção do prefeito Marcelo Crivella para ser colocado em prática.

O projeto é só uma pequena demonstração da preocupação que tem crescido em relação à poluição causada pelos canudos de plásticos, que se tornaram um dos principais símbolos da poluição plástica. Isso porque a utilização média é de apenas quatro minutos, ele pode demorar até mil anos para se decompor na natureza e, segundo a ONG Meu Rio, os canudos já representam 4% do lixo mundial. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, são utilizados cerca de meio bilhão de canudos por dia apenas nos Estados Unidos.
A situação alarmante afeta, principalmente, os animais marinhos que ingerem não só os canudos, como também todos os resíduos plásticos. Ainda de acordo com a ONG, estima-se que 90% dos animais já consumiram algum tipo de plástico pelo menos uma vez na vida.

A maneira mais simples de eliminar este problema é parar de utilizar canudos de plástico. Mas existem outras maneiras de ajudar nessa questão. Reunimos abaixo cinco alternativas, confira:
1. Canudo de Papel
Sendo a principal alternativa pelos estabelecimentos comerciais, o canudo de papel tem uma composição forte o suficiente para não quebrar facilmente, além, é claro, de ser reciclável.
(Foto: Cacá Bratke / Editora Globo)
2. Canudo de Vidro
O canudo de vidro pode ser reciclado e reutilizado diversas vezas. Além disso, permite uma limpeza rápida e fácil.

3. Canudo de Metal
Além de ter a vantagem de não se preocupar com manchas, o produto é fácil de limpar e tem um longo período de durabilidade. Mas não se esqueça de verificar qual é o metal do canudo, para não correr o risco de ser tóxico ou soltar metais pesados.

4. Canudo de Bambu
A opção de bambu é reutilizável, natural e fácil de lavar. O bambu também oferece a vantagem de não conter químicas e ser de uma fonte renovável. 

5. Canudo de Palha
Antigamente, a opção era muito utilizada por ser feita a partir das sobras da colheitade grãos. É uma ótima alternativa, sendo inclusive biodegradável. Inclusive, uma empresa chamada Harvest Straws, da Califórnia, produz esse tipo de canudo e oferece a opção de compra.
(Foto: Harvest Straws/Reprodução)
Fonte: Revista Casa e Jardim

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Conheça o tubarão-fantasma, animal que tem pênis retrátil na cabeça.

Apesar de se chamar tubarão-fantasma, este animal não é um tubarão, e sim um primo próximo: um peixe da família Chimaeridae. Ele só foi filmado vivo pela primeira vez em 2009, e apenas em 2016 a espécie foi confirmada e registrada por uma equipe de pesquisadores.
O primeiro registro em imagem do animal foi feito por um grupo de cientistas do centro de pesquisas do Aquário Baía de Monterey (Califórnia) que analisavam o fundo do oceano no litoral da Califórnia e do Havaí. Para isso, eles usaram um veículo operado por controle remoto a uma profundidade de 2 mil metros.
Dave Ebert, diretor do programa de pesquisa de tubarões no oceano Pacífico, afirmou ao National Geographic que a descoberta foi “sorte pura”.
O tubarão-fantasma é parente dos tubarões e arraias, portanto possui placas dentárias ao invés de dentes. Ele também tem canais na cabeça e rosto que dão a ele uma aparência de E.T.. A característica mais notável, porém, é o pênis retrátil na testa.
A espécie é normalmente encontrada perto da Austrália e da Nova Zelândia, mas nunca havia sido filmada viva em seu habitat natural até 2009. Aquela também foi a primeira vez que um animal desses foi encontrado no hemisfério norte. 

domingo, 22 de julho de 2018

Gorilas aprendem a desmontar armadilhas de caçadores em Ruanda

Pesquisadores observaram dois gorilas trabalhando juntos para desmontar armadilhas de caçadores na natureza, dias depois de uma delas ter matado um jovem gorila-das-montanhas.
Isso significa que os animais perceberam quão perigosas tais arapucas podiam ser, e aprenderam como identificar e se livrar delas.

A armadilha

O evento ocorreu no Parque Nacional dos Vulcões, uma área protegida que fica no noroeste de Ruanda, em 2012.
Milhares dessas armadilhas ilegais são montadas por caçadores de carne para capturar antílopes e outros animais para comer. Embora aparentemente não tenham interesse em primatas, gorilas jovens às vezes caem nessas armadilhas e morrem sem querer.
As arapucas, camufladas com folhas e galhos, contêm um laço e um talo de bambu que se dobra até o chão, com outro pau ou pedra usada para segurar o laço no lugar. Quando um animal se aproxima e move a armadilha, o bambu se lança para trás e aperta o laço em torno da presa, segurando-a no lugar. Se a criatura for leve o suficiente, será içada para o ar.
Enquanto gorilas adultos são grandes e fortes o suficiente para se extraírem dessa armadilha sozinhos, os jovens geralmente não são. Quando não morrem presos na armadilha, correm risco de morrer por ferimentos sofridos durante a sua fuga, como ossos deslocados e cortes gangrenosos.

A surpresa

Os gorilas desta região são uma subespécie do gorila-do-oriente chamada de Gorilla beringei beringei. Eles estão criticamente em perigo de extinção, e a população simplesmente não pode sustentar a perda consistente de jovens gorilas para armadilhas.
Segundo Veronica Vecellio, do Centro de Pesquisa Karisoke, do Fundo Internacional de Gorilas Dian Fossey em Ruanda, o maior banco de dados e observador de gorilas selvagens do mundo, o evento de 2012 foi a primeira vez que esses animais foram vistos destruindo armadilhas por conta própria.
Vecellio e sua equipe estavam fazendo buscas diárias por essas armadilhas no parque, a fim de desmantelá-las, quando um dos rastreadores locais avistou um gorila que havia perdido um de seus juvenis para uma das ciladas alguns dias antes.
O rastreador, John Ndayambaje, foi desmantelar a armadilha, mas recebeu um sinal de alerta do macho dominante do clã para recuar. “De repente, dois jovens – Rwema, um macho; e Dukore, uma fêmea, ambos com cerca de quatro anos de idade – correram em direção à armadilha”, relatou Vecellio. “Enquanto Ndayambaje e alguns turistas observavam, Rwema pulou no galho de árvore dobrado e quebrou-o, enquanto Dukore soltou o laço”.

Inteligência e evolução

Os pesquisadores também observaram os gorilas trabalharem juntos para destruir uma segunda armadilha.
Por causa da confiança e rapidez com que destruíram as armadilhas, os pesquisadores acreditam que esses jovens gorilas entendem como elas são perigosas e já desmantelaram outras antes.
Enquanto seria uma boa solução ensinar mais gorilas a desmontar armadilhas, Vecellio e sua equipe disseram que seria antiético interferir no comportamento natural dos gorilas nesse grau.
Logo, é necessário esperar que os jovens continuem a espalhar seu conhecimento por todo o clã por conta própria.

Fonte: Hypescience

sábado, 21 de julho de 2018

Qual é o mamífero mais traficado do mundo?

Hoje, o mundo sofre bastante com a ação humana predatória. Poluição, desmatamento e caça excessiva estão moldando, negativamente, a superfície do nosso planeta. Uma das consequências mais divulgadas é a lista, cada vez maior, de espécies em risco de extinção. Pandas, rinocerontes, primatas e baleias figuram entre os mais conhecidos animais ameaçados de desaparecer do planeta. Mas existe um animalzinho, muito pouco conhecido, que detém o triste título de mamífero mais traficado do mundo, estando a um passo da extinção.
Um típico, e exótico, pangolim asiático/Crédito de imagem: Jefri Tarigan/AP

 Eu posso apostar uma boa quantia que você nunca ouviu falar ou viu esse animal. Com o tamanho aproximado de um guaxinim e parecendo mais um pokémon do que qualquer outra coisa, o Pangolim (Ordem: Pholidota; Família: Manidae; Gênero: Manis) é o mamífero líder no comércio ilegal mundial. Sua cabeça e corpo são cobertos com uma verdadeira armadura de escamas - duras placas formadas de queratina -, dando a ele, também, a aparência de um réptil. Quando assustado, ele se contrai em uma firme bola, lembrando um tatu bem 'punk'. De hábitos noturnos, o pangolim não possui dentes, alimentando-se, principalmente, de formigas e cupins, as quais são capturadas com sua longa língua viscosa e pegajosa. Sendo encontrado em regiões da África e da Ásia, ele é tão único que, até hoje, os cientistas encontram dificuldade de encaixá-lo em um grupo dentro dos mamíferos. E, quando se é único, o ser humano costuma dar mais atenção, e quase sempre da pior maneira possível. 

Dois outros tipos de pangolim (esquerda); um deles mostrando sua grande língua pegajosa (centro); e pangolins em modo de defesa contra ataques de predadores.

Entre 1977 e  2014, é estimado que 810 mil pangolins foram contrabandeados e comercializados pelo mundo. Segundo pesquisadores, a maioria absoluta deles foram capturados diretamente do meio selvagem, sendo raros aqueles frutos de criadouros. Mais uma vez, o mercado asiático, impregnado por crenças persistentes e sem sentido (não estou me referindo às religiões), é o responsável pelo massacre. No início, as escamas do pangolim eram muito visadas pelos chineses por supostas propriedade afrodisíacas e medicinais, e isso já causava um estrago na população desses animais. Depois, sua carne começou a virar artigo de luxo, especialmente na China e Vietnã, mas com o maior importador hoje sendo os EUA. No continente asiático, por serem tão caçados, os pangolins já são difíceis de serem encontrados. Assim como as barbatanas de tubarão, o quilo da carne dos pangolins chega a valer várias centenas de dólares. Juntando essa tola prática medicinal e a culinária, o estrago é enorme. No mapa abaixo, podemos ver os países onde existe tráfico e demanda por esses animais - podemos ver que o Brasil também está incluído - e a intensidade das importações e exportações, entre os anos de 1977 e 2014 (escala logarítmica - log10) .
Somando-se a caça descontrolada, os pangolins ainda sofrem com a devastação do seu habitat (desmatamento e avanço urbano) e com o seu lento ciclo reprodutivo - as fêmeas, em geral, dão a luz somente a uma cria por ano. Isso faz com que a situação só piore. Na Ásia, esses animais sofreram as maiores perdas populacionais, o que fez com que o tráfico começasse, nos últimos anos, a se intensificar na África para suprir a enorme demanda ilegal. Apesar desse redirecionamento de foco, o número de pangolins contrabandeados na Ásia é ainda enorme e estimado em quase 18 mil entre os anos de 2001 e 2014. Entre as 8 espécies de pangolins no mundo, com 4 habitando o continente africano e 4 o asiático, todas elas encontram-se em grande risco de extinção, sendo o estado de conservação das mesmas variando de vulnerável para crítico.
proveitando-se do desconhecimento das pessoas em relação à este animal, principalmente no ocidente, o tráfico fica ainda mais fácil. Estima-se que cerca de 300 pangolins sejam capturados todos os dias. Autoridades na África, por exemplo, acham até estranho quando encontram uma carga ilegal de pangolins, não sabendo nem reconhecer direito o animal ou o objetivo econômico em contrabandeá-lo. Diversas iniciativas estão sendo tomadas para deixar o público mais ciente da sua existência. A empresa responsável pelo popular jogo Angry Birds vai até lançar uma nova versão onde o pangolim estará disponível como personagem jogável. O pior é que ainda é difícil criar um ambiente em cativeiro para ajudar a espécie se recuperar. Isso porque o pangolim não é tão estudado como deveria e possui  extrema relutância em permanecer cercado artificialmente. Apenas preparar uma comida ideal e jogá-lo em uma área específica para proteção é inútil. Além disso, sua baixa densidade populacional e lenta taxa de reprodução em meio selvagem tornam o atual nível de caça ao animal insustentável.

             Até uma solução ser achada, este maravilhoso animal está com os dias contados. E, assim como os tubarões, tudo por um prato de comida desnecessário e uma medicina furada. Denuncie sempre que vir esses animais ameaçados de extinção sendo traficados ou vendidos.
CURIOSIDADE: O nome 'pangolim' é derivado da palavra Malaia - Malásia - 'penggulung', que significa 'enrolador' e representa o comportamento desses animais quando ameaçados, ou seja, se enrolam em forma de bola.

ATUALIZAÇÃO (01/10/16): Este ano foi realizado das maiores apreensões de pangolins da história, onde 4 mil desses animais congelados foram pegos pela polícia da Indonésia na posse de traficantes. O volume total pesava 5 toneladas e os animais mortos foram reunidos na vala da foto abaixo e queimados. Os animais maiores encontrados vivos (os traficantes estavam alimentando eles para ficarem maiores para lucrarem mais no comércio dos mesmos) foram soltos na natureza. 
ATUALIZAÇÃO (20/10/16): E no último encontro do CITIES (Convenção Internacional de Espécies Ameaçaadas da Flora e Fauna Selvagem), o qual se estendeu do dia 24 de Setembro até o último dia 5 de Outubro, gerou grandes benefícios futuros para vários animais, mas os campeões na aquisição de ajuda ambiental foram os Elefantes, Pangolins e Papagaios-Cinzas-Africanos.

Os Elefantes enfrentam um gigantesco declínio populacional por causa da caça incessante pelo marfim dos seus chifres, onde caçadores os matam para arrancá-los. Pelos acordos, foi banido os mercados de marfim domésticos e legalizados, locais onde muitos caçadores poderiam estar lavando aos montes marfins ilegais. Também foi rejeitada a proposta de legalizar as vendas de marfim sob qualquer circunstância. (Saiba mais em: Marfim e o massacre dos elefantes)

Já em relação aos Pangolins, os acordos na CITIES baniram toda forma de comércio desses animais, independente da espécie.

Os Papagaios-Cinzas-Africanos são muito traficados por serem bastante apreciados como animais de estimação, algo que está destruindo a população desses animais em meio selvagem. Todo tipo de comércio com a espécie foi banido.

O encontro reuniu 152 representantes de governos, mais de 3500 pessoas e foi o maior até agora. Muitos disseram que o encontro foi um grande virar de maré para a causa ambiental.

Fonte: Saber Atualizado