quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Última década foi a mais quente já registrada

A última década foi a mais quente desde que os dados começaram a ser registrado, anunciaram nesta quarta-feira a Nasa, a Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOOA) e o Escritório de Meteorologia do Reino Unido.
Os dados também mostram que 2019 foi o segundo ano com as temperaturas mais altas desde 1850 – quando começaram os registros sistemáticos sobre temperatura global – com uma média 0,95°C superior à do século 20, atrás apenas de 2016 (0,99°C).
O estudo conjunto também aponta que os cinco anos mais quentes dos últimos 170 anos foram documentados entre 2015 e 2019. Além disso, nove dos dez anos com as médias de temperatura mais altas desde 1880 estão inseridos nos últimos 15 anos.
Os dados de 2019 significam que este foi o 43º ano consecutivo com um aumento das temperaturas terrestres e oceânicas em relação à média do século passado.
Em 2019 foi registrado um aumento das temperaturas em relação a essa média de 1,42°C em terra e 0,77°C nos oceanos, sendo superado apenas pelas altas de 1,54°C na superfície terrestre e 0,79°C nos mares de 2016.
O ano passado foi o segundo mais quente já registrado na América do Sul, com uma média 1,24°C superior à do século 20, uma alta que só foi superada em 2015. Os cinco anos com as temperaturas mais altas dos últimos 140 no continente aconteceram desde 2014.
Na Europa, o ano passado também foi o segundo mais quente. Nos últimos seis anos foram registradas as temperaturas médias mais altas na história do continente.
Anteriormente, o mês de julho de 2019 já havia sido apontado como omês mais quente já registrado. Na ocasião, recordes de temperatura foram quebrados em diversos países europeus, como a Alemanha, Bélgica ou Holanda. Em Paris, por exemplo, os termômetros marcaram 42,6°C, a temperatura mais alta já registrada na capital francesa, ultrapassando o recorde anterior de 40,4°C alcançado em 1947.
A temperatura média na Europa subiu 0,14°C por década a partir de 1910, mas esse aumento se multiplicou por mais de três vezes desde 1981, até alcançar uma média de 0,46°C.
A América do Norte é a única região que não registra uma temperatura média anual entre as mais altas de sua história, pois no fim de 2019 foi afetada por uma onda de frio ártico.
O estudo divulgado nesta quarta-feira também ressalta que em 2019 foram registradas “chuvas extremas e seca” em todo o planeta.
Fonte: Deutsche Welle

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