quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Serra do Japi é reserva hídrica de Jundiaí e região

  
  
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Serra do JapiA Serra do Japi é uma cadeia montanhosa localizada no sudeste do estado de São Paulo com 354 km² de área, cujo ponto culminante atinge 1.250 metros de altitude, faz divisa com quatro municípios: Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva. A região é um raro remanescente da Mata Atlântica. Sua biodiversidade, que apresenta um grande número de espécies, está diretamente relacionada a sua localização, região ecotonal, ou seja, uma região de encontro de dois tipos de florestas: a Mata Atlântica característica da Serra do Mar e a Mata Atlântica do interior paulista.
Além de ser a maior reserva de água da região, a Serra do Japi também tem potencial hídrico para abastecer Jundiaí no futuro. É o que revela reportagem publicada no boletim 5, da ONG Coati (Centro de Orientação Ambiental Terra Integrada). Para isso ocorrer, os especialistas e mesmo a ONG apontam a necessidade da criação de um reservatório de água na Serra do Japi. Como a oferta de água para a população de Jundiaí não é abundante, será necessário recorrer ao Rio Caxambu, segundo Domênico Tremaroli, gerente regional da Companhia de Tecnologia e saneamento Ambiental (CETESB) e presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema).
Serra do Japi - CabreúvaLocalizada na área de conservação da Ermida, na Serra do Japi, a bacia do ribeirão Caxambu tem capacidade para aumentar de 7% para 30% o abastecimento de Jundiaí. Atualmente, dois afluentes abastecem a cidade: Padre Simplício, na região do Eloy Chaves e Moisés, no bairro da Malota. Há um projeto para construção de barragem e represa das águas do ribeirão Caxambu. As águas da Serra do Japi são a única fonte de Cabreúva e Itupeva e também abastecem Indaiatuba, Itu e Salto. Além dos 7% que vêm da Serra do Japi, o restante do abastecimento de Jundiaí é feito pelas águas do Jundiaí-Mirim.
Em 1992 a Serra do Japi, que em tupi-guarani significa ‘Nascente de Rios’, foi tombada pela Unesco como uma das reservas mundiais da biosfera e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, diversas são as leis que procuram preservá-la, a mais importante delas é a Lei Municipal 417, de 2004, que criou as zonas de preservação, restauração e recuperação ambiental, em volta da reserva biológica. No entanto ainda convive com o riscos e problemas da urbanização ao seu redor e para combater crimes ambientais e evitar ao máximo os problemas na Serra do Japi, Jundiaí criou um posto avançado da Guarda Municipal, que vigia e tenta preservar a serra, 24 por dia. É a única cidade que mantém um grupamento especial na serra.

A Serra do Japi é motivo de orgulho e satisfação para quem convive com seu encanto, da beleza desse gigante, apelidado por naturalistas de ‘Castelo de Águas’.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

CIÊNCIA

Introdução

Na vastidão do norte do Oceano Pacífico, existe o Redemoinho Subtropical do Pacífico Norte, um lento espiral de correntes, criado por um sistema de alta pressão de correntes de ar. A área é um deserto oceânico, cheio de fitoplânctons minúsculos, mas com alguns peixes e mamíferos grandes. Devido à falta de peixes grandes e ventos suaves, pescadores e marinheiros raramente viajam pelo redemoinho. Mas a área tem mais coisa além de plâncton: lixo, milhões de quilos de lixo, a maioria plástica. É o maior depósito de lixo do mundo, que flutua no meio do oceano.

água viva presa no lixo
Imagem cedida por Algalita Marine Research Foundation
Na vasta área da Grande Porção de Lixo do Pacífico, a água-viva e outros animais que se alimentam por filtragem, freqüentemente consomem o lixo flutuante ou ficam presos nele

O redemoinho realmente deu origem a duas grandes massas de lixo que se acumulam, conhecidas como Porções de Lixo do Pacífico Ocidental e Oriental, às vezes, chamados coletivamente de Grande Porção de Lixo do Pacífico. A Porção de Lixo Oriental flutua entre o Havaí e a Califórnia; os cientistas estimam que seu tamanho é duas vezes maior o estado americano do Texas [fonte: LA Times]. A Porção de Lixo Ocidental se forma a leste do Japão e a oeste do Havaí. Cada massa de refugo que gira é maciça e recolhe o lixo de todo o mundo. As porções são ligadas por uma fina corrente de 3720km de comprimento chamada de Zona de Convergência Subtropical. Vôos de pesquisa mostraram o acúmulo de quantidades significativas de lixo também na Zona de Convergência.
As porções de lixo apresentam vários perigos à vida marinha, à pesca e ao turismo. Mas antes de discutirmos sobre eles, é importante analisar o papel do plástico. O plástico constitui 90% de todo o lixo que bóia nos oceanos do mundo [fonte: LA Times]. O United Nations Environment Program (Programa Ambiental das Nações Unidas) estimou, em 2006, que cada milha quadrada do oceano abriga 46.000 pedaços de plásticos flutuantes [fonte: UN Environment Program]. Em algumas áreas, a quantidade de plástico supera a quantidade de plâncton por uma relação de seis para um. Dos mais de 100 bilhões de quilogramas de plástico que o mundo produz por ano, cerca de 10% acabam no oceano [fonte: Greenpeace]. Setenta por cento disso finalmente afunda, prejudicando a vida no fundo do oceano. [fonte: Greenpeace]. O resto flutua; boa parte termina nos redemoinhos e nas porções de lixo maciças que se formam, com o plástico sendo levado pelas águas a uma costa distante.
O principal problema com o plástico - além de sua quantidade enorme - é que ele não é biodegradável. Nenhum processo natural consegue eliminá-lo. Especialistas apontam que a durabilidade que torna o plástico tão útil às pessoas é o que também o torna tão prejudicial à natureza. Ao contrário, o plástico fotodegrada. Um isqueiro jogado ao mar se fragmentará em pedaços menores de plástico sem se quebrar em compostos mais simples, o que os cientistas estimam que poderia levar centenas de anos. Os pequenos pedaços de plástico produzidos pela fotodegradação são chamados de lágrimas de sereia ou grãos.

Essas partículas minúsculas podem ser sugadas pelos animais que se alimentam por filtragem e prejudicar seus corpos. Outros animais marinhos comem o plástico, que pode envenená-los ou levá-los a bloqueios fatais. Os grãos também têm a propriedade traiçoeira de absorver produtos químicos. Ao longo do tempo, mesmo os produtos ou venenos que se misturam à água podem tornar-se altamente concentrados à medida que são eliminados pelos grãos. Essas massas venenosas ameaçam toda a cadeia alimentar, especialmente quando ingeridas por animais que se alimentam por filtragem que, geralmente, são devorados por criaturas grandes.

Efeitos do plástico e a grande porção de lixo do Pacífico


albatroz e lixo
Image courtesy
Algalita Marine Research FoundationA população de albatroz foi
devastada pelo plástico
O plástico afetou severamente os albatrozes, que percorrem um grande caminho do norte do Oceano Pacífico. Eles geralmente apanham o alimento onde quer que esteja, o que faz muitos pássaros ingerirem plástico e outros lixos, levando-os a morte. Na Ilha Midway, que fica em contato com partes da Porção de Lixo Oriental, os albatrozes dão à luz a 500.000 filhotes anualmente. Duzentos mil deles morrem, muitos pelo consumo de plástico que seus pais lhes dão, confundindo-o com comida [fonte: LA Times]. No total, mais de um milhão de pássaros e animais marinhos morrem por ano, seja porque ingeriram plástico e outros lixos ou porque ficaram presos neles.

Além de acabar com os animais selvagens, o plásticos e outros detritos danificam barcos e equipamentos submarinos, espalham-se pelas praias, impedem as pessoas de nadarem e prejudicam as indústrias de pesca local e comercial. O problema do plástico e outros lixos acumulados afeta praias e oceanos do mundo inteiro, incluindo os dois pólos. As massas de terra que acabam no caminho dos redemoinhos giratórios recebem grande quantidade de lixo. As 19 ilhas do arquipélago havaiano, incluindo a Midway, recebem quantidades maciças de lixo lançadas dos redemoinhos. Boa parte do lixo é antiga. Algumas praias ficam cobertas de 1,5m a 3m de lixo, enquanto outras ficam cheias de "areia plástica", milhões de pedacinhos, como se fossem grãos, de plástico que são praticamente impossíveis de limpar.
A maior parte desse lixo não vem dos navios - 80% do lixo do oceano origina-se da terra [fonte: LA Times]. O resto vem de navios comerciais e particulares, de equipamentos de pesca, de plataformas petrolíferas (em inglês) e da queda de contêiners no mar (seus conteúdos freqüentemente são levados pelas águas e chegam às costas distantes anos depois).
Alguns esforços podem ajudar a lutar contra a maré do lixo. Os tratados internacionais que proíbem o despejo de lixo no mar devem ser reforçados. A água de esgoto não tratada não deveria desaguar no oceano. Muitas comunidades e alguns países que se encontram em pequenas ilhas acabaram com o uso de sacolas plásticas. Essas sacolas geralmente são recicláveis, mas bilhões delas são jogadas fora todo ano. Nas Ilhas Havaianas, programas de limpeza levam voluntários às praias para recolherem o lixo, mas algumas delas, mesmo as que passam por limpezas regulares, ainda estão repletas de camadas grossas de lixo.
Os cientistas que estudaram o problema afirmam que recolher todo o lixo do oceano é simplesmente impossível, além de prejudicar o plâncton e outras vidas marinhas. Em algumas áreas, podem ser coletados grandes fragmentos, mas não é possível, por exemplo, limpar completamente uma parte do oceano que amplia a área de um continente e estende-se mais de 30m abaixo da superfície [fonte: UN Environment Program].
Praticamente todos os especialistas que falam do assunto levantam o mesmo ponto: depende do controle do lixo na terra, de onde vem a maior parte dele. Eles recomendam convencer as empresas a encontrarem alternativas para o plástico, especialmente seguras, em relação ao ambiente, e com embalagem reutilizável. Programas de reciclagem deveriam ser ampliados para acomodar mais tipos de plástico, e a população deveria ser educada sobre seu valor.

Em outubro de 2006, o governo dos Estados Unidos estabeleceu o Monumento Marinho das Ilhas Havaianas do Noroeste. Essa longa faixa de ilhas, localizadas a noroeste do Havaí, freqüentemente, entram em contato com a Porção de Lixo Oriental. Após a criação do monumento, o congresso aprovou a legislação para aumentar os fundos para os esforços de limpeza e obrigou que várias agências governamentais expandissem seu trabalho de limpeza. Pode ser um passo importante, especialmente se levar a uma maior atenção do governo para um problema que, embora terrível, apenas recebeu atenção científica séria no início da década de 90.
FONTE: HTTP://CIENCIA.HSW.UOL.COM.BR/LIXO-PACIFICO2.HTM

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

MEIO AMBIENTE

JACARÉ DO PAPO AMARELO - caiman latirostris, é um réptil, portanto um animal de sangue frio - ectotérmico (depende da temperatura do ambiente, para controlar sua  temperatura).
 O projeto de criação em cativeiro é uma forma internacionalmente reconhecida como preservadora de espécies ameaçadas de extinção.
 Classificação:   Classe- reptilia
                             Ordem- crocodilia
                             Família- crocodilidae
                             Sub-família- alligatorinea
                             Gênero- caiman
                             Espécie- caiman latirostris

A ameaça de extinção se deu basicamente pela atividade predadora do homem caçando os Jacarés para retirar destes animais o couro e a carne para consumo. Além disso destruíram seu habitat. 90% da mata atlântica foi derrubada devido a exploração da madeira de lei terminando  assim o alimento e locais para se esconder e montar os ninhos.
 As grandes capitais brasileiras estão na região litorânea. A poluição e a introdução na natureza de outras espécies também ameaçam o Jacaré do Papo Amarelo.
 É o maior réptil que sobrevive na terra e mudou muito pouco desde a época dos dinossauros a 250 milhões de anos. Apresenta funções bem definidas na natureza, inclusive responsável pelo controle populacional de uma série de animais tais como insetos e roedores.
 São basicamente aquáticos (gostam de áreas com densidade alta de plantas aquáticas) e caçam durante a noite, quando são facilmente localizados através de uma lanterna, devido aos seus olhos vermelho-amarelados, localizados no ponto mais alto da cabeça assim como as narinas. A estrutura do olho sugere que a visão é boa durante o dia e a noite permite um grande campo visual para a frente e para os lados. A pupila se contrai verticalmente quando em luz forte.
Jacaré 
do Papo Amarelo também é chamado de "Broad Snouted Alligator", isto é, o focinho é mais largo que comprido, não possui afunilamento grande em relação a cabeça. Esse tipo de focinho é uma adaptação para triturarem a couraça de algumas tartarugas de que se alimentam, assim como caranguejos e caracóis aquáticos.
É um predador oportunista que se alimenta basicamente de pequenos vertebrados - aves, roedores e mamíferos. 

Não é tão adaptado para se alimentar de peixe.
Os osteodermos são placas ósseas que ficam sob a pele e servem como proteção a outros predadores.
Devido a essas estruturas o couro do dorso é muito pouco utilizado. Na cabeça o couro é totalmente aderido ao osso.
Em geral não é possível distinguir os sexos nos filhotes, porém os machos adultos são maiores e mais robustos que as fêmeas (dimorfismo sexual). O Jacaré 
do Papo Amarelo se difere do Jacaré do Pantanal entre outras características por apresentar 3 séries de grandes escudos nucais (nuca) em que uma delas é formado por 4 escudos.
Os 
jacarés podem morrer afogados quando ficam debaixo d'água por períodos prolongados ou quando ficam presos em redes debaixo d'água.Apresenta cerca de 24 a 28 fileiras de escamas abdominais.

CURIOSIDADES
 O jacaré não transpira através de sua pele corácea, não se desidrata, pois tem escamas impermeáveis da cabeça a cauda. Em função disto quando está com calor ele abre a boca para perder calor.
Um sistema de identificação é feito através de cortes nas cristas simples da cauda. Cada crista simples representa um número, dezena, centena, sendo que o ponto entre o final das cristas duplas e o início das cristas simples corresponde ao zero.Os crocodilianos e aves tem um parentesco bem próximo, pois ambos apresentam um sistema único de espaços aéreos no esqueleto. (Siriema e 
Jacaré são parentes próximos)
São dinossauros vivos.

Possui uma terceira pálpebra transparente que vai de um lado para o outro do olho para fecha-lo e protegê-lo, de forma que quando debaixo d'água possa ver a sua presa.
Para nadar, os 
jacarés utilizam principalmente a cauda. Podem andar, trotar e até galopar fora da água e para isto precisa elevar o seu corpo através dos membros anteriores e posteriores.
jacaré fica submerso cerca de 3 horas, ele não depende do oxigênio da água. Apresenta um "by pass" no coração que quando estão debaixo d'água e termina o oxigênio pulmonar o sangue não passa pelos pulmões ("by pass") e circula no restante do corpo.No inverno os Jacarés hibernam por cerca de 4 meses, ficam mais calmos

 Alguns jacarés tem a capacidade de subir paredes de cerca de 1 metro, principalmente os animais que foram pegos da natureza e trazidos para o cativeiro.
Quando se aproxima lateralmente a um Jacaré, o movimento muito rápido defensivo é feito pela cabeça e cauda para o mesmo lado de forma a pegar o indivíduo com a cabeça, dentes ou rabo.
As narinas elevadas no final do focinho sugere uma dependência evolutiva no senso olfatório para achar alimento.
Os crocodilianos tem uma habilidade ou orientação para retornar para casa, isto é, animais que foram criados em cativeiro e escapam dos recintos, eles retornam a área após um período. O mesmo acontece com animais capturados da natureza e trazidos às fazendas de criação, é lógico que existe uma limitação na distância.  

Metacromia, ocorre para uma termo regulação, ou seja, o animal fica mais claro para refletir calor no verão e mais escuro no inverno para absorver calor com maior facilidade.
Os Papo Amarelo são mais tolerantes ao frio do que os outros caimans, e por isso, passam menos tempo se banhando no sol, ficando mais dentro d'água.
Os predadores naturais do 
jacaré são o homem (caçam os adultos devido ao couro e carne), gaviões, corujas e cobras e a sucuri, (comem os filhotes), o lagarto e o porco selvagem são predadores indiretos do jacaré, pois comem os ovos que estão nos ninhos.


Os membros anteriores tem 5 dedos com unhas nos 3 orgãos mediais e os membros posteriores apresentam 4 dedos que são mais longos que os anteriores e apresentam membranas inter digitais e unhas nos 3 dedos mediais.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mar de Aral


Mar de Aral Virou Sertao

Mar de Aral
O Mar de Aral é um corpo de água situado a aproximadamente 600 km do Mar Cáspio. Em seu interior havia mais de 1.100 ilhas, separadas por lagoas e estreitos apertados, que deram ao mar seu nome. Na língua cazaque, Aral significa ‘ilha’. No presente, a Kok Aral, a maior de todas as ilhas (que é agora uma península) dispersas pelo Mar de Aral, separa a parte nordeste, chamada Pequeno Aral, da parte sudoeste, chamada Grande Aral. Esta forma a fronteira natural entre Cazaquistão e Uzbequistão, que partilham entre si o lago. As duas partes ligam-se através estreito de Berg. O Mar de Aral era, até 1960, o quarto maior lago do mundo, cobrindo uma área de 66 mil quilômetros quadrados, com um volume estimado de mais de 1.000 km cúbicos.
Mar de Aral (1964 - 2002)
O Aral e toda a bacia do lago ganhou notoriedade mundial como uma das maiores degradações ambientais do Século XX causadas pelo homem. É referida como a “Chernobil Calada”, uma catástrofe silenciosa que evoluiu lentamente, quase imperceptivelmente, ao longo das últimas décadas.
É certo que esta morte trágica do Mar de Aral começou em 1960, ano em que os projetistas de Moscou inauguraram o Projeto do Mar de Aral, um ambicioso programa econômico que visava a conversão de terrenos baldios no cinturão do algodão da União Soviética. Os projetistas atribuíram à Ásia central o papel de fornecedor de matérias-primas, conduzindo a uma redução substancial de semeaduras de colheitas tradicionais como a alfafa e plantas que se cultivavam para fornecer óleo vegetal. Pomares e árvores de amoras foram arrancados para permitir plantar mais algodão. O desejo de expandir a produção de algodão para as terras desertas aumentou a dependência da Ásia central da irrigação, especialmente do Uzbequistão



Barco

Mar de Aral (1998 - 2009)
O Mar de Aral e os seus afluentes pareciam ser uma fonte inesgotável de água. Foram abertos canais de grande extensão para espalhar as águas por todo o solo desértico. A área irrigada aumentou a sua superfície em menos de uma década para 6,9 milhões de hectares; metade dessas terras produziam algodão e a outra metade arroz, trigo, milho, frutas, legumes e forragens para o gado. A agricultura de regadio constituiu um sucesso brilhante. As quotas de produção do algodão e de outros produtos eram realizadas ou excedidas ano após ano. A bacia do Mar de Aral tornou-se o principal fornecedor do país de produtos frescos.
As complicações surgiram porque a contração do Aral e as consequências da irrigação tinham sido tratadas como questões sem importância pelas autoridades até 1970. Não foi o projeto em si, mas antes os métodos agrícolas mal concebidos e mal geridos que destruíram a economia, saúde e ecologia da bacia do Mar de Aral, afetando milhões de pessoas. Numerosos canais e barragens foram construídos precipitadamente. Por altura de 1978, uma extensa rede de canais de irrigação estendeu-se pelos desertos para matar a sede ao algodão ao longo de 7,7 milhões de hectares, principalmente no Uzbequistão.


Os canais principais e secundários foram escavados na areia sem terem sido instaladas ligações tubulares, e não se procedeu à cimentação. Também não se prestou importância à drenagem dos solos. Menos de 10% da água absorvida era diretamente benéfica para a colheita, o restante desaparecia no solo arenoso ou evaporava-se. Foram estes programas largamente ineficazes que eram adotados para satisfazer a enorme procura de água que, por fim, resultaram na secagem do Mar de Aral. Imaginava-se que a resultante descida de nível poderia ser remediada com projetos ambiciosos de desvio de rios no norte da Rússia. Esses projetos nunca se realizaram e o lago continuou a secar ano após ano.
O resultado foi catastrófico, e a irrigação que fez florescer o deserto e aumentar os rendimentos, pôs em marcha uma desastrosa cadeia de acontecimentos logo detectados na descida dos níveis de água e no declínio da pesca. A partir de meados dos anos 80, em plena glasnost (abertura), a situação do Aral ganhou atenção junto a muitos observadores estrangeiros, como exemplo de calamidade ambiental. Desde então os cientistas pressionam de modo mais enérgico pela sua salvação. Infelizmente a essa altura, este já estava reduzido a um terço do seu tamanho original. Isso apesar de sua situação já ser conhecida da agenda dos políticos da Federação por mais de 30 anos.
O futuro do Aral é incerto. A única coisa certa é que o lago é agora cenário de uma catástrofe ambiental à medida que o nível de água declina e o ecossistema se degrada, provocando um ambiente de deterioração e condições de vida e de saúde precárias para os povos que vivem nas margens do lago. Seja qual for o futuro, esta situação certamente abriu os olhos aos governos do mundo. É um forte aviso à comunidade internacional e ilustra a rapidez – em menos de 20 anos – como uma tragédia humanitária e ambiental pode ameaçar toda uma região e a sua população. A destruição do Mar de Aral é exemplo clássico de desenvolvimento não-sustentado.
Bibliografia:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_345576.shtml – Página Planeta Sustentável – Catástrofe do Mar de Aral
http://eternosaprendizes.com/2009/07/13/a-terra-vista-do-espaco-o-desaparecimento-do-mar-do-aral/ – Página Eternos Aprendizes – A Terra vista do espaço: o desaparecimento do Mar de Aral
http://resistir.info/asia/mar_de_aral.html – Página Resistir – A Tragédia Ecológica do Mar de Aral
 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Como Funciona o Aquecimento Global

Como funciona o aquecimento global
por Ed Grabianowski - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Introdução
Até pouco tempo atrás restrito a círculos científicos, o termo  aquecimento global passou a ser usado por muita gente - mesmo por quem não entende plenamente o que ele significa. O inverno foi quente? Culpa do aquecimento global. Caiu uma tempestade? É o aquecimento global. O calor está de rachar? Aquecimento global. Mas o que é o aquecimento global? É um aumento significativo da temperatura média da Terra em período relativamente curto, em razão da atividade humana.
Uma elevação da temperatura do planeta de 1° Celsius ou mais ao longo de 100 ou 200 anos caracteriza o aquecimento global. Aumento de 0,4° C num século já é algo considerável - e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas avalia que ao longo do século passado a temperatura média da superfície da Terra tenha subido de 0,4° C a 0,8° C.
Neste artigo, aprenderemos o que é o aquecimento global, o que o causa e quais são seus efeitos.
Para começar, vamos ver a diferença entre tempo e clima.
Tempo e clima
Tempo é local e acontece a curto prazo. Se chover na sua cidade na próxima quinta-feira, isto é o tempo. Clima acontece a longo prazo e não tem relação com uma localidade pequena. O clima de uma área é a média das condições de tempo em uma região ao longo de um grande período. Se onde você vive há ventos frios e garoa, isso faz parte do clima desta região. Os invernos têm sido frios desde quando se começou a registrar o tempo, então geralmente sabemos o que esperar dele.
O longo prazo, em referência ao clima, é um período realmente longo. Centenas de anos são um prazo curto quando se trata de clima. De fato, as mudanças no clima às vezes levam milhares de anos. Isto quer dizer que se por acaso houver um inverno não tão rigoroso quanto o de costume, ou mesmo dois ou três invernos deste tipo em seguida, isto não indica mudança de clima. Isto é apenas uma anomalia, um evento que foge do costumeiro alcance estatístico, mas que não representa nenhuma mudança permanente a longo prazo.
Também é importante entender que mesmo pequenas alterações no clima podem ter efeitos maiores. Quando os cientistas falam sobre "a era glacial", é provável que se visualize o mundo congelado, coberto de neve e sofrendo com temperaturas baixíssimas. Na verdade, durante a era glacial (eras glaciais acontecem aproximadamente a cada 50 mil ou 100 mil anos), a temperatura média da Terra era apenas 5° C mais baixa do que as médias atuais de temperatura [referência - em inglês].
Alterações naturais do clima
Milhares de anos podem passar até que a Terra esquente ou esfrie apenas um grau. E isso, de fato, acontece de forma natural. Além dos recorrentes ciclos de eras glaciais, o clima da Terra pode se modificar por causa da atividade vulcânica, das diferenças na vida vegetal que cobre a maior parte do planeta, das mudanças na quantidade de radiação que o Sol emite e das mudanças naturais na química da atmosfera.
O efeito estufa
O aquecimento global é causado pelo aumento do chamado efeito estufa. Ele sozinho não é ruim, já que permite que a Terra fique aquecida o suficiente para que a vida continue.
É possível imaginar a Terra como um carro estacionado sob o Sol. O carro fica sempre muito mais quente por dentro do que por fora se permanecer exposto ao Sol por um tempo. Os raios do Sol entram pelas janelas do carro, e uma parte de seu calor é absorvida pelos assentos, painel, carpete e tapetes. Quando esses objetos liberam o calor, ele não sai pelas janelas por completo. Uma parte é refletida de volta para o interior do carro. O calor irradiado pelos assentos é de um comprimento de onda diferente da luz do Sol que entrou pelas janelas. Então, uma certa quantidade de energia entra, e menos quantidade de energia sai. O resultado é um aumento gradual na temperatura interna do carro.
Quando os raios de Sol chegam à atmosfera e à superfície da Terra, aproximadamente 70% da energia fica no planeta, absorvida pelo solo, pelos oceanos, pelas plantas e outros. Os 30% restantes são refletidos no espaço pelas nuvens e outras superfícies refletivas [referência - em inglês]. Mas mesmo os 70% que passam não ficam na Terra para sempre (se isso acontecesse ela se tornaria uma bola de fogo). As coisas em torno do planeta que absorvem o calor do Sol eventualmente irradiam este calor. Um pouco vai para o espaço, e o resto acaba sendo refletido para a Terra ao atingir certas coisas que ficam na atmosfera, tais como dióxido de carbono, gás metano e vapor de água. O calor que não sai pela atmosfera terrestre mantém o planeta mais quente do que o espaço sideral, porque mais energia está entrando pela atmosfera do que saindo. Isso tudo faz parte do efeito estufa que mantém a Terra quente.
A Terra sem o efeito estufa
Como seria a Terra se não houvesse o efeito estufa? Provavelmente ela se pareceria bastante com Marte. Marte não tem uma atmosfera grossa o suficiente para refletir o calor para o planeta, então lá fica muito frio. Alguns cientistas sugeriram a transformação da superfície de Marte enviando "fábricas" que exalariam vapor de água e dióxido de carbono no ar. Se pudéssemos gerar material suficiente, a atmosfera começaria a engrossar a ponto de reter mais calor e permitir a sobrevivência das plantas na superfície. Depois que as plantas se espalhassem por Marte, elas passariam a produzir oxigênio. Depois de algumas centenas ou milhares de anos, Marte poderia realmente vir a ter um meio ambiente em que os humanos pudessem sobreviver graças ao efeito estufa.
Aquecimento global: o que está havendo?
O aquecimento global está diretamente relacionado ao chamado efeito estufa, que é provocado por alguns gases - os mais importantes são descritos a seguir.
Dióxido de carbono (CO2). É um gás incolor, subproduto da combustão de matéria orgânica. Ele representa menos de 0,04% da atmosfera da Terra - a maior parte foi liberada muito cedo na vida do planeta pela atividade vulcânica. Hoje, a atividade humana bombeia enormes quantidades de CO2 na atmosfera, resultando em aumento total na sua concentração [referência - em inglês]. O aumento de sua concentração é considerado o fator primário no aquecimento global, porque o CO2 absorve radiação infravermelha. Como a maior parte da energia que escapa da atmosfera da Terra sai na forma de radiação infravermelha, o CO2 extra significa maior absorção de energia e um aumento total na temperatura do planeta.
O Worldwatch Institute (em inglês) relata que as emissões de CO2 em todo o mundo aumentaram de cerca de um bilhão de toneladas em 1900 para cerca de sete bilhões de toneladas em 1995. O Instituto também aponta que a temperatura média da superfície da Terra subiu de 14,5° C, em 1860, para 15,3° C em 1980.
O óxido Nitroso (N2O) é outro importante gás estufa. Embora as quantidades liberadas pela atividade humana não sejam tão grandes quanto as de CO2, o óxido nitroso absorve muito mais energia do que CO2 (cerca de duzentas e setenta vezes mais). Por esse motivo, os esforços para que sejam reduzidas as emissões de gás estufa têm sido direcionados para o NO2 também [referência - em inglês]. O uso de muito fertilizante de nitrogênio nas colheitas libera grandes quantidades de N2O, e ele também é um subproduto da combustão.
Metano é um gás combustível e o principal componente do gás natural. O metano ocorre naturalmente, oriundo da decomposição de material orgânico. Freqüentemente é encontrado
na forma de "gás de pântano". Atividades desenvolvidas pelo homem produzem o metano de várias formas:
·             com sua extração do carvão;
·             a partir de grandes rebanhos de gado (por exemplo, gases digestivos);
·             a partir da bactéria nas cascas do arroz;
·             com a decomposição do lixo em aterros.
O metano age de forma semelhante à do CO2 na atmosfera, absorvendo energia infravermelha e mantendo a energia do calor na Terra. Alguns cientistas até especulam que a emissão do metano em larga escala para a atmosfera (como a liberação de grandes pedaços de metano congelado presos no fundo dos oceanos) poderia ter criado curtos períodos de intenso aquecimento global que levaram a algumas das extinções em massa no passado distante do planeta (revista Discover, dezembro de 2003).
Vapor de água,
o outro gás estufa

O vapor de água é o “gás estufa” mais abundante, mas é mais freqüente não como resultado das mudanças do clima e sim como resultado das emissões causadas pelo homem. Embora o termo gás não se aplique a água em condições normais, a presença de vapor de água na atmosfera e sua participação no efeito estufa dão a ele o status de “gás estufa”. A água ou a umidade na superfície da Terra absorve o calor do sol e de seus arredores. Quando calor suficiente tiver sido absorvido, algumas moléculas podem ter energia para escapar do líquido e começar a subir na atmosfera sob a forma de vapor. Enquanto o vapor sobe cada vez mais alto, a temperatura do ar ao seu redor se torna cada vez mais baixa. Eventualmente, o vapor perde calor para o ar ao seu redor, o que lhe permite voltar sob a forma líquida. A atração gravitacional da Terra faz com que o líquido "caia" de volta para a Terra, completando o ciclo. Este ciclo é chamado de "circuito de retorno positivo". O vapor de água é mais difícil de medir do que outros gases estufa, e os cientistas não têm certeza de qual seria seu papel exato no aquecimento global. Mas o web site (em inglês) da NOAA diz o seguinte:
Enquanto o vapor de água aumentar na atmosfera, maior quantidade dele irá se condensar em nuvens, que são mais capazes de refletir a radiação solar (permitindo que menos energia chegue à superfície da Terra e a esquente).
O que irá acontecer, de fato, se o planeta todo esquentar alguns graus? Leia a próxima seção para descobrir.
Efeitos do aquecimento global: nível do mar
Vimos que uma queda média de apenas 5° C ao longo de milhares de anos pode causar uma era glacial; então o que irá acontecer se a temperatura média da Terra aumentar alguns graus em apenas umas centenas de anos? Não há uma resposta clara. Nem mesmo as previsões do tempo a curto prazo são perfeitas porque o tempo é um fenômeno complexo. Quando se trata de previsões climáticas a longo prazo, tudo o que podemos conseguir são adivinhações baseadas em nosso conhecimento dos padrões climáticos ao longo da história.
Geleiras e placas de gelo ao redor do mundo podem começar a derreter. De fato, isto já está acontecendo [referência - em inglês]. A perda de grandes áreas de gelo na superfície pode acelerar o aquecimento global, porque menos energia solar será refletida para longe da Terra (retorne à nossa discussão sobre o efeito estufa). O resultado imediato do derretimento das geleiras seria o aumento do nível do mar. Inicialmente, seriam apenas 2,5 ou 5 cm - no entanto, se a placa de gelo da Antártida Ocidental derretesse e caísse sobre o mar, ela elevaria o seu nível em mais de 10 metros [referência - em inglês], e muitas áreas costeiras iriam desaparecer completamente sob o oceano. O nível do mar também se elevaria porque as águas do oceano ficariam mais quentes, causando a expansão da água. Mesmo um modesto aumento no nível do mar provocaria enchentes em áreas costeiras baixas. O IPCC estima que o nível do mar tenha subido 17 centímetros durante o século 20. Projeções feitas por cientistas mostram que até 2100 o nível do mar vai subir mais 18 a 55 cm. O Brasil não está entre os 50 países mais ameaçados pela elevação do nível do mar.
Com o aumento da temperatura global das águas, seriam mais numerosas e fortes as tempestades formadas no oceano - tais como tempestades tropicais e furacões, que extraem sua energia feroz e destrutiva das águas mornas pelas quais passam.
Efeitos do aquecimento global: estações e ecossistema
Em áreas temperadas com quatro estações, a estação de plantio e germinação seria mais longa e com maior incidência de chuvas. Isto seria benéfico de muitas formas para estas áreas. No entanto, partes menos temperadas do mundo provavelmente veriam um aumento de temperatura e uma diminuição brutal no índice de chuvas, causando longos períodos de seca e o surgimento de desertos.
Os efeitos mais devastadores - e também os mais difíceis de ser previstos - seriam os efeitos na biodiversidade. Muitos ecossistemas são delicados, e a mais sutil mudança pode matar várias espécies, assim como quaisquer outras que delas dependam. A maioria dos ecossistemas são interconectados, então a reação em cadeia dos efeitos seria imensurável. Os resultados poderiam ser como uma floresta morrendo gradualmente e se transformando em áreas de pasto ou recifes de corais morrendo. Muitas espécies de plantas e de animais se adaptariam ou mudariam com a alteração do clima, mas muitas se extinguiriam.
A Amazônia pode perder, por culpa do aquecimento global, de 10% a 25% de sua área florestal, substituída por uma espécie de savana.
O custo humano do aquecimento global é difícil de ser calculado. Milhares de vidas seriam perdidas anualmente, já que os idosos ou doentes sofreriam com o excesso de calor (em inglês) e outros traumas relacionados a ele. As pessoas de baixa renda e as nações subdesenvolvidas sofreriam os piores efeitos, já que não teriam recursos financeiros para lidar com os problemas que viriam com o aumento da temperatura. Uma quantidade enorme de pessoas morreria de fome se a diminuição das chuvas limitasse o crescimento das colheitas. Elas morreriam também pelo aumento de doenças, se as enchentes costeiras trouxessem as que são originadas na água e se difundem rapidamente.
Em seguida, descobriremos por que as pessoas não se importam com o aquecimento global.
O aquecimento global é um problema real?
Algumas pessoas acham que o aquecimento global não está acontecendo. Há vários motivos para isso:
·     as pessoas não acham que os dados mostrem uma tendência ascendente mensurável nas temperaturas globais, mesmo porque não temos dados históricos sobre o clima a prazos longos suficientes ou porque os dados que temos não são suficientemente claros;
·     alguns cientistas acham que os dados estão sendo interpretados erroneamente por pessoas preocupadas com o aquecimento global. Isso acontece porque estas pessoas estão buscando evidências do aquecimento global nas estatísticas, em vez de olharem as evidências com objetividade, tentando descobrir seu significado;
·     qualquer aumento nas temperaturas globais que estivermos vendo poderia ser uma mudança natural de clima ou poderia ocorrer devido a outros fatores além dos gases estufa.
Alguns cientistas reconhecem que o aquecimento global parece estar acontecendo, mas discordam que devemos nos preocupar. Estes cientistas dizem que a Terra é mais resistente às mudanças climáticas nesta escala do que podemos imaginar. Plantas e animais vão se adaptar às mudanças sutis nos padrões do tempo e é improvável que algo catastrófico aconteça como resultado do aquecimento global. Estações de plantio mais longas, mudanças nos níveis de chuva e tempo mais severo, na opinião dos cientistas não costumam ser desastrosos. Também argumentam que o prejuízo econômico causado pelo corte de emissão de gases estufa será mais prejudicial aos humanos do que qualquer um dos efeitos do aquecimento global.
Qual a resposta correta? Pode ser difícil de achá-la. A maioria dos cientistas diz que o aquecimento global é real e que é provável que cause algum dano, mas a extensão do problema e o perigo apresentado pelos efeitos estão abertos ao debate.
Na próxima seção, veremos se há algo a ser feito para prevenir o aquecimento global.
Podemos evitar o aquecimento global?
Há muita coisas que podemos fazer para tentar deter o aquecimento global. Basicamente, todas sugerem a redução na emissão de gases estufa. Podemos ajudar gastando menos energia.
Estas são algumas formas de diminuir emissões de gases estufa:
·     certifique-se de que seu carro está com o motor regulado - isto permitirá que ele funcione com maior eficiência e gere menos gases nocivos;
·     caminhe ou ande de bicicleta quando puder - dirigir o carro gera mais gases estufa do que praticamente qualquer outra coisa que se faça;
·     recicle - o lixo que não é reciclado acaba em um aterro, gerando metano; além disso, produtos reciclados requerem menos energia para ser produzidos do que produtos feitos do zero;
·     plante árvores e outras plantas onde puder - as plantas tiram o CO2 do ar e liberam oxigênio;
·     não queime o lixo - isto lança CO2 e hidrocarbonetos para a atmosfera.
Os carros queimam combustível fóssil, mas os carros com combustível mais eficiente emitem menos CO2, especialmente os carros híbridos. Caminhe ou use sua bicicleta se possível ou dê caronas a caminho do trabalho.
Para deter a emissão dos gases estufa é necessário que se desenvolvam fontes de energia combustível não-fóssil. Energia hidrelétrica, energia solar, motores de hidrogênio, biodiesel e células de combustível poderiam criar grandes cortes nos gases estufa se fossem mais comuns.
O Protocolo de Kyoto  foi criado para reduzir a emissão de CO2 e de outros gases estufa em todo o mundo. Trinta e cinco nações industrializadas se comprometeram a reduzir a emissão destes gases em graus variados. Infelizmente, os Estados Unidos, principais produtores mundiais de gases estufa, não assinaram o protocolo.