sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pinguim Africano

O pinguim Africano alimenta-se principalmente de sardinha, biqueirão, carapau e arenque. Esta espécie habita em colónias e atingem uma velocidade média de 20 km/h. Este pinguim mede 60 cm de comprimento, pesa de 2,4 a 3,6 quilos e os machos são maiores que as fêmeas.
  O pinguim Africano escolhe um(a) parceiro(a) e permanece com ele(a) durante a reprodução, podendo chegar a estar 10 anos com o(a) mesmo(a) companheiro(a). Cada fêmea coloca dois ovos, e o periodo de incubação é de cerca de 40 dias. Nesta espécie tanto o macho como a fêmea ajuda na incubação que consiste em chocar o ovo.  Quando nasce, a cria possui uma coloração azul-cinzento, e possui uma mancha vermelha em cima dos olhos.

  Esta espécie de pinguim encontra-se em vias de extinção devido aos derramamentos de óleo.
Pinguins Africanos

PINGUINS AFRICANOS

Pode encontrar mais informações em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ping%C3%BCim-africano
Publicada por Wenceslau 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

CRISE DA ÁGUA

CRISE DA ÁGUA: MODISMO, FUTUROLOGIA OU UMA QUESTÃO ATUAL?
O problema da escassez de água doce já é uma realidade em vários locais do planeta. Alguns dos aspectos dessa crise vêm sendo discutidos na área acadêmica e por autoridades políticas e organizações não-governamentais, mas o grande público ainda não percebeu a importância da questão.
A água doce é essencial para a humanidade, mas a maioria das pessoas não se dá conta de que o aumento da população mundial, e portanto das atividades agrícolas e industriais, está reduzindo a qualidade desse recurso e tornando-o mais escasso em algumas regiões. O problema já é uma realidade em vários locais do planeta, preocupando cientistas e autoridades públicas e levando à adoção de medidas que evitem o desperdício ou a degradação das reservas hídricas. Leis mais sensíveis à importância dessa questão e a conscientização de cada indivíduo de que essa ameaça envolve a todos são os primeiros passos na busca de um uso mais sustentado da água na Terra.
A água doce, indispensável à vida, é um recurso renovável, mas relativamente escasso em algumas regiões da Terra. A maior demanda (decorrente do crescimento acelerado da população humana), o desperdício e o uso inadequado podem esgotar ou degradar esse recurso. Problemas desse tipo já ocorrem em certas áreas ou regiões, e acredita-se que a médio prazo, mantidas as atuais formas de uso da água, poderão abranger todo o planeta, gerando uma crise global da água.
Alguns dos aspectos dessa crise já vêm sendo discutidos na área acadêmica e por autoridades políticas e organizações não-governamentais. No entanto, o principal interessado — o grande público — ainda não percebeu a importância dessa questão e não conhece a fundo suas causas e conseqüências. Este trabalho, baseado em aulas de ecologia ministradas no curso de ciências biológicas da Universidade de São Paulo, apresenta fatos e argumentos que podem auxiliar a compreensão da problemática da água e a busca de soluções.
Essa questão preocupante está diretamente associada aos impactos das ações humanas sobre os ambientes de água doce, mas não basta identificar tais impactos. É necessária uma visão de maior alcance, que abranja a avaliação das causas e efeitos dos problemas existentes e o desenvolvimento e adoção de medidas que remediem os já constatados e previnam não só a sua repetição em outros lugares como também o surgimento de novos tipos de impacto. Essa visão certamente inclui a divulgação de todas essas informações em linguagem mais simples, para que a discussão atinja um número maior de pessoas. Afinal, a crise da água diz respeito a todos.

Fator limitante da vida humana
A água doce (menos de 3% de toda a água existente no mundo) é a forma desse recurso usada primariamente pelo homem. A água salgada, encontrada nos oceanos e em algumas áreas continentais (97,25% do total), precisa passar por um processo de dessalinização antes do uso. A parcela imediatamente utilizável, presente em rios e lagos e nos aqüíferos subterrâneos, alcança em torno de 22% do estoque mundial de água doce. A maior parte do restante está em geleiras (nos pólos e nas montanhas de grande altitude), o que dificulta seu aproveitamento.
O corpo humano, como o dos outros seres vivos, é formado principalmente por água, o que torna esse recurso essencial à vida. Por isso, o homem precisa ingerir água com freqüência, diretamente ou através dos diferentes alimentos. Grande parte das atividades humanas cotidianas também depende da água, como cozinhar, tomar banho, lavar (alimentos, roupas, quintais etc.), assim como as indústrias (que exigem grandes quantidades em alguns setores), a agricultura e até os esportes e o lazer (em piscinas). O homem tem extrema dependência da água doce, e como o volume desse recurso no ambiente é relativamente pequeno, ele é considerado um fator limitante para a espécie humana.

A crescente demanda mundial
Nas últimas cinco décadas, a população humana aumentou de forma rápida, até atingir o número atual: cerca de 5,7 bilhões de pessoas. Esse intenso crescimento está em parte relacionado às novas tecnologias industriais, que levaram à criação de novas drogas e à melhoria das condições de saneamento, em especial nas regiões urbanas mais desenvolvidas. Uma das conseqüências da explosão populacional foi a demanda crescente de água para atender necessidades básicas, como beber e cozinhar, e para as demais atividades ligadas à produção e ao lazer.
Quando se fala em aproveitamento da água, é importante diferenciar o uso e o consumo. O uso é a retirada de água do ambiente para suprir necessidades humanas, e esse termo implica que uma parte do que é aproveitado volta para o ambiente (caso da água usada para cozinhar ou para o banho). Já o consumo refere-se à parcela que não retorna de modo direto para o ambiente (como a água usada na irrigação de uma plantação, que passa a fazer parte dos tecidos vegetais).
A necessidade de alimentar uma população cada vez maior fez o setor agrícola, com a ajuda de novas tecnologias, aumentar bastante sua produtividade. Isso tem sido obtido, no entanto, às custas do uso e do consumo elevados de água. Anualmente, a agricultura é responsável por 65% do uso e 87% do consumo total de água no mundo. Além disso, muitas atividades industriais, que fornecem produtos tidos como indispensáveis ao homem moderno, requerem enormes quantidades de água. Em termos globais, a indústria usa 24% e consome 4% da água hoje aproveitada. O baixo percentual de consumo, em relação ao uso, indica que a maior parte da água utilizada em processos industriais retorna ao ambiente, embora freqüentemente poluída.

Uso excessivo e degradação
A água doce, apesar de sua importância, é mal utilizada. O mau uso caracteriza-se tanto pelo uso excessivo, ou seja, o abuso ou desperdício (que reduz a quantidade disponível), quanto pelo uso inadequado, ou inescrupuloso, que leva à degradação do recurso (o que reduz sua qualidade).
O uso excessivo pode acarretar a diminuição do volume, ou o esgotamento, dos aqüíferos subterrâneos, e mesmo dos estoques de água existentes na superfície, em lagos e rios. A questão da água subterrânea é crucial, pois grande parte da população mundial depende dessa fonte para seu abastecimento. No Brasil, por exemplo, 49% dos municípios são abastecidos total ou parcialmente com água de poços profundos ou rasos, segundo dados do Atlas do meio ambiente do Brasil (1966), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além da ameaça a seus estoques, os aqüíferos também têm sido contaminados por diversos poluentes, de origem industrial, agrícola e doméstica.
Deve ser lembrado que os estoques naturais de água não são distribuídos de modo eqüitativo no globo terrestre. Assim, o uso excessivo de água tende a ser mais problemático em locais naturalmente mais secos. No entanto, mesmo em áreas onde a água é abundante, a degradação de rios, lagos e depósitos subterrâneos é uma forma potencial de redução de sua disponibilidade.
São inúmeros os impactos de origem humana que degradam a água e modificam sua qualidade, com efeitos tanto diretos quanto indiretos sobre os corpos d’água. Entre os efeitos diretos destaca-se a introdução nos ambientes aquáticos de substâncias estranhas que, além de tornarem a água imprópria para utilização pelo homem, afetam negativamente a flora e fauna aquáticas. Um exemplo desse problema está em estudo (da autora) que compara a fauna de invertebrados que habitam o fundo das represas de Paraibuna e Pirapora, ambas no estado de São Paulo. Na primeira, pouco afetada pela ação humana, essa fauna é mais rica, contendo organismos cuja presença indica água de boa qualidade. Já em Pirapora a fauna inclui poucos indivíduos, de poucas espécies, que conseguem sobreviver em uma água sujeita a poluição pesada.
Entre os impactos indiretos está a retirada da vegetação existente nas margens, que leva à erosão nos locais desmatados e à entrada, no corpo d’água, de material inorgânico do solo. As alterações ambientais provocadas por esse material afetam os organismos que ali vivem. Também nesse caso os invertebrados do fundo da represa de Paraibuna servem como exemplo: a fauna é mais rica onde a vegetação terrestre marginal é composta por mata do que onde é composta por pastagem. Portanto, a presença de uma vegetação mais desenvolvida ajuda a manter as características estruturais do corpo d’água, o que, em última análise, favorece o conjunto dos organismos que ali vivem.
Seja qual for o motivo do mau uso, a diminuição dos estoques de água e/ou a degradação desse recurso interferem nos organismos que vivem no ambiente aquático e ainda nos elementos de ecossistemas terrestres com os quais esses organismos mantêm relações. O homem também sofre as conseqüências de suas próprias atitudes. Ao gastar muita água, despejar rejeitos domésticos e industriais em corpos d’água e desmatar suas margens, entre outras ações, pode deixar de ter esse recurso em quantidade e/ou qualidade adequadas para seu uso. Os impactos humanos sobre os ambientes aquáticos têm reflexos negativos em todas as atividades que utilizam água. No caso da agricultura irrigada, por exemplo, a iminente escassez do recurso ameaça o suprimento global de alimentos.

Veículo para muitas doenças
A redução da qualidade da água pela contaminação por esgotos domésticos, muitas vezes lançados no ambiente sem tratamento prévio, traz um problema a mais: o aumento da incidência de doenças transmitidas por esse meio, como cólera, diarréia, amebíase e esquistossomose. Essa preocupação assume proporções mais graves em países ou regiões onde é maior a pobreza. Nos países em desenvolvimento, 90% das doenças infecciosas são transmitidas pela água.
A origem do problema está nas políticas públicas: na ausência de recursos, o tratamento de água e de esgotos muitas vezes é relegado a segundo plano. No Brasil, por exemplo, o maior percentual de residências sem instalações sanitárias ocorre justamente nas regiões Norte e Nordeste, que concentram a população mais carente do país. As conseqüências das más condições de saneamento são agravadas pela desinformação, mais comum entre a população de baixa renda. Só a diarréia, segundo dados da Organização das Nações Unidas, mata quatro milhões de crianças a cada ano.
Em todo o mundo, há uma clara relação inversa entre a mortalidade infantil e o grau de acesso à água limpa. No Brasil, essa tendência também é observada quando se compara as diferentes regiões geográficas: o maior índice de mortalidade infantil ocorre na região mais pobre, o Nordeste, que tem também a menor proporção de domicílios com acesso à água tratada (em relação ao total de domicílios da região). É importante salientar que, como os dados sobre a região Norte não incluem a área rural, a mortalidade infantil pode estar subestimada.

Fonte de conflitos internacionais
Um complicador para a questão da água é o fato de que cerca de 40% da população mundial dependem de bacias hídricas divididas por duas ou mais nações, como salientou em 1993 a geóloga e cientista política americana Sandra Postel, especialista na questão do uso dos recursos globais de água. Conflitos internacionais envolvendo a questão da água têm surgido em várias regiões, principalmente em função de atitudes de países localizados na parte superior da bacia. Esses países constroem reservatórios, poluem os corpos d’água ou causam sua eutrofização, comprometendo a quantidade e/ou qualidade da água de países situados mais abaixo na bacia. A eutrofização é o aumento do teor de nutrientes (principalmente fósforo e nitrogênio) em um ambiente aquático, que leva à excessiva proliferação de certas cianobactérias e plantas (como o aguapé), alterando o equilíbrio ecológico.
Problemas desse tipo tendem a ser maiores quando envolvem nações onde a água é naturalmente escassa. No golfo Pérsico, por exemplo, as ameaças à paz surgem não só das disputas que envolvem o petróleo, mas também das relacionadas à água. Mais próximos da realidade brasileira estão os debates ocasionais provocados por represamentos do rio Paraná, dentro do país, mas que afetam o estoque e a qualidade da água que chega à Argentina. Esses conflitos podem aumentar, no caso de bacias hídricas divididas por países em desenvolvimento, quando estes buscam seguir o modelo de desenvolvimento adotado por nações mais ricas, baseado no uso de grandes quantidades de água e energia.

Economizar, reciclar e reutilizar
A alta dependência humana em relação à água e a baixa disponibilidade desse recurso tornam cada vez mais necessária a sua preservação, evitando-se tanto o gasto excessivo quanto a degradação. A simples economia de água é uma das formas de minimizar o problema. No âmbito doméstico, a economia depende essencialmente de uma mudança de costumes, em relação a atividades cotidianas. Assim, diminuir a duração do banho, fechar a torneira durante a escovação dos dentes ou evitar lavar pátios e calçadas usando apenas a mangueira traz ótimos resultados. Ao tomar banho ou escovar os dentes é relativamente fácil economizar água.
Consertar vazamentos também é importante para evitar o desperdício. Para se ter uma idéia desse tipo de perda, basta dizer que uma torneira gotejando deixa cair no ralo 46 litros de água por dia, em média. Com pouco esforço, qualquer pessoa pode pensar em maneiras de economizar água em atividades rotineiras como lavar a louça, as roupas, o carro e muitas outras.
Além da economia, a reciclagem e a reutilização surgem como alternativas para o uso mais racional da água. A reciclagem pode ser definida como o reaproveitamento de água já utilizada para determinada função, mesmo que sua qualidade tenha sido reduzida durante esse uso inicial. O reaproveitamento é feito antes que essa água atinja a rede de esgoto. Em uma residência, por exemplo, a água gasta durante o banho poderia ser reaproveitada, sem qualquer tratamento, para a descarga do vaso sanitário ou para a lavagem do quintal. A reciclagem já é uma realidade em vários setores industriais. Para as empresas, ela é economicamente interessante tanto pela própria economia de água quanto pela redução de gastos com impostos.
A reutilização consiste no reaproveitamento da água que já passou pela rede de esgoto e por uma estação de tratamento. À primeira vista, essa possibilidade pode parecer um exagero e uma perspectiva apenas a longo prazo. Vários países, porém, já estão planejando esse tipo de reaproveitamento, diante da crescente escassez. Isso acontece inclusive no Brasil: a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) desenvolve projetos, na região da capital paulista, para fornecer água tratada, não-potável, para indústrias. Com isso, grandes quantidades de água de alta qualidade deixariam de ser empregadas em atividades que não exigem tal pureza, como produção de vapor e limpeza e refrigeração de equipamentos, entre outras.

A legislação brasileira
A água é um bem de domínio público, além de um recurso limitado e dotado de valor. Essa definição é a base da política nacional de recursos hídricos, instituída pela Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Essa lei trata, entre outros pontos, da concessão de direitos de uso de recursos hídricos naturais para a realização de atividades econômicas que requeiram grandes volumes de água.
Uma questão importante também prevista nessa política é a cobrança pelo uso dos corpos d’água para o lançamento de efluentes (despejos líquidos). Para isso, a lei institui a figura do ‘usuário pagador’ — por exemplo, indústrias e municípios que lancem seus despejos em rios ou lagos. O uso dos corpos d’água seria pago de acordo com o tipo e volume do efluente lançado e, além disso, os responsáveis pelos despejos teriam que obedecer às normas que garantem a preservação dos recursos hídricos nacionais. Tais normas estão associadas à classificação, estabelecida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em 1986, das águas doces, salobras e salinas do território brasileiro em nove classes, segundo seus usos preponderantes.
A instituição do usuário pagador depende da regulamentação da lei, em especial no que diz respeito ao domínio do curso da água, para evitar divergências entre estados ou entre um estado e o governo federal. Acredita-se que, a partir da entrada em vigor dessa cobrança, as entidades que lançam efluentes em corpos d’água passem a investir mais no tratamento de seus despejos e na reciclagem da água, levando tanto à redução do desperdício quanto à preservação das águas naturais. Essa lei poderá, sem dúvida, desempenhar papel importante no uso mais racional e responsável da água no Brasil. No entanto, como acontece com qualquer lei, não basta estar no papel para funcionar: precisa ser cumprida, e para isso é fundamental uma fiscalização rigorosa de suas determinações.

Uso mais sustentável é possível
Após todas essas informações, a resposta à questão proposta no início do texto é clara. A preocupação com a crise da água é mais do que um simples modismo ou uma previsão para o futuro. Se esse tema vem ganhando cada vez mais espaço nos fóruns de discussão, embora ainda não tenha atingido o grande público, é porque já é uma situação real em vários locais do planeta. Obviamente, os problemas relacionados ao mau uso da água já deviam estar sendo equacionados há muito tempo. Não se trata mais de tomar medidas no futuro, mas sim para o futuro.
A princípio, a aplicação de uma legislação ambiental justa e eficiente garantiria a diminuição dos impactos sobre os ecossistemas aquáticos. Isso, porém, só é válido para as atividades impactantes cujo responsável pode ser identificado com facilidade, como indústrias, sistemas agrícolas e prefeituras. No caso de ações individuais, esse controle é praticamente impossível. É muito mais fácil punir uma indústria que lance efluentes sem controle em um rio do que uma pessoa que despeja seu lixo doméstico no mesmo.
A dificuldade no controle das ações individuais decorre, muitas vezes, do fato de o indivíduo não se sentir responsável pela preservação dos recursos hídricos e/ou não ter consciência de como os seus atos podem alterar tais recursos. Em conseqüência, campanhas governamentais pelo uso mais racional da água não têm qualquer efeito na população. Por isso, junto com a criação de uma legislação adequada sobre o uso e a preservação da água, é preciso que as pessoas tomem consciência da gravidade desse problema e da necessidade de mudar a forma de utilizar esse recurso.
Essa conscientização tem dois aspectos fundamentais. Em primeiro lugar, cada indivíduo precisa compreender que é parte integrante do ambiente e que, através de suas ações, é um agente modificador do mesmo. Em segundo lugar, deve se sentir como participante da sociedade, interagindo com iguais e compartilhando os mesmos direitos e deveres. A conscientização é a base para o exercício da cidadania, no qual o indivíduo entende que suas ações podem afetar os demais integrantes da sociedade. Consciência crítica e cidadania, por sua vez, estão intimamente ligadas à educação em todos os níveis: em casa, na escola e em qualquer outro local. Só assim será possível alcançar um uso mais sustentável da água, a fim de garantir esse recurso para as próximas gerações com a qualidade e a quantidade adequadas.
Ana Lúcia BrandimarteDepartamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo.
Ciência Hoje, Rio de Janeiro, vol.26, nº154, out.1999.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

FAUNA DA ASIA

Animalsasia.org

Restam menos de 16 mil ursos-lua na natureza

Por Patricia Tai (da Redação)

 Simpático "Andrew" - Foto: Animals Asia

Simpático “Andrew”. ( Foto: Animals Asia)
Os ursos-negros-asiáticos (Ursus selenarctos Thibetanus) são carinhosamente chamados de “ursos-lua”, pois a sua marca característica é um lindo desenho em forma de lua crescente, na região do seu peito.
Os ursos-lua têm pelo espesso e geralmente desgrenhado, variando na cor de ébano preto para um marrom-escuro, e as orelhas são grandes e redondas. Eles têm garras fortes e curtas que lhes permitem escalar superfícies com facilidade.
Pesando de 140 a 200 quilos, os machos atingem aproximadamente o dobro do tamanho das fêmeas, que costumam pesar entre 60 e 130 quilos. Contudo, as fêmeas frequentemente são dominantes. E elas usualmente podem ser identificadas por um colar de pelo mais volumoso ao redor do pescoço. O altura desses ursos varia de 1,2 a 1,8 metros.
Eles são encontrados na extensão do continente asiático, do Paquistão ao Japão. Costumam viver em altas altitudes e preferem matas fechadas.
Estes ursos são classificados como carnívoros, embora eles sigam dieta onívora. Suas dietas variam de acordo com o local e a estação, mas predominantemente consistem em vegetais, frutas, sementes, insetos, pequenos mamíferos, pássaros e corpos de animais em decomposição. Ocasionalmente, ursos-lua podem atacar rebanhos ou plantações.
 Urso "Mickey Mouse". (Foto: Animals Asia)
Urso “Mickey Mouse”. (Foto: Animals Asia)
Os ursos-lua também são muito inteligentes e têm um grande vocabulário, emitindo sons enquanto estão brincando, quando estão em advertência ou prestes a atacar. As fêmeas são mais vocais que os machos.
Outras características é que tendem a ser solitários, e crepusculares (ativos ao amanhecer e ao entardecer), quando atingem a idade adulta. Eles podem sobreviver até 35 anos em cativeiro, e geralmente vivem por 25 a 30 anos em estado selvagem. Gostam de fazer tocas em troncos ocos e grutas, e também dormir nas árvores. Eles costumam hibernar entre novembro e março ou abril (embora isso possa variar de acordo com a sua região específica).
Eles podem migrar e passar os meses mais quentes do ano em altitudes mais elevadas e, em seguida, descer para a planície durante os meses mais frios.
Tendem a dar à luz a gêmeos em abril ou maio (mas também são conhecidos por dar à luz no início do período de hibernação) e, embora desmamados entre os 4 e 6 meses, os filhotes permanecem com suas mães em seus dois primeiros anos.
 Ursos-lua adoram escalar. (Foto: Animals Asia)

Ursos-lua adoram escalar. (Foto: Animals Asia)
Ursos-lua são os ursos mais explorados pela medicina tradicional asiática, em parte porque a espécie era abundante nas áreas onde a medicina tradicional teve origem. Sua gama se estende do Irã ao Japão e por todo o Sudeste da Ásia, e estima-se que tenham restado menos de 16 mil na natureza em todo o mundo

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

FAUNA INVASORA

O javali como espécie exótica invasora


O javali (Sus scrofa scrofa) é uma espécie originária da Europa, introduzida no Brasil há muitos anos, e que se tornou asselvajada e fora de controle.

O javali (Sus scrofa scrofa) é uma espécie originária da Europa, introduzida no Brasil há muitos anos, e que se tornou asselvajada e fora de controle. Foi trazido para ser criado, mas escapou ao cultivo, passou a fazer populações cada vez maiores na natureza e entrou na classe de espécies exóticas invasoras.

Os impactos causados pela espécie no meio natural afetam diretamente tanto a fauna como a flora. O javali desloca populações nativas de porcos-do-mato/catetos, por ser mais agressivo, compete por alimento, e causa danos à regeneração de florestas.

Em médio ou longo prazos, os impactos são sempre crescentes, pois a tendência é de aumento populacional em detrimento das espécies nativas.
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Por essas razões, o  javali precisa ser controlado. Não deveria existir na natureza brasileira, não faz parte da nossa biodiversidade e é uma ameaça à sua conservação. Biodiversidade é o resultado de milhões de anos de evolução natural e equilíbrio de espécies e populações. Esta interferência causada por espécies exóticas invasoras constitui atualmente a segunda grande causa de perda de diversidade biológica no planeta. Só perde para a conversão direta de ambientes para uso humano, que faz redução de hábitat em maior extensão.

Além disso, o javali tornou-se um problema para agricultores e têm trazido prejuízos econômicos a lavouras. O javali é espécie exótica invasora em diversos países e um dos maiores causadores de danos às florestas tropicais do Havaí, onde inclusive é grande auxílio à dispersão do araçá brasileiro, que inviabiliza a regeneração natural da floresta. Espécies exóticas comumente se ajudam entre si e ganham espaço sobre espécies nativas.

Se a proteção à fauna tem apreço pela biodiversidade, deve passar a compreender que nem sempre uma espécie animal é benéfica ao meio. Isso é fato, sem dúvida uma situação delicada, mas necessária para evitar que a lista de espécies ameaçadas de extinção seja crescente. As soluções para esse tipo de problema só ficam mais difíceis em longo prazo, além de caras demais para serem viáveis.

Na Itália, há muitos anos tentou-se fazer uma campanha de erradicação do esquilo norte-americano que havia sido introduzido e virou invasor. Um dos efeitos da sua presença era de competir por habitat e alimento com o esquilo nativo. A população, por comoção e pena do bichinho, não permitiu que isso ocorresse. Hoje o esquilo nativo é uma das espécies mais ameaçadas de extinção no país, porque não consegue competir com o norte-americano. Esse exemplo não deve ser repetido, é preciso que haja mais compreensão do equilíbrio dos ecossistemas.

Este texto foi escrito no intuito de prestar um serviço à conservação da biodiversidade. Maiores esclarecimentos sobre espécies exóticas invasoras podem ser encontrados no site do Instituto Hórus, www.institutohorus.org.br. Mais informações sobre impactos de javali sobre o meio natural na Nova Zelândia podem ser encontrados no Banco de Dados Global de Espécies Invasoras em www.issg.org, procurando por "feral pig" ou pelo nome científico. Sugiro ainda tomarem conhecimento do Programa Global de Espécies Invasoras (GISP), que foi criado por determinação da Convenção sobre Diversidade Biológica justamente para gerar conscientização sobre este tipo de problema (www.gisp.org).

Sílvia R. Ziller - Presidente Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Serra do Japi é reserva hídrica de Jundiaí e região

  
  
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Serra do JapiA Serra do Japi é uma cadeia montanhosa localizada no sudeste do estado de São Paulo com 354 km² de área, cujo ponto culminante atinge 1.250 metros de altitude, faz divisa com quatro municípios: Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva. A região é um raro remanescente da Mata Atlântica. Sua biodiversidade, que apresenta um grande número de espécies, está diretamente relacionada a sua localização, região ecotonal, ou seja, uma região de encontro de dois tipos de florestas: a Mata Atlântica característica da Serra do Mar e a Mata Atlântica do interior paulista.
Além de ser a maior reserva de água da região, a Serra do Japi também tem potencial hídrico para abastecer Jundiaí no futuro. É o que revela reportagem publicada no boletim 5, da ONG Coati (Centro de Orientação Ambiental Terra Integrada). Para isso ocorrer, os especialistas e mesmo a ONG apontam a necessidade da criação de um reservatório de água na Serra do Japi. Como a oferta de água para a população de Jundiaí não é abundante, será necessário recorrer ao Rio Caxambu, segundo Domênico Tremaroli, gerente regional da Companhia de Tecnologia e saneamento Ambiental (CETESB) e presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema).
Serra do Japi - CabreúvaLocalizada na área de conservação da Ermida, na Serra do Japi, a bacia do ribeirão Caxambu tem capacidade para aumentar de 7% para 30% o abastecimento de Jundiaí. Atualmente, dois afluentes abastecem a cidade: Padre Simplício, na região do Eloy Chaves e Moisés, no bairro da Malota. Há um projeto para construção de barragem e represa das águas do ribeirão Caxambu. As águas da Serra do Japi são a única fonte de Cabreúva e Itupeva e também abastecem Indaiatuba, Itu e Salto. Além dos 7% que vêm da Serra do Japi, o restante do abastecimento de Jundiaí é feito pelas águas do Jundiaí-Mirim.
Em 1992 a Serra do Japi, que em tupi-guarani significa ‘Nascente de Rios’, foi tombada pela Unesco como uma das reservas mundiais da biosfera e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, diversas são as leis que procuram preservá-la, a mais importante delas é a Lei Municipal 417, de 2004, que criou as zonas de preservação, restauração e recuperação ambiental, em volta da reserva biológica. No entanto ainda convive com o riscos e problemas da urbanização ao seu redor e para combater crimes ambientais e evitar ao máximo os problemas na Serra do Japi, Jundiaí criou um posto avançado da Guarda Municipal, que vigia e tenta preservar a serra, 24 por dia. É a única cidade que mantém um grupamento especial na serra.

A Serra do Japi é motivo de orgulho e satisfação para quem convive com seu encanto, da beleza desse gigante, apelidado por naturalistas de ‘Castelo de Águas’.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

CIÊNCIA

Introdução

Na vastidão do norte do Oceano Pacífico, existe o Redemoinho Subtropical do Pacífico Norte, um lento espiral de correntes, criado por um sistema de alta pressão de correntes de ar. A área é um deserto oceânico, cheio de fitoplânctons minúsculos, mas com alguns peixes e mamíferos grandes. Devido à falta de peixes grandes e ventos suaves, pescadores e marinheiros raramente viajam pelo redemoinho. Mas a área tem mais coisa além de plâncton: lixo, milhões de quilos de lixo, a maioria plástica. É o maior depósito de lixo do mundo, que flutua no meio do oceano.

água viva presa no lixo
Imagem cedida por Algalita Marine Research Foundation
Na vasta área da Grande Porção de Lixo do Pacífico, a água-viva e outros animais que se alimentam por filtragem, freqüentemente consomem o lixo flutuante ou ficam presos nele

O redemoinho realmente deu origem a duas grandes massas de lixo que se acumulam, conhecidas como Porções de Lixo do Pacífico Ocidental e Oriental, às vezes, chamados coletivamente de Grande Porção de Lixo do Pacífico. A Porção de Lixo Oriental flutua entre o Havaí e a Califórnia; os cientistas estimam que seu tamanho é duas vezes maior o estado americano do Texas [fonte: LA Times]. A Porção de Lixo Ocidental se forma a leste do Japão e a oeste do Havaí. Cada massa de refugo que gira é maciça e recolhe o lixo de todo o mundo. As porções são ligadas por uma fina corrente de 3720km de comprimento chamada de Zona de Convergência Subtropical. Vôos de pesquisa mostraram o acúmulo de quantidades significativas de lixo também na Zona de Convergência.
As porções de lixo apresentam vários perigos à vida marinha, à pesca e ao turismo. Mas antes de discutirmos sobre eles, é importante analisar o papel do plástico. O plástico constitui 90% de todo o lixo que bóia nos oceanos do mundo [fonte: LA Times]. O United Nations Environment Program (Programa Ambiental das Nações Unidas) estimou, em 2006, que cada milha quadrada do oceano abriga 46.000 pedaços de plásticos flutuantes [fonte: UN Environment Program]. Em algumas áreas, a quantidade de plástico supera a quantidade de plâncton por uma relação de seis para um. Dos mais de 100 bilhões de quilogramas de plástico que o mundo produz por ano, cerca de 10% acabam no oceano [fonte: Greenpeace]. Setenta por cento disso finalmente afunda, prejudicando a vida no fundo do oceano. [fonte: Greenpeace]. O resto flutua; boa parte termina nos redemoinhos e nas porções de lixo maciças que se formam, com o plástico sendo levado pelas águas a uma costa distante.
O principal problema com o plástico - além de sua quantidade enorme - é que ele não é biodegradável. Nenhum processo natural consegue eliminá-lo. Especialistas apontam que a durabilidade que torna o plástico tão útil às pessoas é o que também o torna tão prejudicial à natureza. Ao contrário, o plástico fotodegrada. Um isqueiro jogado ao mar se fragmentará em pedaços menores de plástico sem se quebrar em compostos mais simples, o que os cientistas estimam que poderia levar centenas de anos. Os pequenos pedaços de plástico produzidos pela fotodegradação são chamados de lágrimas de sereia ou grãos.

Essas partículas minúsculas podem ser sugadas pelos animais que se alimentam por filtragem e prejudicar seus corpos. Outros animais marinhos comem o plástico, que pode envenená-los ou levá-los a bloqueios fatais. Os grãos também têm a propriedade traiçoeira de absorver produtos químicos. Ao longo do tempo, mesmo os produtos ou venenos que se misturam à água podem tornar-se altamente concentrados à medida que são eliminados pelos grãos. Essas massas venenosas ameaçam toda a cadeia alimentar, especialmente quando ingeridas por animais que se alimentam por filtragem que, geralmente, são devorados por criaturas grandes.

Efeitos do plástico e a grande porção de lixo do Pacífico


albatroz e lixo
Image courtesy
Algalita Marine Research FoundationA população de albatroz foi
devastada pelo plástico
O plástico afetou severamente os albatrozes, que percorrem um grande caminho do norte do Oceano Pacífico. Eles geralmente apanham o alimento onde quer que esteja, o que faz muitos pássaros ingerirem plástico e outros lixos, levando-os a morte. Na Ilha Midway, que fica em contato com partes da Porção de Lixo Oriental, os albatrozes dão à luz a 500.000 filhotes anualmente. Duzentos mil deles morrem, muitos pelo consumo de plástico que seus pais lhes dão, confundindo-o com comida [fonte: LA Times]. No total, mais de um milhão de pássaros e animais marinhos morrem por ano, seja porque ingeriram plástico e outros lixos ou porque ficaram presos neles.

Além de acabar com os animais selvagens, o plásticos e outros detritos danificam barcos e equipamentos submarinos, espalham-se pelas praias, impedem as pessoas de nadarem e prejudicam as indústrias de pesca local e comercial. O problema do plástico e outros lixos acumulados afeta praias e oceanos do mundo inteiro, incluindo os dois pólos. As massas de terra que acabam no caminho dos redemoinhos giratórios recebem grande quantidade de lixo. As 19 ilhas do arquipélago havaiano, incluindo a Midway, recebem quantidades maciças de lixo lançadas dos redemoinhos. Boa parte do lixo é antiga. Algumas praias ficam cobertas de 1,5m a 3m de lixo, enquanto outras ficam cheias de "areia plástica", milhões de pedacinhos, como se fossem grãos, de plástico que são praticamente impossíveis de limpar.
A maior parte desse lixo não vem dos navios - 80% do lixo do oceano origina-se da terra [fonte: LA Times]. O resto vem de navios comerciais e particulares, de equipamentos de pesca, de plataformas petrolíferas (em inglês) e da queda de contêiners no mar (seus conteúdos freqüentemente são levados pelas águas e chegam às costas distantes anos depois).
Alguns esforços podem ajudar a lutar contra a maré do lixo. Os tratados internacionais que proíbem o despejo de lixo no mar devem ser reforçados. A água de esgoto não tratada não deveria desaguar no oceano. Muitas comunidades e alguns países que se encontram em pequenas ilhas acabaram com o uso de sacolas plásticas. Essas sacolas geralmente são recicláveis, mas bilhões delas são jogadas fora todo ano. Nas Ilhas Havaianas, programas de limpeza levam voluntários às praias para recolherem o lixo, mas algumas delas, mesmo as que passam por limpezas regulares, ainda estão repletas de camadas grossas de lixo.
Os cientistas que estudaram o problema afirmam que recolher todo o lixo do oceano é simplesmente impossível, além de prejudicar o plâncton e outras vidas marinhas. Em algumas áreas, podem ser coletados grandes fragmentos, mas não é possível, por exemplo, limpar completamente uma parte do oceano que amplia a área de um continente e estende-se mais de 30m abaixo da superfície [fonte: UN Environment Program].
Praticamente todos os especialistas que falam do assunto levantam o mesmo ponto: depende do controle do lixo na terra, de onde vem a maior parte dele. Eles recomendam convencer as empresas a encontrarem alternativas para o plástico, especialmente seguras, em relação ao ambiente, e com embalagem reutilizável. Programas de reciclagem deveriam ser ampliados para acomodar mais tipos de plástico, e a população deveria ser educada sobre seu valor.

Em outubro de 2006, o governo dos Estados Unidos estabeleceu o Monumento Marinho das Ilhas Havaianas do Noroeste. Essa longa faixa de ilhas, localizadas a noroeste do Havaí, freqüentemente, entram em contato com a Porção de Lixo Oriental. Após a criação do monumento, o congresso aprovou a legislação para aumentar os fundos para os esforços de limpeza e obrigou que várias agências governamentais expandissem seu trabalho de limpeza. Pode ser um passo importante, especialmente se levar a uma maior atenção do governo para um problema que, embora terrível, apenas recebeu atenção científica séria no início da década de 90.
FONTE: HTTP://CIENCIA.HSW.UOL.COM.BR/LIXO-PACIFICO2.HTM

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

MEIO AMBIENTE

JACARÉ DO PAPO AMARELO - caiman latirostris, é um réptil, portanto um animal de sangue frio - ectotérmico (depende da temperatura do ambiente, para controlar sua  temperatura).
 O projeto de criação em cativeiro é uma forma internacionalmente reconhecida como preservadora de espécies ameaçadas de extinção.
 Classificação:   Classe- reptilia
                             Ordem- crocodilia
                             Família- crocodilidae
                             Sub-família- alligatorinea
                             Gênero- caiman
                             Espécie- caiman latirostris

A ameaça de extinção se deu basicamente pela atividade predadora do homem caçando os Jacarés para retirar destes animais o couro e a carne para consumo. Além disso destruíram seu habitat. 90% da mata atlântica foi derrubada devido a exploração da madeira de lei terminando  assim o alimento e locais para se esconder e montar os ninhos.
 As grandes capitais brasileiras estão na região litorânea. A poluição e a introdução na natureza de outras espécies também ameaçam o Jacaré do Papo Amarelo.
 É o maior réptil que sobrevive na terra e mudou muito pouco desde a época dos dinossauros a 250 milhões de anos. Apresenta funções bem definidas na natureza, inclusive responsável pelo controle populacional de uma série de animais tais como insetos e roedores.
 São basicamente aquáticos (gostam de áreas com densidade alta de plantas aquáticas) e caçam durante a noite, quando são facilmente localizados através de uma lanterna, devido aos seus olhos vermelho-amarelados, localizados no ponto mais alto da cabeça assim como as narinas. A estrutura do olho sugere que a visão é boa durante o dia e a noite permite um grande campo visual para a frente e para os lados. A pupila se contrai verticalmente quando em luz forte.
Jacaré 
do Papo Amarelo também é chamado de "Broad Snouted Alligator", isto é, o focinho é mais largo que comprido, não possui afunilamento grande em relação a cabeça. Esse tipo de focinho é uma adaptação para triturarem a couraça de algumas tartarugas de que se alimentam, assim como caranguejos e caracóis aquáticos.
É um predador oportunista que se alimenta basicamente de pequenos vertebrados - aves, roedores e mamíferos. 

Não é tão adaptado para se alimentar de peixe.
Os osteodermos são placas ósseas que ficam sob a pele e servem como proteção a outros predadores.
Devido a essas estruturas o couro do dorso é muito pouco utilizado. Na cabeça o couro é totalmente aderido ao osso.
Em geral não é possível distinguir os sexos nos filhotes, porém os machos adultos são maiores e mais robustos que as fêmeas (dimorfismo sexual). O Jacaré 
do Papo Amarelo se difere do Jacaré do Pantanal entre outras características por apresentar 3 séries de grandes escudos nucais (nuca) em que uma delas é formado por 4 escudos.
Os 
jacarés podem morrer afogados quando ficam debaixo d'água por períodos prolongados ou quando ficam presos em redes debaixo d'água.Apresenta cerca de 24 a 28 fileiras de escamas abdominais.

CURIOSIDADES
 O jacaré não transpira através de sua pele corácea, não se desidrata, pois tem escamas impermeáveis da cabeça a cauda. Em função disto quando está com calor ele abre a boca para perder calor.
Um sistema de identificação é feito através de cortes nas cristas simples da cauda. Cada crista simples representa um número, dezena, centena, sendo que o ponto entre o final das cristas duplas e o início das cristas simples corresponde ao zero.Os crocodilianos e aves tem um parentesco bem próximo, pois ambos apresentam um sistema único de espaços aéreos no esqueleto. (Siriema e 
Jacaré são parentes próximos)
São dinossauros vivos.

Possui uma terceira pálpebra transparente que vai de um lado para o outro do olho para fecha-lo e protegê-lo, de forma que quando debaixo d'água possa ver a sua presa.
Para nadar, os 
jacarés utilizam principalmente a cauda. Podem andar, trotar e até galopar fora da água e para isto precisa elevar o seu corpo através dos membros anteriores e posteriores.
jacaré fica submerso cerca de 3 horas, ele não depende do oxigênio da água. Apresenta um "by pass" no coração que quando estão debaixo d'água e termina o oxigênio pulmonar o sangue não passa pelos pulmões ("by pass") e circula no restante do corpo.No inverno os Jacarés hibernam por cerca de 4 meses, ficam mais calmos

 Alguns jacarés tem a capacidade de subir paredes de cerca de 1 metro, principalmente os animais que foram pegos da natureza e trazidos para o cativeiro.
Quando se aproxima lateralmente a um Jacaré, o movimento muito rápido defensivo é feito pela cabeça e cauda para o mesmo lado de forma a pegar o indivíduo com a cabeça, dentes ou rabo.
As narinas elevadas no final do focinho sugere uma dependência evolutiva no senso olfatório para achar alimento.
Os crocodilianos tem uma habilidade ou orientação para retornar para casa, isto é, animais que foram criados em cativeiro e escapam dos recintos, eles retornam a área após um período. O mesmo acontece com animais capturados da natureza e trazidos às fazendas de criação, é lógico que existe uma limitação na distância.  

Metacromia, ocorre para uma termo regulação, ou seja, o animal fica mais claro para refletir calor no verão e mais escuro no inverno para absorver calor com maior facilidade.
Os Papo Amarelo são mais tolerantes ao frio do que os outros caimans, e por isso, passam menos tempo se banhando no sol, ficando mais dentro d'água.
Os predadores naturais do 
jacaré são o homem (caçam os adultos devido ao couro e carne), gaviões, corujas e cobras e a sucuri, (comem os filhotes), o lagarto e o porco selvagem são predadores indiretos do jacaré, pois comem os ovos que estão nos ninhos.


Os membros anteriores tem 5 dedos com unhas nos 3 orgãos mediais e os membros posteriores apresentam 4 dedos que são mais longos que os anteriores e apresentam membranas inter digitais e unhas nos 3 dedos mediais.