sexta-feira, 17 de novembro de 2017

MEIO AMBIENTE

Os insetos desaparecem. Quais as consequências?

Estudos mostram que há cada vez menos insetos. A desaparição deles pode afetar a agricultura, a ciência e todo o equilíbrio do ecossistema

Quando passeamos pelo campo já não vemos tantos grilos, gafanhotos, vagalumes e cigarras como antes víamos. Mais do que nostalgia, é uma realidade que está relacionada com as mudanças dos ecossistemas, e com a desaparição de muitos insetos.
O catedrático de Zoologia da Universidade de Murcia (Espanha), Juan José Presa, assegura que o fato de não ver um inseto, antes presente, representa o descenso real da quantidade de insetos no ambiente. Ele é também coautor de muitos estudos que mostram a diminuição dos artrópodes.
Um estudo realizado pela União Europeia com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) revela que praticamente um terço das espécies de ortópteros analisadas (grilos, gafanhotos, etc.) estão ameaçados, e algumas sofrem riscos de extinção.
A Sociedade Entomológica de Krefeld, na Alemanha, comentou que as pesquisas de campo que realizam vêm encontrando menos insetos. Desde 1989, percebe-se uma diminuição de 80%.
A principal causa desta diminuição, diagnosticada por muitos estudos em comum, se refere às mudanças sistemáticas do hábitat. O uso de inseticidas também é responsável pela desaparição de abelhas. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lembra que as plantas necessitam dos insetos para a polinização e o aumento das plantações.
As entidades científicas chamam atenção para as consequências destas desaparições: a fauna invertebrada atua como controladora de pragas e alimento essencial para muitos animais como aves, larvas, moscas e vispas. A mudança pode ocasionar efeitos em diversos ecossistemas como são os agrários e os florestais.
Um mundo sem insetos
O que pode acontecer num mundo sem insetos? Os pequenos animais são fundamentais para muitos campos como a agricultura e a ciência. Por exemplo, a abelha é a principal polinizadora do planeta. As plantas dependem delas para manter os cultivos. Além das abelhas, outros insetos como os pássaros e as lagartixas cumprem com esta função. Mas toda a diversidade da fauna se vê ameaçada se uma espécie se extingue.
Também no campo científico, os insetos ajudam com moléculas para a produção de remédios: antibióticos, antissépticos, antivirais e antitumorais, como explica Óscar Soriano, do Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN) da Espanha.
Os profissionais interessados em se capacitar para o estudo e a preservação ambiental podem optar pelo Mestrado em Gestão e Auditorias Ambientais, patrocinado pela FUNIBER.
Fontes:
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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

MEIO AMBIENTE

Desenvolver políticas para a segurança energética

Energias renováveis e tecnologia eficiente são estratégias para uma política energética que garanta a segurança do abastecimento e da independência nacional. Especialista analisa a experiência da União Europeia neste assunto

A segurança energética mostra relevância sobre temas como a explosão no aumento de consumo, a insuficiência nas fontes energéticas tradicionais e outros assuntos relacionados aos poderes que os países produtores têm sobre os recursos energéticos nacionais.
O contexto atual vem demonstrando uma necessidade de se debater sobre o que é a segurança energética e como os estados devem enfocá-la. Um exemplo deve ser tomado pela experiência da União Europeia na estratégia comum e colaborativa sobre a questão.
O doutor em Direito e professor de Direito Constitucional da Universidade de Talca (Chile), Alberto Olivares, destaca no artigo publicado na revista Estudios Internacionales, os principais enfoques dados ao termo segurança energética:
  • Segurança de abastecimento: associada às necessidades de consumo, de maneira constante. Aqui, a ideia de obrigação do Estado em garantir os serviços públicos para a oferta segura e a preços acessíveis de energia.
  • Segurança nacional: associada à manifestação do controle econômico e geopolítico do Estado em referência ao entorno internacional. Estão implícitos em este enfoque questões de poder político internacional que possibilita a negociação e a influência numa agenda global.
  • Segurança como independência: Neste caso, a ideia se configura sobre a dependência dos países em relação aos tipos de combustível (como os combustíveis fósseis), consideradas por enquanto, como as principais fontes de energia disponível.
Para este assunto, a União Europeia elabora uma proposta energética comum que se mostra um trabalho complexo já que deve convencer os estados membros de ceder os interesses nacionais por objetivos de uma política regional.
Desenvolve-se uma proposta nova, que apresenta a segurança energética desde dois enfoques distintos. No âmbito interno, o problema passa a ser concebido de maneira regional. Desde uma dimensão exterior, a segurança passa a ser assumida também como interesse regional, para conhecer os benefícios recíprocos dos projetos.
A partir do Tratado de Funcionamento da União Europeia, no artigo 194.1, a política energética comum tem quatro objetivos específicos: o funcionamento do mercado interior de energia, a segurança do abastecimento energético na União Europeia, o fomento da eficiência e economia energética, o fomento da interconexão de redes.
Esta visão integral e colaborativa, em comum com outros objetivos como são a sustentabilidade, a competitividade e a interconexão, oferece maiores níveis de segurança nacional e independência frente a outros produtores de combustíveis fósseis.
“Neste sentido, a redução da demanda (através da economia e a eficiência energética) e a diversificação da combinação energética, mediante um maior uso de energias autóctones e renováveis, constituem um ponto alto no desenvolvimento da política energética comum”, escreveu o professor.
Ele destaca ainda o trabalho da União Europeia em planificar a produção energética em recursos renováveis, e se tornar hoje um ator influente no novo modelo energético que “promove como medida de qualidade de vida das pessoas, e onde a indústria de energias renováveis e a tecnologia eficiente tem cabida”.
Os interessados nas políticas energéticas têm como opção a capacitação no Mestrado em Energias Renováveis, patrocinado pela FUNIBER.
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

MEIO AMBIENTE

Fazendas verticais: Produção pode atingir o triplo da agricultura convencional

Nesse sentido, as chamadas fazendas verticais podem ser uma das soluções para o aproveitamento de áreas urbanas destinadas à produção agrícola intensiva e para a aproximação dos polos de produção e consumo. A observação é do pesquisador da Embrapa Hortaliças, Ítalo Guedes.
Segundo ele, o sistema que envolve a produção agrícola controlada em construções urbanas e prédios, onde todas as variáveis ambientais são controladas, permite o dobro ou até o triplo de desempenho em comparação à agricultura tradicional. Guedes afirma ainda que a utilização de variedades e híbridos adaptados de forma específica para esse tipo de ambiente e o manejo adequado dos cultivos podem aumentar essa proporção.
“Para se ter uma ideia, hoje a média de produtividade de tomate para consumo in natura em campo aberto deve girar, no Brasil, em torno de 70 a 90 toneladas por hectare; no cultivo em estufa, não são incomuns produtividades de até 200 toneladas por hectare. O cultivo em fazendas verticais tem potencial para mais”, destaca o pesquisador. “Em experimentos científicos na Holanda, utilizando ambiente controlado com tomate, já foram alcançadas produtividades equivalentes a mil toneladas por hectare. O potencial é grande”, avalia.
De acordo com o pesquisador, o sistema também oferece como vantagens a utilização de áreas urbanas marginais e o decréscimo nos custos de cultivo como os de hortaliças e frutos. “É preciso também considerar que as experiências de plantio em ambiente controlado demonstram o uso muito mais eficiente de nutrientes e água pelas plantas”, acrescenta.
PROJETOS
No mundo, já existem algumas empresas que investem em fazendas verticais ou “plant factories”. Recentemente, o lançamento da startup Plenty, no Vale do Silício (EUA), recebeu atenção especial da mídia. A AeroFarms, também nos Estados Unidos, é outro projeto do gênero em desenvolvimento. Alguns países asiáticos, como Coreia do Sul e Singapura, têm realizado pesquisas avançadas com o conceito de fazendas verticais. “São países com alta demanda por hortaliças e frutas de qualidade, mas com escassez de terras e limitações climáticas”, afirma Guedes.
No Brasil, o interesse por fazendas verticais ainda é pequeno. No entanto, o pesquisador da Embrapa lembra que há dois fatores que têm aumentado a área de agricultura em ambientes protegidos (neste caso, em proporção mais modesta que as ‘vertical farms’): o crescimento da população urbana, principal consumidora de hortaliças e frutas, e o aumento da incidência de eventos climáticos extremos, que afetam de forma negativa a produção desses dois grupos de cultivos.
“As áreas de cultivo protegido têm se concentrado ao redor de grandes centros urbanos, já começando a formar expressivos ‘white belts’ ou cinturões brancos (em relação à cor do plástico das estufas), como ocorre ao redor de Brasília, São Paulo e mesmo Manaus, por exemplo”, ressalta Guedes.
Ele observa ainda que é crescente o interesse por empreendimentos conhecidos por “roof farms” ou fazendas de teto, cada vez mais comuns em Nova York, que utilizam as coberturas de grandes edifícios, como shopping centers, para a produção de alimentos. “Em Belo Horizonte há um projeto desse tipo em um dos shoppings da cidade”, afirma o pesquisador.
SOLUÇÃO CRIATIVA
Porém, ele ressalta que “no Brasil, um dos fatores que limita o crescimento da produção tecnificada de hortaliças e frutas em ambiente controlado é o baixo consumo deste tipo de alimento pelo brasileiro”.
De acordo com Guedes, em âmbito global, as fazendas verticais não deixam de ser uma das soluções criativas para a agricultura no mundo. “São sistemas que atendem à realidade atual, diante da maior incidência de eventos climáticos extremos, da pressão urbana por terras agricultáveis, da preocupação com a diminuição de perdas de alimentos pós-colheita e da pressão ambiental por uma agricultura mais eficiente no uso de insumos, mais produtiva e menos dependente do uso de terras”.
Fonte: SNA

terça-feira, 14 de novembro de 2017

MEIO AMBIENTE

A difícil recuperação das baleias no hemisfério sul.

BALEIA AZUL

Estudo indica ameaça séria de extinção de três baleias do hemisfério sul devido à intensidade da caça e ao ritmo de crescimento lento

A baleia azul, a baleia franca austral e a rorqual-comum diminuem devido ao ritmo de crescimento lento e à intensidade da caça. Já as baleias jubarte conseguiram se recuperar nos últimos anos, e hoje se encontram em 33% do número alcançado antes do período da caça industrial.
Das 83 espécies de baleias registradas, dez de grande tamanho habitam nas águas do hemisfério sul. Entre estas dez, sete migram à Antártida no verão para procriar em águas quentes tropicais e subtropicais, entre o inverno e a primavera. As baleias percorrem quase 10 mil quilômetros.
Um relatório preparado pelo Greenpeace destaca que os danos às baleias são mais sérios do que se pensava até agora. Por isso, alertaram sobre o perigo de extinção que correm os mamíferos no hemisfério sul.
De acordo com um estudo publicado recentemente pela Universidade de Queensland, junto com a organização científica Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), as três espécies que habitam esta região não conseguiriam se recuperar suficiente até o ano 2100. Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores analisaram dados sobre a caça, o acesso aos alimentos e os efeitos da mudança climática.
“Nossa previsão é que a baleia azul, a baleia franca austral e o rorqual-comum chegarão a menos da metade do número prévio a exploração para o ano 2100”, adverte Viv Tulloch, coautora do estudo.
Os estudos sobre projeções são importantes para os profissionais interessados na Gestão Ambiental (conheça o Mestrado em Ciência e Tecnologia Marinha, patrocinado pela FUNIBER), que podem pesquisar sobre estratégias para a recuperação das espécies marinhas.
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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

MEIO AMBIENTE


Embalagens inúteis que poluem os oceanos.

Os plásticos que comprometem a vida das espécies marinhas podem, em sua grande maioria, ser evitados se não usamos tantas embalagens desnecessárias nos produtos

Já sabemos que os mares e oceanos estão cheios de plásticos que afetam a vida das espécies marinhas. Entre 21 e 54% das peças de microplásticos, pequenos pedaços que afetam uma imensa cadeia alimentaria, encontram-se no mar Mediterrâneo.
Desde o Greenpeace, realiza-se uma campanha para diminuir a produção de plásticos em todo o mundo. Através de campanhas como a realizada pelo Rainbow Warrior, um barco desenhado pela ONG que se translada pelos países cobrando compromissos políticos para a conservação e proteção ambiental, cobra-se mais engajamento na gestão dos resíduos plásticos.
“Quase 40% do plástico que se produz, é usado para embalagens, em sua maioria de um só uso. Uns minutos (ou segundos) na sua mão e centos de anos no meio ambiente”, destaca Elvira Jiménez, bióloga responsável da área de oceanos da Greenpeace Espanha.
Ela nos lembra algumas embalagens que têm pouca utilidade e que não são necessárias para o nosso cotidiano:
  • Bandejas ou sacolas de fruta – São realmente necessárias levar sempre as bananas em sacolas de plástico? É mais higiênico ou mais saudável? A própria fruta conta com a casca que lhe protege e isola do ambiente. Se o envoltório não está a vácuo, a banana sofrerá os mesmos efeitos da humidade estando ou não numa sacola ou bandeja.
  • Biscoitos e bolos em pacotes individuais – Este é um padrão industrial de colocar doces, bolos e biscoitos em pequenos envoltórios de plástico, dentro de outras embalagens plásticas. É um exagero de plásticos que vai parar no lixo, sem outra utilidade.
  • Pequenas sacolas – As pequenas sacolas plásticas que se usam no comércio para pequenos itens como remédios, acessórios ou outros elementos deveriam ser analisadas se realmente são necessárias. Muitas vezes, uma pequena caixa de remédios ou uma caixinha de presente cabem na bolsa de mão, e podem ser evitadas as embalagens plásticas.
  • Plástico para embalar objetos – Muitas vezes, nas lojas vemos objetos como pentes, escovas e outros utensílios que estão dentro de uma embalagem plástica. Mais uma vez, a pergunta é se há realmente necessidade de aplicar o plástico, daninho ao meio ambiente, para estes produtos.
A população como consumidora, pode optar em algumas ocasiões por não comprar estes objetos, o que pressionaria a indústria a mudar o comportamento. Por outro lado, os gestores políticos podem atuar para controlar a produção de plástico, conscientizando a sociedade sobre os resíduos, taxando as embalagens plásticas e oferecendo alternativas ao comércio.
Como profissionais da área de Meio Ambiente, os especialistas que se capacitam nos programas patrocinados pela FUNIBER poderão contar com conhecimento para a gestão sustentável da economia para a sobrevivência das espécies marinhas.
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domingo, 12 de novembro de 2017

MEIO AMBIENTE

Oceanos terão mais plástico que peixes

São necessárias medidas urgentes para proteger as espécies marinhas da contaminação dos oceanos com resíduos plásticos

Na semana passada, zoólogos encontraram cerca de 30 sacos plásticos no estômago de uma baleia-bicuda-de-cuvier que havia encalhado na costa da Noruega. Os resíduos foram provavelmente a causa para que ela tenha parado aí, já que esta espécie não costuma ser encontrada nesta região.
A baleia foi outra vítima da poluição no oceano. Animais como as tartarugas ou as focas se afogam com pedaços grandes deste resíduo, e os peixes alteram a cadeia alimentar ao se nutrir com pedaços de sacos de compras, garrafas pet e embalagens de todo o tipo.
Um estudo desenvolvido na Universidade de Uppsala, na Suécia, encontrou que esta dieta com plásticos transforma os peixes. As espécies se tornam “mais pequenas, mais lentas e mais estúpidas”, afirmam.
Ao analisar as larvas de perca, o estudo expôs os peixes à presença de depredadores durante 24 horas. Entre aqueles que vivem em águas limpas, a metade conseguiu sobreviver. Já os animais expostos às maiores concentrações de plástico, todos morreram.
A própria reprodução dos peixes poderá estar afetada. No estudo, os pesquisadores suecos deixaram larvas de perca em diferentes tanques com concentrações de poliestireno. Nas águas limpas, 96% dos ovos chocaram, enquanto que nas águas contaminadas, a porcentagem foi menor (81%).
Os efeitos serão vistos também na quantidade dos peixes no oceano. Nas últimas quatro décadas, as populações de vertebrados marinhos se reduziram em um 49%, segundo um relatório emitido pelo WWF. Uma das principais causas dessa desaparição é a contaminação.
Estamos alterando o ecossistema marinho com a quantidade de resíduos plásticos. No ano passado, um estudo estimou que são jogados ao mar oito milhões de toneladas de lixo plástico cada ano e que existem 269 mil toneladas de plástico boiando nos oceanos.
Se continuar assim, poderemos chegar em 2050 com mais plástico nos oceanos que vida marinha. Os profissionais da área de Meio Ambiente, que se formam com a FUNIBER, devem analisar os impactos da poluição sobre os recursos naturais para estudar formas de conservação e proteção.
Os governos devem tomar medidas urgentes para assumir responsabilidade na proteção das zonas costeiras e manejar os recursos respeitando os ecossistemas. Como afirma a assessora principal de políticas marinhas da WWF, Louise Heaps, há maneiras para remediar esta situação. “Há escolhas que podemos fazer. Mas é uma questão urgente”, ressaltou.
Fontes:
Miden exactamente cuánto plástico hay en los océanos (BBC)
“Los peces se están haciendo adictos a comer plástico” (BBC)
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sábado, 11 de novembro de 2017

MEIO AMBIENTE

Estudo identifica migrações de espécies no Rio da Prata

RIO DA PRATA

Estudo relaciona novas localizações de vegetais no Rio da Prata com mudanças climáticas que contribuíram para o deslocamento destas espécies

Um estudo desenvolvido por pesquisadores argentinos analisou a recolocação das espécies Pleopeltis pleopeltifolia e Pleopeltis minima para a região sul do Rio da Prata, assim como outras plantas e animais próprios da região central do sistema fluvial.
A intenção do estudo foi relacionar essa mudança geográfica às mudanças climáticas, através de medidas calculadas com outras alterações biológicas observadas nesta zona.
O sistema fluvial do Rio Prata
“O sistema fluvial do Prata inclui dois grandes eixos fluviais que atravessam o sudeste da América do Sul”, explica os autores do estudo, Elián Guerrero e Juan Manuel Cellini. Estes eixos são o Paraná-Paraguai e o Uruguai. “As galerias fluviais decrescem em riqueza específica desde sua fonte nas selvas paranaenses do norte até o seu limite austral no Prata”, afirmam.
Os autores identificaram o movimento das espécies vegetais para a costa sul do rio, ainda mais distante do que já se havia registrado por estudos anteriores. “Estima-se que no nordeste de Buenos Aires, as ilhotas se deslocaram uns 100 quilômetros ao sul devido à mudança climática a partir da década de 1960”.
Na segunda metade do século passado, estima-se que houve um aumento médio de 0,5°C da temperatura anual na maior parte da Argentina. A temperatura e a influência da humidade provocaram mudanças nas zonas costeiras do rio já que as chuvas contribuíram para mover espécies vegetais e animais, e criar pequenas ilhotas em novas zonas do Prata.
Os autores do estudo destacam a importância de seguir estudos neste sentido para poder preservar estas novas formações ambientais que se formam.
Os profissionais que estudam os programas patrocinados pela FUNIBER na área ambiental podem desenvolver estudos e pesquisas para compreender os efeitos das mudanças climáticassobre os recursos naturais.
FONTE: FUNEBER