sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Erupção do Kilauea foi a maior do vulcão nos últimos 200 anos.

LAVA ESCORRE PELO VULCÃO KILAUEA, DO HAVAÍ (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Na primeira metade deste ano, uma cratera na parte leste do vulcão Kilauea entrou em colapso. A região, então uma atração turística graças ao vulcão, teve centenas de casas engolidas pela lava, em um fluxo contínuo que durou cerca de cinco meses, com um prejuízo estimado em US$ 800 milhões.
Tanto estrago não foi pra menos, já que, segundo um estudo recém publicado na revista Science, a erupção foi a maior em pelo menos 200 anos naquele que já era considerado um dos vulcões mais ativos do mundo.
Antes deste evento, o Kilauea tinha sido bastante consistente por mais de 30 anos. No entanto, cientistas observam que, em meados de março, o chão em torno de Pu’u ‘Ō’ō, como se chama a cratera, colapsou e começou a se deformar – provavelmente a partir do acúmulo de magma.
A pressão continuou a aumentar e, por fim, o lago de lava em Pu’u ‘Ō’ō transbordou. Todo o sistema de encanamento do vulcão foi afetado. Em 30 de abril, dados indicavam que mudanças rápidas estavam ocorrendo no sistema de magma e, em 3 de maio, a primeira das 24 fissuras eruptivas foi aberta. No total, ocorreram 62 eventos de colapso entre maio e agosto.
Uma semana após o magma começar a jorrar, fissuras se abriram, levando a uma rachadura que se estendia por mais de seis quilômetros. No início de maio, um terremoto de magnitude 6,9 ​​causou um deslizamento, e a lava começou a entrar em erupção a uma taxa de 100 metros cúbicos por segundo. A lava cobriu uma área de 35 quilômetros quadrados.
Pesquisadores disseram que a erupção forneceu uma visão sem precedentes do sistema vulcânico de Kilauea – e eles ainda estão aprendendo com os dados produzidos a partir dele. Isso é extremamente importante, já que em outubro, a Avaliação Nacional de Ameaças Vulcânicas do Serviço Geológico dos Estados Unidos listou o Kilauea como o vulcão mais perigoso do país.
Pete Rowley, vulcanologista da Universidade de Hull, no Reino Unido, que não esteve envolvido no estudo, disse à revista Newsweek que as descobertas foram altamente valiosas para o monitoramento do Kilauea: “Ter medições de alta resolução de deformação antes, durante e depois da erupção é excepcional, e nos ajudará a entender como o magma se comporta melhor em ambientes rasos – no sistema de encanamento do Kilauea em particular”.
Fonte: Revista Galileu

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