segunda-feira, 1 de julho de 2019

Cientistas transferem com sucesso o primeiro embrião de rinoceronte.

Restam poucos rinocerontes brancos do norte. Hoje há apenas dois no mundo, ambos fêmeas. Para salvar a espécie, uma equipe de cientistas internacionais do Instituto Leibniz para Pesquisa em Zootecnia e Vida Selvagem está trabalhando na reprodução dos animais. Usando fertilização in vitro, o grupo agora transferiu com sucesso o seu primeiro embrião.

O sêmen da espécie foi colhido pouco antes da morte do último macho, em março de 2018, e armazenado em nitrogênio líquido. Mas o implante teve de ser feito num rinocerante branco do sul, um sub-espécie bastante próxima, de onde também vieram os óvulos para o experimento. Isso porque as duas fêmeas do norte que continuam vivas, Najin e Fatu, não são mais capazes de gerar filhotes.
No início desta semana, os cientistas anunciaram que a transferência, realizada num zoológico da Polônia, foi bem-sucedida e consideram um marco importante na reprodução e tecnologia de células-tronco para garantir a sobrevivência de espécies.
Os pesquisadores agora esperam colher os óvulos de Najin e Fatu, com os quais pretendem gerar novos embriões — que devem ser fertilizados no útero de um rinoceronte branco do sul, que atuará como barriga de aluguel.
Mas correm contra o relógio biológico dos animais. Os cientistas aguardam autorização do governo queniano, onde os animais vivem, e a documentação adequada para colher óvulos das fêmeas, informa a Associated Press.
A União Internacional para Conservação da Natureza relata que as populações de rinocerontes estão aumentando em toda a África pela primeira vez em décadas, mas o rinoceronte branco do norte (Ceratotherium simum cottoni) quase foi extinto devido à atividade humana.
Fonte: Revista Galileu

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