Amazônia em estado de emergência.
Os incêndios registrados no mês de agosto equivalem a 4,2 milhões de campos de futebol. As queimadas poderiam seguir até final de setembro
O alerta de emergência foi decretado pelo estado brasileiro Amazonas, devido ao crescente número de incêndios na região. O Serviço de Observação da Atmosfera da rede europeia Copernicus mostrou gráficos que indicam uma queimada mais intensa que a média dos últimos 15 anos.
Os incêndios são uma técnica habitual, usada na região para o uso agrícola, que embora seja ilegal, muitos a utilizam para o desmatamento. Eles vêm ocorrendo em diversos países, como Bolívia, Paraguai e Peru, embora a maior parte ocorreu no Brasil. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Brasileiras (INPE) registrou para o ano 2019, um aumento dos fogos aproximadamente em 83% em comparação ao mesmo período no ano anterior.
Após a alerta do INPE, o presidente brasileiro demitiu o diretor do instituto, acusando-o de alarmismo. Assim, os dados oficiais não poderão estar consolidados até 2020. Mas de acordo com a Nasa, os incêndios desse ano também são mais intensos que nos anos anteriores.
No total, no mês de agosto foram registrados 30.901 focos de incêndio na Amazônia, quase o triplo do ocorrido em agosto de 2018. Este incêndio afetou quase 30 mil km2, o que equivale a 4,2 milhões de campos de futebol.
Segundo o professor de paleoecologia da Florida Institute of Technologie, Mark Bush, a maioria das árvores tropicais, com as cascas finas e raízes superficiais, não conseguem suportar o fogo e se recuperar facilmente. “Afeta tudo, do topo à base do sistema, e serão necessários muitos anos para que estas partes se recuperem e sejam reconhecidas como floresta tropical”, afirma Bush.
Desde que chegou ao poder, o novo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, vem defendendo o desenvolvimento da agricultura e da pecuária na Amazônia, inclusive em regiões indígenas. O presidente também recusou ajuda internacional para lutar contra os incêndios da floresta amazônica.
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