quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Mudanças climáticas podem extinguir dois terços das aves na América do Norte.

A organização não governamental norte-americana National Audubon Society publicou uma nova edição do relatório Birds and Climate Change Report alertando que dois terços dos pássaros que vivem na América do Norte estão ameaçados de extinção devido ao aquecimento global. Por outro lado, parar as mudanças climáticas poderia aumentar a população de aves em 76%, segundo os cientistas da entidade.
Para chegar a esses dados, os pesquisadores estudaram 604 espécies de pássaros da América do Norte por meio de 140 milhões de dados sobre as aves. Eles coletaram também informações de avistamentos realizados por biólogos e entusiastas ao redor dos Estados Unidos.
Também foram úteis dados da ferramenta  Birds and Climate Visualizer, que mostra, por meio do código postal de diferentes áreas dos Estados Unidos, quais impactos as aves sofrem devido às mudanças climáticas.
Os pesquisadores usaram como base para o estudo o relatório de 2014 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Eles viram que, em um cenário de aquecimento de 3ºC, cerca de 305 espécies de pássaros enfrentariam três ou mais consequências.
Estima-se que o planeta já aqueceu pelo menos 1ºC com relação aos níveis pré-industriais e, se continuarmos nesse ritmo, certamente chegaremos aos 3ºC. Com isso, a América do Norte pode perder 389 espécies de aves. Se cumprirmos a meta do Acordo de Paris, que é parar o aquecimento a 1,5ºC, o número cai para 241 espécies de pássaros que serão extintas.  
Em setembro, os cientistas da Audubon Society disseram que a América do Norte perdeu um terço de sua população de pássaros nos últimos 50 anos. Em 2014, os pesquisadores da organização publicaram um primeiro relatório que mostrou que a diversidade de 50% das aves da América do Norte pode cair pela metade até 2080.
“Os pássaros são indicadores da saúde do nosso meio ambiente, então se eles desaparecem, nós certamente veremos muitas mudanças na paisagem”, contou ao jornal britânico The Guardian o pesquisador Brooke Baterman, da Audubon Society.
Fonte: Revista Galileu

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