Registros recentes mostram que a temperatura nos oceanos bateu recorde; ONU alerta para a necessidade de acordo para proteger as altas aguas e evitar impactos ambientais globais
Calcula-se que são despejados nos oceanos entre 8 e 12 milhões de toneladas de plásticos a cada ano. Esta poluição afeta os ecossistemas marinhos e afeta o estado das águas. Principal regular climático, a poluição do oceanos também pode causar impacto ao clima, provocando mais aquecimento.
Na semana passada, a ONU alertou para o aumento recorde das temperaturas dos oceanos. Desde o início dos registros meteorológicos, o período que vai de 2015 a 2018 foi o mais quente de todos para os oceanos.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a temperatura em 2018 superou os níveis já registrados, causando um aumento do nível do mar “a um ritmo acelerado”, segundo a OMM.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta para a situação dos oceanos. “Os dados divulgados são muito preocupantes. Os últimos quatro anos foram os mais quentes já registrados, e a temperatura média na superfície do globo em 2018 foi superior em 1°C os valores pré-industriais”, disse.
Conferência Intergovernalmental sobre a Biodiversidade Marinha
No dia 25 de março, representantes nacionais se reuniram para começar a elaborar um acordo que possa servir como instrumento jurídico para regular o uso dos oceanos. Os encontros formam parte de um esforço para conseguir elaborar uma lei que proteja a biodiversidade das águas. A expectativa é que em 2020, consigam ter o tratado finalizado.
A meta principal é elaborar uma espécie de Acordo de Paris específico para as águas. Será necessário, para lograr o acordo, um compromisso real já que entre os países membros da ONU há posições variadas sobre como restringir a exploração em alto mar e proteger a biodiversidade.
A reunião ocorrerá até o dia 5 de abril, e outros dois encontros estão agendados até meados de 2020. Na abertura, a diplomata Rena Lee da Singapura, quem preside esta Conferência Intergovernalmental, motivou os países a cooperar e mostrar-se flexíveis para conseguir juntos um resultado que seja justo e equilibrado.
O Greenpeace foi mais enérgico, e pediu um resultado urgente, sólido e vinculante, que “não seja apenas uma declaração de intenções”, disse a ativista da ONG Pilar Marcos.
A FUNIBER patrocina diversos programas na área ambiental, como o Mestrado em Ciência e Tecnologia Marinha, para interessados em ampliar o conhecimento e especializar-se para uma atuação profissional eficiente, capaz de enfrentar os desafios atuais no setor.
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário