Apenas 5% dos prados do mundo são preservados.
No que se trata de conservação ambiental, é importante proteger os oceanos e as florestas tropicais, mas não podemos nos esquecer das pradarias.
Apenas 5% dos prados remanescentes da Terra são preservados, tornando-os o bioma menos protegido.
A má notícia é que os seres humanos já destruíram mais de 90% da grama do planeta, principalmente para produzir comida. O pouco que resta fica frágil porque a sazonalidade das pastagens a torna vulnerável às mudanças climáticas.
E o que resta?
1. Serengeti – Tanzânia
Esta savana é um dos ecossistemas mais antigos da Terra. Os ecologistas acreditam que o clima, a flora e a fauna da região praticamente não mudaram nos últimos milhões de anos.
Embora a planície seja bem protegida pelo Parque Nacional Serengeti e pela Área de Conservação de Ngorongoro, a população humana já está beliscando suas margens. Gado pastando vagueia pelas áreas protegidas, e invasores ilegais matam grandes mamíferos cujos excrementos ajudam a alimentar as plantas.
2. Pradarias de Banni – Índia
As vastas planícies de Gujarati permaneceram praticamente intactas até a década de 1960, quando duas grandes mudanças começaram a afetar o ecossistema.
Primeiro, o governo plantou Prosopis juliflora para proteger a região contra os pântanos salgados do norte, mas o arbusto invasivo acabou sufocando as plantas nativas.
Na mesma década, os humanos represaram os rios para redirecionar a hidratação para as plantações. Sem esses fluxos para diluir a água do mar, cerca de metade do solo no Banni é agora salgado e infértil.
3. Estepe mongol – China, Mongólia, Rússia
Mais de 886 mil quilômetros quadrados de pradarias temperadas se estendem do nordeste da China à Sibéria. A seca e a mineração já estão encolhendo o estepe, e um impulso em direção à privatização tem exacerbado a perda.
Além disso, ao invés de um gado nômade tradicional, que não agride a flora, agricultores têm cultivado rebanhos maiores em terras menores. A crescente demanda por caxemira também impulsionou um aumento de caprinos domesticados, que comem raízes, tornando mais difícil a regeneração das plantas.
4. Grandes Planícies – América do Norte
Apenas metade dos 720 milhões de acres originais da planície do Meio-Oeste americano ainda é selvagem. O fim da pradaria começou quando os colonos do século XIX mataram entre 30 e 50 milhões de bisões, um mamífero que roça e que fertilizava a flora nativa.
Ao mesmo tempo, os agricultores rapidamente converteram o mar de grama em plantações de trigo e milho. Os EUA ainda perdem mais de 1,5 milhão de acres para a agricultura a cada ano.
5. Pampas – Argentina
Graças ao solo fértil no leste da Argentina, a agricultura de trigo, milho e soja se intensificou no final dos anos 1980 e início dos anos 1990.
Hoje, impulsionada pela demanda global crescente, a soja se tornou a cultura dominante, em detrimento da terra. As plantações sugam nitrogênio, fósforo e potássio do solo mais rapidamente do que os agricultores podem substituí-los.
As pessoas também estão ocupando espaço: mais da metade dos argentinos reside em grandes cidades como Buenos Aires, que costumavam ser prados selvagens. [POPSCI]
Fonte: Hypescience
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