sábado, 25 de abril de 2020

Gestão adequada de resíduos é vital no combate ao novo coronavírus, diz PNUMA.

Diante da pandemia de COVID-19, muitos tipos de resíduos perigosos e hospitalares estão sendo gerados no mundo todo, como máscaras, luvas e outros equipamentos infectados, juntamente com um grande volume de itens não infectados de mesma natureza.
A gestão inadequada desses resíduos pode causar efeitos imprevisíveis na saúde humana e no meio ambiente. Por isso, o manuseio seguro e o descarte final desses materiais são vitais para uma resposta de emergência eficaz, disse o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
O gerenciamento correto de resíduo biomédico e de serviços hospitalares requer identificação, coleta, separação, armazenamento, transporte, tratamento e descarte apropriados. Foto: pixabay/leo2014
Com a pandemia do novo coronavírus e seus impactos sobre a saúde humana e a economia, os governos são instados a tratar a gestão de resíduos — sejam eles hospitalares, domésticos ou de outros tipos perigosos — como um serviço público urgente e essencial para minimizar possíveis impactos secundários à saúde e ao meio ambiente.
Atualmente, muitos tipos de resíduos perigosos e hospitalares estão sendo gerados, como máscaras, luvas e outros equipamentos infectados, juntamente com um grande volume de itens não infectados de mesma natureza.
A gestão inadequada desses resíduos pode causar efeitos imprevisíveis na saúde humana e no meio ambiente. Por isso, o manuseio seguro e o descarte final desses materiais são vitais para uma resposta de emergência eficaz.
O gerenciamento correto de resíduo biomédico e de serviços hospitalares requer identificação, coleta, separação, armazenamento, transporte, tratamento e descarte apropriados, além de outras práticas importantes, como desinfecção, proteção e capacitação de pessoal.
As Diretrizes Técnicas da Convenção da Basileia sobre o Gerenciamento Correto de Resíduos Biomédicos e de Serviços de Saúde contêm informações úteis e práticas para a gestão destes materiais, e podem orientar as autoridades.
Mais informações sobre a gestão segura e o descarte final de resíduos hospitalares podem ser encontradas no site do Centro Regional para a Ásia e o Pacífico da Convenção da Basileia, com sede em Pequim, que lista uma série de documentos com orientações e boas práticas.
A gestão segura do lixo doméstico também será, provavelmente, crucial durante a pandemia de COVID-19. Os resíduos de serviços médicos, como máscaras, luvas, medicamentos usados ​​ou vencidos, bem como outros itens contaminados, podem facilmente se misturar ao lixo residencial comum.
Porém, devem ser tratados como resíduos perigosos e descartados separadamente. Eles devem ser armazenados à parte de outros lixos domésticos e coletados por especialistas das prefeituras ou por empresas de coleta especializadas.
As diretrizes sobre as especificidades da reciclagem ou descarte de resíduos são detalhadas na Cartilha sobre Resíduos Biomédicos e de Serviços de Saúde, também da Convenção da Basileia.
Neste momento, as Partes da Convenção da Basileia estão trabalhando em um documento de orientação para o gerenciamento correto do lixo doméstico e, embora este documento ainda não esteja finalizado, um rascunho foi liberado para consulta e orientações provisórias.
O secretário-executivo das Convenções de Basileia, Roterdã e Estocolmo, Rolph Payet, declarou que “todos os segmentos da sociedade estão se unindo para combater o vírus e minimizar o impacto humano e econômico da COVID-19 em todo o mundo”.
“Para enfrentar esse grande desafio, convoco as pessoas responsáveis pelas tomadas de decisão em todos os níveis – internacional, nacional, municipal e distrital – a unirem esforços para garantir que a gestão de resíduos, inclusive de fontes hospitalares e domésticas, receba a devida atenção e prioridade, a fim de garantirmos a minimização dos impactos na saúde humana e no meio ambiente provenientes dessa onda de resíduos potencialmente perigosos”, complementou.

Convenção de Basileia

A Convenção de Basileia é o principal acordo ambiental a nível mundial sobre resíduos perigosos e outros, com 187 Partes signatárias.
Com o objetivo de proteger a saúde humana e o meio ambiente contra os efeitos adversos desses materiais, seu escopo abrange uma grande lista de resíduos definidos como perigosos com base em suas origens, composição e/ou características, além de dois outros tipos definidos como “outros”, nomeadamente lixos domésticos e cinzas de incineradores.
O Secretariado das Convenções de Basileia, Roterdã e Estocolmo, ou Secretariado do BRS, serve os três principais acordos ambientais multilaterais sobre produtos químicos e resíduos perigosos, a fim de proteger a saúde humana e o meio ambiente.
Fonte: ONU – BR

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