Os incêndios florestais em Nova Gales do Sul, na Austrália, foram responsáveis por uma redução significativa da população de coalas. Os primeiros levantamentos mostram uma diminuição de 80% a 85% da espécie no estado, afirmou nesta terça-feira (18/02) Stuart Blanch, da organização Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a parlamentares australianos.
“Com base em nossas informações, não ficaria surpreso se 10 mil coalas tivessem sucumbido ao fogo e à seca”, afirmou. Algumas populações da espécie no estado correm o risco de desaparecer até 2050, ou ainda antes.
Segundo a bióloga Kara Youngentob, desmatamento, fogo e seca estão destruindo importantes habitats da espécie, que vive em diferentes estados do país. Em janeiro, a ministra do Meio Ambiente, Sussan Ley, informou que os coalas provavelmente deveriam ser declarados ameaçados de extinção em algumas regiões.
Desde setembro, os incêndios florestais em Nova Gales do Sul destruíram uma área de 5,4 milhões de hectares, o equivalente ao tamanho da Croácia. Um grupo de especialistas, que analisou o impacto dos incêndios sobre as espécies nativas, fez um alerta recente a sobre a destruição de habitats, recomendando medidas para a recuperação das regiões afetadas.
Não só o meio ambiente sofreu com o fogo: de acordo com um estudo da Universidade Nacional de Camberra, 18 milhões de australianos, cerca de dois terços da população, foram afetados pelos incêndios. Dos 3 mil entrevistados, 14% foram diretamente impactados, ou seja, perderam casas ou tiveram que abandonar suas moradias devido às chamas. Outros 64% foram afetados indiretamente devido à fumaça ou têm conhecidos que perderam casas.
Os incêndios florestais da Austrália devastaram 12 milhões de hectares, quase um terço do tamanho da Alemanha, com pelo menos 33 vítimas humanas, milhares de casas foram destruídas. Ainda restam alguns focos, mas a chuva forte que caiu nos últimos dias contribuiu para amenizar a situação.
Fonte: Deutsche Welle
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